Vaqueiros década de 50.

Guerreiro Alagoano

Um dos folguedos natalinos mais populares de Alagoas é o Guerreiro Alagoano, que com seus trajes coloridos, cheios de fitas e espelhos, não passam despercebidos.

Caracterização

Os chapéus criaram a marca desse movimento folclórico. São os chapéus em forma de igrejas, palácios e catedrais que identificam os mais de trinta personagens, como rei, rainha, mestre, contramestre, índio Peri e sereia.

Tiradentes Herói?

Uma das figuras mais interessantes, e importantes da história nacional foi Joaquim José da Silva Xavier, marcado na história nacional como o Revolucionário Tiradentes.
Desde sua morte em 1792, até os dias atuais existe uma grande discussão a respeito do seu papel na história do Brasil, com alguns o considerando herói nacional, outros como herói separatista de Minas Gerais e outros como traidor.

Para entendermos a Inconfidência Mineira devemos entender também as demais revoluções que ocorreram no Brasil. Desde as revoltas mais famosas até as menos conhecidas foram causadas por insatisfação relacionada ao Governo, como podemos ver abaixo

Inconfidência Mineira: Ocorrida pela cobrança abusiva de 20% de impostos no Ouro extraído.
Confederação do Equador: Ocorrida pelo insatisfação relacionada à centralização de poder na constituição de 1824.
Revolução Farroupilha: Ocorrida pela concentração de poder na capital e pouca autonomia das províncias.
Cabanagem: Ocorrida pela pouca ajuda do governo na região, causando extrema fome e pobreza.

Essas revoluções ocorridas no Brasil são tratadas de forma geral como movimentos traidores apátridas, e seus revolucionárias se quer entram nos livros de história, tendo algum mínimo de destaque para figuras como Frei Caneca, porém, com Tiradentes é diferente, e a razão para isso é simples. Muitos pensam que foi a partir do Golpe Repúblicano de 1889 que Tiradentes tornou-se herói, porém não foi, na realidade a elevação de separatistas como Zumbi dos Palmares e Tiradentes ao posto de herói ocorreu ainda no reinado de Dom Pedro I, onde os "patriotas" tinham a intenção de reafirmar sua posição nacionalista com figuras que lutaram contra o Reino de Portugal, sendo mais evidente ainda no reinado de Dom Pedro II, tento inclusive sua aprovação. A razão pela qual outras figuras separatistas não terem sido incluídas foram as datas, pois enquanto eles recriavam Tiradentes outras movimentos separatistas surgiram, como os Gaúchos em 1836, para isso converteram Tirandentes em um herói herói queria libertar o Brasil de Portugal, não apenas MG, ou seja, um verdadeiro herói patriota.

Apesar de Tirandentes ser uma figura controversa da história nacional, e muito discutível, temos que entender seu papel como figura importantíssima na luta contra as opressões governamentais, tanto hoje quanto em sua época, sendo que apesar de não ter tido o êxito da separação, sua revolta chegou aos ouvidos da corte Portuguesa e também de Maria I de Portugal, que juntou isso a outros casos para realizar a prisão do tirano Marques de Pombal, revogando várias decisões tomadas pelo mesmo, como as cobranças de juros abusivas. Isso não só ajudou na recepção da família real como também foi essencial para que ocorre a Independência do Brasil em 1824.

Misticismo no Nordeste, Gustavo Barroso

"A historia do misticismo sertanejo ainda está para ser devidamente feita com as verdadeiras proporções do seu desenvolvimento no tempo e no espaço. O que acontece hoje no Joaseiro do padre Cícero, por exemplo, necessariamente se filia ao que outróra se passou nessas regiões centrais do Nordeste, explosões de misticismo, núcleos de fanatismo rude geradores de ociosidades perniciosas e de tartufismos grosseiros, alguns dos quais se têm prolongado através da politicagem estadual até o ambiente da politica federal. Remontando ao passado das populações sertanejas do Nordeste, se verifica como entre aquela pobre gente e naquela terra batida de secas, a miséria e a ignorância, de mãos dadas, têm conseguido efeitos terríveis e sobretudo contagiosos."

A Lenda do Primeiro Gaúcho

Certa vez cavaleiros Portugueses andavam pelos pampas, quando  viram cavalos pastando, não sabiam que índios escondiam-se atrás dos cavalos, prontos para uma armadilha, quando estavam ao alcance, foram pegos de surpresa por lanças e flechas, ficando somente um vivo e ferido, era Manoel. Foi levado preso para o acampamento tribal dos Minuanos, lá uma índia de nome Chalouá foi designada para cuidar de seus ferimentos, depois de curado, seria sacrificado num ritual.
Como os ferimentos eram profundos, a convivência de Manoel e Chalouá tornou-se afetiva, e logo ele começou a entender sua língua, nasceu o amor no coração da índia minuana, que tentou prolongar o máximo o período de cura.

Chalouá cantava um lamento, triste e chorava quando passava ervas no corpo de Manoel, ele pediu para ela trazer um cabaça grande, cortou ela lateralmente fazendo um fundo de uma viola, pediu um pedaço de pau duro, então fez dele o braço da viola, pediu tripas de avestruz para as cordas, a tampa ele fez com casca de árvore, colou tudo com  seiva de árvore e com pedaços de pedras lascadas perfurou um buraco para ter ressonância, assim ele fez uma pequena viola.  O Cacique notou que Chalouá não queria o sacrifício do português, e foi logo determinando:

- Branco tem que morrer, invasor, de nossa terra, seu tempo findou.

Ao chegar o dia fatal, Manuel foi levado para a preparação, seria amarrado num tronco e espetado numa dança por todos os guerreiros, porém fazia parte do  ritual o prisioneiro fazer um último pedido, assim, Manuel pediu para Chalouá trazer a viola, então ele pediu como desejo ao cacique escutar Chalouá cantar.

Quando ela iniciou o canto, Manuel começou a tocar, todos os índios ficaram  extasiados com o som maravilhoso da viola, pois os índios amavam a música e Manoel era um exímio tocador e logo o som fez todos os índios sentarem, baterem palmas e falar: "Gau-che, gau-che, gau-che", que significa “gente que canta triste”.

Após tal apresentação, o cacique  decidiu que Manuel vivesse, para ensinar os índios a fazer a viola e tocar, também permitiu o casamento de Manuel e Chalouá, nascendo desta relação o primeiro GAÚCHO.

Existe Racismo no Sertanejo?

Você já se perguntou a razão pela qual existem poucos cantores sertanejos negros? Bem existe uma razão para isso. A musica sertaneja tal como a região que representa sempre foi palco de diversidade étnica, isso teve influencia direta na musica, onde os representantes desse estilo possuíam varias etnias, podendo ser indígenas, negros, itálicos, mestiços, ibéricos e até mesmo japoneses, como as duplas Kasuo & Fujiwara e também os irmãos Kumimori. Enganan-se aqueles que afirmam não existirem cantores sertanejos negros, temos diversos exemplos como Cascatinha e Inhana, André e Andrade, Tangara e Pavão do Norte, Mococa e Moraci, Solevante e Sonely, Durval e Davi, Pedro e Paulo, Irmãs Freitas e Voninho, Zé Carreiro e Carreirinho, Pena Branca e Xavantinho, Vadico e Vidoco, João Mulato e Douradinho e outros representantes do sertanejo raiz, como o mais famoso dentre eles, o saudoso Tião Carreiro. A verdade é que por muitas décadas não importava sua etnia, desde que tocasse uma boa moda de viola você teria seu reconhecimento, porém, isso mudou com a década de 90 quando ocorreu a grande "industrialização" da música sertaneja, acrescentado o country e os cantores sendo escolhidos por empresários, que muito similar ao que os americanos fizeram com o Rock, preferiam alavancar a carreira de cantores brancos ou mais claros. Isso acabou por mudar o imaginário do público que começou a achar estranho grandes cantores sertanejos de outras etnias, conforme relatado pelo cantor Rick que afirma ter sofrido preconceito por ser um cantor sertanejo negro. A culpa deste cenário não são dos cantores mas sim dos empresários, os sertanejos e o povo caipira não é preconceituoso mas os investidores milionários da indústria são. Hoje existem muitos cantores negros como o David Henrique e as irmas barbosa , contudo não possuem mesmo reconhecimento que cantores muito abaixo como esses do tal "agronejo". Muitos partidos e "influênciadores" na hora de criticar esse preconceito que realmente existe colocam a culpa no simples centrooestino, no morador do interior, mas isso essa culpa não pode cair de forma alguma no caipira, deve cair nos verdadeiros culpados!