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Uma coisa que eu acho bem interessante no PCO é que o partido realmente incentiva todos os militantes possíveis a se candidatarem nas eleições. Praticamente todas as "faces" do PCO que eu conheço das redes sociais são candidatos.
É claro que, em parte, isso se deve ao tamanho do partido. Mas considerando que todas essas candidaturas são independentes (em relação a poderes financeiros) e não estão cotadas entre os favoritos em suas respectivas cidades, esse incentivo à candidatura funciona, também, como uma "escola de práxis política".
Isso não está fazendo o PCO "ganhar eleições", mas garante que um % maior de militantes do PCO, em comparação com outros partidos, tenham um entendimento mais completo do processo político-eleitoral.
Finalmente, a Venezuela exerceu o seu direito de revogar o beneplácito previamente concedido para que o Brasil custodiasse a Embaixada da Argentina na Venezuela, porque os membros da oposição que estão "refugiados" na embaixada em questão tiveram participação direta em tentativas de desestabilizar o país e planejar atos terroristas. O Brasil recebeu autorização para custodiar essa embaixada porque o próprio Milei nem esperou o anúncio dos resultados para acusar o governo da Venezuela de fraude.
Agora, diz-se que os assessores do governo defendem que Lula endureça o tom contra a Venezuela.
Mas nada disso existe na bolha da direita brasileira. Todo esse complexo conflito, facilmente compreensível por quem estuda as diretrizes internacionais de cada país, passa batido entre os direitistas brasileiros, sendo considerado mero "teatro" ou "jogo de cena".
Não importa o que aconteça, a ideia de um vínculo Venezuela-PT é tão importante para o discurso da direita que ela simplesmente não pode aceitar aquilo que é óbvio: que Lula e Maduro romperam porque ambos caminham em direções opostas no cenário geopolítico contemporâneo.
Lula é um multilateralista. Ele é um entusiasta da ideia de uma governança mundial descentralizada submetida aos valores cosmopolitas da ONU. Enquanto Maduro é um multipolarista. Ele é um entusiasta da ideia da formação de blocos continentais, cada um obediente apenas aos próprios princípios e valores, como novo eixo de condução das relações internacionais.
Ambas essas ideias são incompatíveis, encontrando algo em comum apenas na possibilidade de criticar o unipolarismo e o excepcionalismo estadunidenses.
Mas nada disso é entendido pela direita. Mesmo que Brasil e Venezuela entrassem em guerra, o direitista se agarraria à sua "verdade" como se sua vida dependesse disso.
Não que a esquerda seja muito diferente. Na esquerda, a "realidade paralela" é a de que o Maduro está sendo instrumentalizado por Putin a mando de Dugin para ajudar Bolsonaro na desestabilização do governo Lula pura e simplesmente por ódio e porque todos esses personagens possuem um acordo secreto envolvendo petróleo e gás do Azerbaijão.
Mas essa posição não é tão majoritária quanto a fé direitista de que Lula e Maduro são unha e carne. Ao contrário, você consegue encontrar muitos esquerdistas atacando Lula por sua posição hostil a Maduro.
É impressionante o que a lavagem cerebral faz com as pessoas.
As Relações Lula/Maduro e a Esquizofrenia Política da Direita
Agora que as forças políticas polarizadas do Brasil se dividiram em redes sociais diferentes, e viraram bolhas semifechadas, ficou mais fácil analisar também algumas das esquizofrenias que acometem cada lado.
De fato, cada uma dessas bolhas políticas lida com a realidade não de maneira direta, mas através de uma série de filtros e de mediadores. Os filtros são os mitos políticos nos quais cada bolha acredita e os mediadores são os influenciadores virtuais, que atuam como "sacerdotes" dos rebanhos, torcendo e retorcendo a realidade através da "interpretação correta" para que ela se adeque aos mitos da sua bolha.
Tratando especificamente da direita, há uma série de indícios claros de distúrbios psicológicos coletivos gravíssimos: ser conservador e odiar a Rússia, ser antifeminista e defensor dos direitos das mulheres muçulmanas, ser a favor da família e do capitalismo, e por aí vai.
Mas uma bastante recente e na qual há sinais claros de uma incapacidade de lidar com a realidade, de uma predisposição para delírios, é essa das relações recentes entre Lula e Maduro.
Boa parte da propaganda direitista (que não passa de repetição vociferada de slogans) tem se baseado em vincular estreitamente Lula e Maduro. O objetivo aí é deduzir a partir da crise venezuelana uma probabilidade do Brasil cair na mesma situação. Afinal, se Lula e Maduro têm boas relações é porque eles são "a mesma coisa" e, portanto, os dois países se desenvolverão da mesma forma.
O problema é que se o direitista podia contar com essas boas relações até alguns anos atrás, a partir de 2024 a situação começou a ficar "esquisita".
Lula e figuras importantes de seu governo se reuniram várias vezes com Biden e outras figuras do governo dos EUA para tratar do futuro da Venezuela. Os EUA queriam o apoio do Brasil para "levar a democracia à Venezuela", por meio de uma pressão suave por uma alternância democrática em Caracas.
O Brasil cumpriu a missão que lhe foi confiada pelos EUA, e atuou vocalmente criticando a fase de inscrição de candidatos no processo eleitoral venezuelano, questionando a impossibilidade de Corina Yoris de se candidatar. Se o Brasil tivesse simplesmente solicitado esclarecimentos de forma discreta, teria descoberto que Corina Yoris não conseguiu se candidatar à presidência porque nenhum dos partidos da oposição bancou a sua candidatura.
Passou o tempo e o Brasil começou a se intrometer na campanha eleitoral venezuelana, querendo ditar o tom dos discursos em comícios. Tanto isso, quanto as intromissões anteriores foram recebidas na Venezuela como gafes graves. Em Caracas, questionou-se publicamente o porquê de Lula estar atuando como porta-voz de Biden. Para o establishment brasileiro, porém, a gota d'água foi quando Maduro alegou uma superioridade das urnas venezuelanas sobre as urnas brasileiras.
Como o novo regime de exceção juristocrática se apoia na fé absoluta no processo eleitoral, cujo questionamento pode acarretar a aniquilação de qualquer cidadão da vida civil, porta-vozes do governo, do Judiciário, da mídia e até a militância esquerdista começaram a atacar Nicolás Maduro e a Venezuela como um "outro Bolsonaro" (Bolsonaro, no imaginário esquerdista contemporâneo, exerce a mesma função que o Diabo ou Hitler em outros contextos).
Desde então, as relações só pioraram.
O Brasil não reconheceu o resultado das eleições venezuelanas e disse que só as reconheceria após o anúncio e divulgação formal do resultado final e da entrega do material para uma auditoria internacional.
Depois, o resultado foi anunciado, as fraudes das atas de Edmundo González foram demonstradas, mas o Brasil seguiu se recusando a reconhecer o resultado das eleições. A partir de então, o Brasil começou a fazer sugestões delirantes, como um "2º turno", praticamente em uma lógica de "disputar eleições até o Maduro perder".
Da minha parte, nada do que o Miorim disse me pareceu convincente. Para quem já está filosoficamente vacinado contra o anarcocapitalismo, um sopro mais forte e todas as conjecturas ancaps se dissipam.
Tendo assistido uma boa parte do debate entre Daniel Miorim e Rubem Gonzalez no Canal 3 Irmãos posso fazer alguns comentários pertinentes.
Em primeiro lugar, debates são inúteis para se alcançar ou demonstrar a verdade de qualquer ideia. Debates públicos são conduzidos tendo como fim "vencer" o adversário, o que leva à preferência por técnicas erísticas que "desarmem" o adversário, o deixem "sem palavras", sirvam como frases de efeito para bons "recortes", etc. Portanto, a verdade fica em segundo plano. Não há aquela "boa-fé" do curioso sem convicção que está, realmente, interessado em "descobrir" a verdade. Os debatedores já chegam no debate com as suas convicções. E os adeptos dos debatedores, sempre, sem exceção, considerarão vencedor, de antemão, o porta-voz de sua ideologia.
Essa é a realidade geral dos debates. Até hoje me questiono o porquê de se achar razoável decidir candidato político com base em debate. Que tipo de mente esquizofrênica poderia achar que um bom sofista será, necessariamente, um bom administrador ou um bom líder em geral? Não obstante, boa parte dos "bem-pensantes" e uma parte considerável da massa acredita que o "debate" é o ponto alto do processo eleitoral.
Tal como o debate eleitoral, parece, é um fetiche das democracias liberais, o debate em geral parece ser um fetiche dos "intelectuais" liberais. Apenas entre liberais se consegue confundir a verdade de uma ideia com a habilidade retórica de seus defensores em debates. No mundo político, o debate leva sempre às piores decisões possíveis e às leis mais amputadas e quiméricas imagináveis. No mundo intelectual, o debate leva apenas ao caos, ao reforço das posições prévias dos participantes, ou como espetáculo para uma plateia. Quando, o que é raro, algum consenso pode ser alcançado ao final do debate, esse consenso não nos aproximou, necessariamente, da verdade - apenas nos empurrou a um denominador comum entre os debatedores.
Ademais, o problema básico dos debates informais, especialmente no Brasil, é que eles não têm regras específicas. É apenas um "Debatam aí sobre X". Se o debate formal já é infrutífero, o debate informal é ainda pior. Sem partir de um consenso sustentado pelos participantes, sem concordância prévia com um conjunto de pressupostos, princípios e valores, todo debate é, apenas, uma "batalha de rap", mas sem ritmo. O mesmo vale, aliás, para debates entre adeptos de religiões diferentes.
Deixando de lado a crítica do "fetiche do debate", esse debate específico, além de comprovar tudo o que eu já indiquei (e no que eu acredito há anos - razão pela qual eu nunca me interessei por "debater minhas ideias"), demonstrou o abismo que existe entre o nacionalismo e o anarcocapitalismo.
Miorim era incapaz de oferecer qualquer coisa além de conjecturas abstratas, leis econômicas imaginárias, cenários hipotéticos, construindo com palavras um universo puramente mental, tão sólido como um sonho em uma noite de verão. Ele poderia ter citado o triplo ou quádruplo de autores, livros e teorias, que não modificaria o fato de que nada daquilo que ele descrevia conseguia encontrar uma correspondência direta e imediata com o mundo real.
Por sua vez, Gonzalez demonstrou que os seus posicionamentos políticos estão baseados na experiência - tanto pessoal quanto histórica. Desse modo, enquanto o pensamento do Miorim está construído com bases apriorísticas, o do Gonzalez é experimentalista e historicista, está baseado em "tentativa e erro" e no testemunho histórico do desenvolvimento das nações.
Até mesmo as perspectivas intelectuais de ambos são absolutamente distintas, portanto, e atraem também a pessoas distintas. Um vai atrair mais um certo tipo específico de adolescente, o outro mais um outro tipo específico de adulto, os quais vão assistir ao mesmo debate e sair absolutamente convictos da vitória de um ou do outro, dependendo de cada um pertencer ao público-alvo atraído por cada tipo de discurso.
Tudo na democracia liberal tende ao menor denominador comum. Tudo tende a se rebaixar e a ser rebaixado, até apelar cada vez mais ao lumpemproletariado e às tendências mais baixas, animalescas e grosseiras que existem em todos nós. É o resultado inevitável do triunfo da quantidade sobre a qualidade, e do tornar o "gosto" da massa o único critério válido de todas as coisas.
Se o bolsonarismo já representava uma radical plebeízação da política brasileira, a qual só foi possível por causa dos passos prévios dados pelo lulismo, o marçalismo representa um afundamento ainda maior em comparação com o bolsonarismo, na direção de uma política puramente emocional e instintiva, fundada em sucessões rápidas de lacradas - tudo como se um chimpanzé de circo estivesse apresentando números e esquetes para uma plateia de bonobos.
Engana-se, ademais, quem acha que a política brasileira não pode piorar ou se rebaixar ainda mais do que já o fez com Pablo Marçal, porque as possibilidades de "queda", no homem, são infindáveis. A história de uma cultura é tal que permite cair infinitamente sem que nunca se chegue ao fundo do poço. A fase decadente de um ciclo nunca finda por si mesma, ela exige que alguém tome uma decisão e aja para dar fim à crise e restaurar a normalidade civilizacional.
Na nossa perspectiva, isso ressalta a importância da construção de um "movimento". O qual deve partir, antes de tudo, de uma ideia sólida e da preparação de uma elite. As disputas eleitorais são obviamente tentadoras por conduzirem de maneira direta ao poder - mas já é necessário ter poder para tomar o poder.
E é isso que ninguém mais entende.
Fazendo uma leitura política, a fissura do bolsonarismo visível nas eleições de São Paulo - em que metade apoia Ricardo Nunes e metade apoia Pablo Marçal - é fruto da recusa, desinteresse ou incapacidade do bolsonarismo se organizar em um movimento político estruturado e hierárquico.
O bolsonarismo se enquadra parcialmente na categoria contemporânea dos populismos, mas basicamente porque foi o primeiro fenômeno político de massas no Brasil a adotar certas técnicas pós-modernas de marketing político.
As técnicas em questão podem ser resumidas à comunicação direta entre líder e massas por meio de redes sociais, sem a mediação da mídia tradicional ou de corpos sociopolíticos clássicos (como o sindicato e o partido), com ênfase no uso de mensagens imagéticas simples e de fácil viralização.
No conteúdo, porém, o bolsonarismo sempre foi menos populista até do que o trumpismo. Se no trumpismo existe, pelo menos implicitamente, o reconhecimento de um interesse classista de um proletariado nacional e de uma pequena classe média, justificando o protecionismo, no bolsonarismo o discurso superficialmente "pró-classe-média" se reduz a confundir os interesses de classe dessa camada com os interesses de classe dos grandes investidores do sistema financeiro.
De resto, a economia bolsonarista não contempla nem mesmo um nacionalismo superficial, diferentemente de boa parte dos outros populismos. Em alguma medida, isso mostra as limitações da própria categoria do "populismo". É uma categoria aceitável se a aplicarmos a uma "técnica", mas ela inexiste enquanto "ideologia" ou "filosofia".
Mas essas questões são, em si, menores, e o distanciamento em relação ao Paulo Guedes até poderia render frutos positivos, mas o problema fundamental do bolsonarismo é outro, e ele se manifesta de maneira muito óbvia no racha Nunes/Marçal.
É que como parte da tática política não-convencional, o Jair Bolsonaro liderou uma massa amorfa de seguidores de forma puramente carismática. Ao redor de Bolsonaro se reuniam outras lideranças menores e influenciadores que não tinham em comum nada além da captura pelo carisma do "líder" (ou que, simplesmente, simulavam essa captura para fins oportunistas).
A partir dessa massa não se construiu nada estável. Bolsonaro não deu ao bolsonarismo uma hierarquia visível, um dogma, um livro-guia, um meio seguro de atestar a legitimidade de seus porta-vozes, uma estratégia, absolutamente nada.
O bolsonarismo se desenvolveu no mito do espontaneísmo das massas, na narrativa falida do "povo salvando a si mesmo", em que todo mundo é "livre" e o único ideário é o antipetismo e algumas crenças vagas em relação à corrupção.
Esse é um bom ambiente para a proliferação de gurus e coaches, mas não para a consolidação de um movimento político disciplinado apto a disputar o poder posição por posição, mesmo que deva-se recuar 1 passo para cada 2 avanços.
Em um movimento composto por militantes e soldados ideológicos, o líder pode explicar tranquilamente a razoabilidade tática de construir uma aliança, hoje, com um ex-inimigo, em prol de algum objetivo superior. Existe uma "corregedoria" que censura e pune os militantes que se desviam da disciplina partidária.
Se o líder decidiu que, apesar de nas eleições anteriores os militantes do seu lado trocaram pauladas na rua com os militantes do outro lado, para essas eleições há um terceiro inimigo a ser derrotado, então inimigos mortais tornar-se-ão irmãos de sangue; porque o líder assim falou.
Mas a liderança confusa, caótica, inconstante foi minando o próprio carisma pessoal de Bolsonaro, de modo que hoje o seu poder de "mando" é muito menor do que anos atrás. E no período de máximo carisma não se aproveitou a bonança para "institucionalizar" o bolsonarismo. O PL, obviamente, não conta.
Depois do caso do Julian Assange (Wikileaks), Kim Dotcom (Megaupload) e Pavel Durov (Telegram), já dá para dizer com tranquilidade que todos os jornalistas e empresários da tecnologia que estiverem em países atlantistas e se engajaram nos últimos anos em plataformas de difusão de informação serão caçados com um fanatismo que simplesmente inexiste na hora de lidar com crimes hediondos.
Parecem ser os passos prévios para a construção de uma nova estrutura virtual na qual a comunicação e o compartilhamento de arquivos serão muito mais limitados, bem como o próprio acesso a mídias contra-hegemônicas.
Acaba fortalecendo as conjecturas daqueles que acreditam na possibilidade de um Grande Reseat da internet.
É que personagens como esses possuem experiência com a criação de "zonas autônomas" na internet e eles precisam ser punidos exemplarmente não apenas para que não repitam os seus desafios à ordem informacional hegemônicas, mas também para dissuadir outros empresários e especialistas em tecnologia de investir nesse tipo de projeto.
Não se deve, nunca, permitir que o gado conservador brasileiro saia do cercadinho do atlantismo sionista. O influenciador neocon se abraçará às aberrações mais degradadas e apoiará visceralmente os delírios mais anti-humanos do Ocidente apenas para fazer contraposição à "cleptocracia comunomafiosa imperialista" de Putin.
Não faltam citações do Olavo de Carvalho, vídeos toscos descontextualizados do mesmo, estatísticas de 20 anos atrás, notícias falsas de todos os tipos, e tudo mais que puder ser usado para impedir que o gado enxergue o óbvio.
Mas na era da internet, com o tempo passando e o público cansando da ausência de soluções (o que se intensificará com a plausível derrota de Trump) todo esse esforço é apenas perda de tempo.
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