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A Polônia me parece um ótimo exemplo para pensar a modulação entre estruturas de identidade superficiais e profundas. Uma tendência antropológica da identidade é a possibilidade de uma disparidade entre elementos simbólicos visíveis e a estruturação simbólica das profundezas.

Isto é, nem sempre o momento antropológico de um povo corresponde ao seu corpus simbólico mais predominante, historicamente construído. Na verdade parece haver uma correlação histórica entre o desenvolvimento de uma rigidez cultural e o processo de dissolução da identidade, justamente porque conforme as estruturas da identidade são trazidas para a consciência mais superficial, mais há distanciamento das questões fundamentais que as modularam no processo civilizatório, digamos assim.

A manutenção de uma identidade forte requer bem mais esforço no sentido de preservação de uma orientação, um senso de destino compartilhado, do que apreço pelas imagens e fórmulas finais.

Essa é uma diferença fundamental entre os conceitos de tradicionalismo e conservadorismo, diga-se de passagem.

A Polônia tem vivido momentos de grande profusão de simbologia conservadora, católica, radical, em partes, mas ao mesmo tempo isso não parece corresponder a um movimento estrutural mais profundo, antes um reacionarismo bastante tosco.

Aí você vê tendências como a do post compartilhado na vida cotidiana como um rito muito mais enraizado do que demonstrações ocasionais de "fervor" identitário.

Interpretar um papel não é abraçar uma identidade, e muita gente parece não entender bem essa distinção.

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Today I'm going to expose Euroweek, the integration and indoctrination camps in Poland where they pay foreigners to come sleep with underage White females. It's been going on for 20 years.***🧵*** Note: I posted about this last year but I didn't have concise information…

*O problema da identidade não é recorrente; ele simplesmente emerge. Em sociedades tradicionais, a questão da identidade nem mesmo é levantada. Ela começa a emergir na modernidade porque as referências esmaecem, enquanto mais e mais pessoas questionam quem são e ao que pertencem.

'Quem sou eu?' e 'Quem somos nós?' são questões que só são levantadas quando a identidade está ameaçada, incerta, ou já desapareceu. Isso é que torna o conceito intrinsicamente problemático. Proposto como solução, é também parte do problema.*— Alain de Benoist

*Veja o que você está deixando para depois — amanhã, depois de amanhã, "depois da eleição" — e faça agora, imediatamente. É como pular de um avião: é assustador, dá tontura, mas depois você voa pelo ar como um pássaro no céu. Vamos fazer isso hoje, o que não pudermos fazer a tempo, talvez não devêssemos ter feito.

Eventualmente, tudo se acalmará, no momento do Despertar. Ainda estamos em um semi-sono. Vivemos, governamos e lutamos. É hora de acordar.*— Alexander Dugin

As pessoas comuns parecem não perceber que aqueles realmente dedicados de maneira correta à filosofia estão, direta e soberanamente, preparando-se para morrer e para a morte.

— Sócrates

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LEGIO VICTRIX

Blog dedicado à apresentação de textos, artigos e entrevistas da Nova Direita, do Eurasianismo e da Revolução Conservadora.

*Penso às vezes, com um deleite triste, que se um dia, num futuro a que eu já não pertença, estas frases, que escrevo, durarem com louvor, eu terei enfim a gente que me «compreenda», os meus, a família verdadeira para nela nascer e ser amado. Mas, longe de eu nela ir nascer, eu terei já morrido há muito. Serei compreendido só em éfígie, quando a afeição já não compense a quem morreu a só desafeição que houve, quando vivo.

Um dia talvez compreendam que cumpri, como nenhum outro, o meu dever-nato de intérprete de uma parte do nosso século; e, quando o compreendam, hão-de escrever que na minha época fui incompreendido, que infelizmente vivi entre desafeições e friezas, e que é pena que tal me acontecesse. E o que escrever isto será, na época em que o escrever, incompreendedor, como os que me cercam, do meu análogo daquele tempo futuro. Porque os homens só aprendem para uso dos seus bisavós, que já morreram. Só aos mortos sabemos ensinar as verdadeiras regras de viver.*— Bernardo Soares

*A Solidão das Montanhas

O conjunto de meu trabalho é sustentado e conduzido pelo universo dessas montanhas e seus camponeses. Ultimamente, de tempo em tempo, meu trabalho lá em cima é interrompido por longos períodos por causa de negociações, viagens para conferências, reuniões e pelo meu trabalho docente aqui embaixo. Mas assim que subo novamente para lá, já nas primeiras horas de estada na cabana, todo o mundo de questões anteriores se aproxima de mim, inclusive, exatamente como o havia gravado quando o deixei. Eu sou simplesmente deslocado para dentro da própria vibração do trabalho e, na realidade, não tenho nenhum poder sobre suas leis ocultas. Frequentemente os habitantes da cidade ficam admirados com o longo e monótono isolamento dos camponeses entre as montanhas. Mas não é isolamento, é solidão. Nas grandes cidades, o Homem pode com facilidade ser tão só como dificilmente estaria em qualquer outro lugar. Mas lá ele nunca é solitário. Pois, a solidão tem o poder específico não de nos isolar, mas o de projetar todo ser-aí [Dasein] na proximidade da ampla essência de todas as coisas.*

— Martin Heidegger

*"Eu não oponho qualidade à quantidade, nem percepção à ideia —— Eu busco no mundo percebido núcleos de significado que são in-visíveis, mas que simplesmente não o são no sentido de negação absoluta (ou da positividade absoluta do "mundo inteligível"), mas no sentido de outra dimensionalidade, assim como a profundidade se enxerta atrás da altura e da largura, assim como o tempo se enxerta atrás do espaço —— A outra dimensionalidade se insere nas anteriores a partir de um zero de profundidade por exemplo. Mas isso também está contido no Ser como dimensionalidade universal.

A variação eidética de Husserl e sua in-variante designam apenas estas articulações do Ser, estas estruturas acessíveis através tanto da qualidade quanto da quantidade ——

Para estudar a inserção de cada dimensionalidade no Ser — estude a inserção de profundidade na percepção, e a da linguagem no mundo do silêncio ——

Mostre que não há variação eidética sem discurso; mostrar isso a partir do imaginário como suporte da variação eidética, e a fala como suporte do imaginário."*

— Maurice Merleau-Ponty

É o entusiasmo poético e criativo, mas também a intuição, acima da dialética e da lógica, que nos permitirá recuperar a verdadeira consciência. Somente essa busca por uma nova Referência será capaz de despertar a alma ardente, a alma apaixonada dos povos que entraram em estado de dormência. É a redescoberta de um mito mobilizador que fará com que as pessoas se levantem, insensíveis às técnicas de governança pelo medo. No dia em que as pessoas redescobrirem os ritos políticos, simbólicos e sociais fora do sistema atual, tudo voltará a ser possível.— Rodolphe Cart

Um comerciante de Bagdá envia seu servo ao mercado para buscar mantimentos. Tempo depois, o servo retorna, pálido e trêmulo, afirmando ter encontrado no mercado uma mulher que reconheceu como a Morte, e que Ela gesticulou ameaçadoramente em sua direção.

Aterrorizado, o servo toma emprestado o cavalo de seu senhor e foge em alta velocidade para Samarra, a cerca de 125 km, acreditando que lá a Morte não o encontrará.

O comerciante, por sua vez, vai até o mercado para encontrar a Morte e indagá-la: "Por que ameaça meu servo?"

Calmamente, a Morte responde: "Eu não ameacei seu servo. Meu gesto foi de surpresa."

"Por que surpresa?" indaga o comerciante.

"Ora, surpresa por vê-lo em Bagdá, pois tenho um encontro marcado com ele esta noite, em Samarra."