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Há muitas coisas pelas quais eu nutro preconceito, e uma delas é soltar pipa. Pra mim pipa é a brincadeira do favelado por excelência.
A cultura de favelado geralmente se baseia em terceirizar todos os seus problemas e responsabilidades para os outros. Por exemplo, o favelado cria animais soltos pela rua, escuta som alto sem qualquer consideração pelos vizinhos, promove gritarias com seus familiares e descarta lixo em qualquer lugar, fazendo com que baratas e ratos se proliferem.
Essa cultura de favelado certamente tem origens em fatores sociais, isto é, na ausência do poder público, pois, sendo ausente o Estado, perde-se a noção de que existem espaços públicos compartilhados e que nesses espaços são necessárias regras e leis, se quisermos ter cidades decentes, limpas e onde podemos viver de forma saudável.
Pois bem, voltando ao assunto da postagem, soltar pipa é uma brincadeira favelada, pois se encaixa justamente na cultura de terceirizar suas responsabilidades para os outros e não ter consideração nenhuma com a noção de espaço público. As linhas de pipa, como todos sabem, promovem acidentes no trânsito, já que se usa cerol nelas, logo viram facas para motoqueiros e ciclistas. Além disso, as linhas e pipas quando estão "mandados" certamente enroscarão em fiação ou postes, promovendo aquelas paisagens típicas de favela nas instalações elétricas. Não é incomum que as crianças (e adultos) que soltam pipa sejam eletrocutados e, no processo, causem problemas para a rede elétrica, deixando moradores sem energia. Pior ainda quando eles resolvem pular o muro de casas para pegar pipas e ainda resolvem tirar linhas da fiação de uma casa. E, finalmente, quem nunca viu um bando de moleques (e adultos) soltando pipa em beira de pistas e cruzando rodovias de maneira ousada correndo atrás de pipas mandados, promovendo, nessas ocasiões, acidentes fatais com pessoas que não têm nada a ver com a brincadeira?
Lembro-me de quando fui disputar um duathlon em Mogi das Cruzes ano passado e havia moleques (e adultos) soltando pipa pelo plano que cercava a estrada. Por conta da brincadeira, um dos competidores teve uma queda de bike por causa de uma linha de pipa enroscada. O organizador da prova, durante a premiação, disse que aquele era o último evento que organizava naquele local (que tinha uma estrada excelente pra esse tipo de prova). Disse que uma série de razões o afastavam dali e ele estava evidentemente aborrecido. Do lado do local da prova havia uma pequena favela rente à linha de trem. Infelizmente perdemos um evento esportivo que era barato e ótimo para iniciantes num local de fácil acesso, graças, em parte, a essa cultura de favela que é soltar pipa.
Soundcloud:
https://soundcloud.com/bartonog/sets/da-roca-para-o-underground
SoundCloud
Da Roça Para o Underground
Modão de viola raiz, mas falando sobre a cena underground, suas tretas e suas histórias. Um convite aos fãs de metal e de música underground a apreciarem a música folclórica brasileira. Agradecimento
Playlist no youtube:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLCDBGBp9_GPIfrVyCN4JtxRWaXLGvYsXU
Foi-se o tempo em que educação na escola "mudava" a vida das pessoas. A escola hoje é só uma obrigatoriedade que todos devem cumprir, não há nada de realmente profundo nesse processo.
O professor levantou esse questionamento, que é justo, mas por outro lado, os alunos poderiam dizer que o professor estudou pra continuar pobre e lidando com gente que pouco liga para o que ele tem pra ensinar. Que há pessoas que largaram a escola e foram ganhar dinheiro em outro lugar e se tornaram gente de sucesso.
Para a molecada hoje, um Luva de Pedreiro, por exemplo, é exemplo de sucesso na vida. Então o questionamento que o professor tentou fazer poderia muito bem se voltar contra ele. Os alunos o questionariam: e você, estudou pra quê? Pra isso aqui?
Aos meus colegas e demais pessoas que pretendem ingressar na educação, eu recomendo o seguinte: abandonem qualquer idealização de que o trabalho que vocês vão fazer é um trabalho que "transforma vidas", que o professor é um tipo de "sacerdote" e que é necessário ter "amor" pelos seus alunos.
Num mundo em que você se define pelo quanto você tem, a educação só tem valor enquanto ela puder te dar dinheiro fácil. E como não sou eu que faço as regras do jogo, eu apenas jogo por elas: trato meu trabalho como professor estritamente como algo profissional, nada além disso.
Felizmente, nesse mundo fantástico os Kens não morrem, pois se morressem, as Barbies provavelmente buscariam a mesma solução que as mulheres sabinas buscaram para impedir a guerra entre seus maridos e raptores romanos e seus parentes sabinos, um acordo de paz no qual elas se submetiam aos seus maridos e estes pagariam dotes aos seus pais. Dessa forma, a lição de moral do filme não poderia se concluir.
Algumas reflexões sobre o filme...
O conflito se inicia quando a Barbie, em seu mundo fantástico, começa a pensar na possibilidade da morte. A partir daí ela começa a ter defeitos e fica aflita. Consultando uma outra Barbie, descobre que precisa ir ao mundo real para ter uma solução para sua aflição, de forma que seu mundo volte a ser perfeito.
Vejam só, num mundo em que é tudo perfeito, no qual as mulheres dominam, o mero pensamento da morte faz tudo desmoronar. Nesse momento, confesso que fiquei numa expectativa empolgante, ainda mais quando a Barbie constatou que precisava ir ao mundo real. Pensei que, ao chegar no mundo real, o filme poderia levantar uma reflexão interessante sobre a morte e o sofrimento da condição humana fora do mundo fantástico das Barbies. Infelizmente só foi um banho de água fria depois.
Se fosse um filme europeu, dirigido por algum diretor cult, provavelmente a Barbie veria coisas tão horrorosas a partir da metade do enredo que o filme teria que ser classificado como apropriado apenas para maiores de 18 anos. Infelizmente Holywood é muito boa em infantilizar seu público.
Além disso, se a Barbie começa a chorar e ver sofrimento no mundo, a sua contraparte masculina, o Ken, vibra com o "patriarcado", o que torna essa viagem ao mundo real ainda mais ridícula (e também mostra como esse filme é escancaradamente propaganda feminista rasa). Proponho aos homens que leem essa postagem que façam a seguinte reflexão: alguma vez vocês já se sentiram privilegiados por um "patriarcado"? Eu pessoalmente nunca. Continuo pobre, lascado, trabalhando numa periferia e vivendo diariamente a opressão sistêmica da REALIDADE CRUEL. Nunca tive benefício qualquer de um "patriarcado".
De novo, se o filme fosse dirigido para uma audiência adulta, o Ken provavelmente se tornaria um homem como nós: um pobre fudido e lascado que não consegue arrumar um emprego (e tem uma cena sobre isso). Quem sabe ele se transformasse num alcoólatra pelas ruas de Los Angeles, entrasse pra uma gangue, engravidasse a Barbie e fosse preso. A Barbie, coitada, se tornaria uma mãe solteira que visitaria regularmente o Ken na prisão.
Mas, em vez disso, ele faz uma descoberta interessante, que é a de que "os homens governam o mundo", e sobre cavalos. Vejam bem, o que o Ken descobre é simplesmente a natureza política do mundo. E política é conflito, é distinção entre amigo e inimigo, são cavaleiros montados. Ele fica fascinado com essa descoberta, começa a ler livros, passa a ter aquele "hiperfoco" autista típico de homens quando começam a descobrir o mundo político e histórico, e tenta levar esse conhecimento ao mundo fantástico da Barbie, onde ele instala o "patriarcado". As Barbies, no entanto, são incapazes de entender esse conhecimento e, quando precisam, se fazem de sonsas e pedem que os Kens lhes expliquem essas coisas.
Mas mesmo no mundo fantástico a política não pode existir, porque não há conflito. Isso já fica claro no início do filme. O "senado" das Barbies é meramente um local onde elas se sentem "poderosas" com subjetivismo sentimentalista. Não se discute soluções e acordos para conflitos políticos, é mero teatro. Além de que essas instituições políticas desse mundo fantástico são criações masculinas que as Barbies desejam ocupar, por razões de prestígio.
Aflitas com a reviravolta, as Barbies recorrem a uma solução que já vem sendo apresentada na literatura desde a Antiga Grécia com a Lisístrata: chantagem sexual. Esse foi o momento do filme em que, inevitavelmente, eu pensei, "Esther Vilar estava certa".
O discurso feminista ocidental gira em torno disso, subjetivismo emocional e chantagem sexual. As Barbies, diferentes dos Kens, não são "políticas", elas simplesmente os manipulam sexualmente e geram uma guerra. Aqui, no entanto, o enredo difere de Lisístrata, pois na peça as mulheres buscam o fim de uma guerra, já no filme da Barbie as coisas se tornam como a Ilíada: uma guerra começa por causa de uma disputa de rabo de saia.
Hoje os professores retornaram e houve uma reunião pedagógica na qual todos nós nos apresentamos.
Alguns deles falavam de quando deram aulas em escolas de periferia (pois ali era uma periferia) e falavam de como a gestão conseguia tocar ordem na escola porque conhecia a turma "barra pesada" do bairro, isto é, os criminosos. Diziam para não nos assustarmos com a comunidade.
Esse discurso só mostra o estado lamentável em que os trabalhadores vivem nas periferias, pois além de terem difícil acesso à saúde e educação de qualidade, precisam ter a sua segurança "privatizada" para traficantes de drogas. Isto é, só possuem segurança enquanto se aliarem a criminosos.
Todos os dias eu atravesso o Alphaville de ônibus para chegar à escola e lá, que é um bairro de classe alta, há segurança privada a cada esquina. Quando o ônibus cruza a ponte o cenário muda completamente.
O discurso infantil de anti-polícia, divulgado especialmente por setores progressistas, só vai ajudar a reforçar mais ainda a privatização da segurança pública, seja para empresas de segurança ou para criminosos do tráfico.
Traficantes de drogas não têm "consciência social". Traficante sempre foi e sempre será inimigo dos trabalhadores.
Nessa última semana conheci um rapaz do litoral que trabalhou de guarda-vidas temporário.
Ele me contou que são os bombeiros militares que os treinam e disse que o treinamento é tipicamente militar: na base da humilhação.
Ele me contou que certa vez um trio de jovens resolveu se aventurar no mar com uma prancha e um deles, que não era de tamanho pequeno, foi levado pela água e entrou em desespero.
Ele já havia apitado alertando-os, mas eles insistiram e isso aconteceu. Então ele se lançou ao mar para resgatá-lo. Prendeu-o e o rebocou de volta para segurança.
Um cabo bombeiro que estava ali perto, após a ocorrência, deu-lhe um esporro na frente de todos os banhistas. Gritou, censurando-o por não haver apitado e tomado precauções necessárias. Mesmo que o guarda-vidas tivesse respondido que tinha tomado as precauções. O bombeiro ainda lhe disse que tinha visto tudo, que ele foi incompetente e que ele estava só mamando nas tetas do governo ganhando o salário de guarda-vidas.
O guarda-vidas não tinha o que fazer a não ser ouvir o sermão e seguir o dia.
O esporro pode parecer um exagero e muito humilhante, porém, existe algo pedagógico por trás dele que cabe reflexão: se o guarda-vidas tivesse falhado e o jovem morrido, o esporro não seria do cabo dos bombeiros, mas de todos os banhistas da praia, especialmente da família e amigos do jovem, já que o guarda-vidas era o responsável por aquela área.
As pessoas na postagem original comentam indignadas e lançam coisas como "é por isso que o cinema nacional é um lixo", etc. Mas se elas assistissem ao filme original, veriam como ele retrata exatamente o que aconteceu: a vítima é baleada, morre e o vagabundo é morto pelos policiais. Detalhe: a menina estava grávida. O filme não tenta passar pano para o sequestrador, na verdade mostra coisas horríveis que ele fez antes do sequestro do ônibus. Ou seja, você provavelmente vai sentir mais raiva ainda do protagonista.
A narrativa tenta mostrar todo o contexo violento e pobre onde esse vagabundo cresce, mas mesmo assim, é impossível não sentir ainda mais raiva da bandidagem, pois o protagonista teve sua mãe assassinada por outro vagabundo quando ele ainda era criança. E com o detalhe de ter presenciado a cena.
Aliás, embora o sequestrador seja o protagonista do filme, a narrativa fica bem dividida com outra personagem, que é a de uma senhora que logo ao início é expulsa de uma casa, por dívidas, perde seu filho para um traficante e passa o filme todo achando que o Sandro, o sequestrador, é o seu filho. É essa personagem que realmente causa um sentimento de pena em quem assiste, pois é uma grande vítima durante todo enredo.
Bandido deve ser punido (e às vezes morto), mas não se pode fechar os olhos ao fato de que pobreza animaliza as pessoas e pessoas animalizadas vão para o crime e geram um ciclo de dor que cria ainda mais criminosos e vítimas. Se você não sente raiva também do fato de que pessoas devam viver na miséria, então há alguma coisa de errado.
Por todas essas razões, esse filme vale a pena ser visto, porque retrata todo esse ciclo de sofrimento.
Eduquem os rapazes para serem homens fortes, autônomos e capazes de assumir responsabilidades sobre seu lar e sobre outras pessoas, e não para ficarem se lamentando pelo estado de vítima das mulheres.
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