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Ó meu Jesus, apressai-Vos a perdoar-me, recebei-me na vossa graça, já que não mais me quero afastar de Vós. Não quero sofrer a desgraça e a confusão de me ver no futuro privado da vossa graça e do vosso amor. Concedei-me a santa perseverança e fazei que sempre Vo-la peça; particularmente, quando for tentado, implorando então em meu auxílio o vosso santo Nome e o de vossa santa Mãe, dizendo: Meu Jesus, ajudai-me; Maria, minha Mãe, socorrei-me. Se a tentação persistir, concedei-me a graça de eu também persistir em vos invocar. (II 84.)
Referência:
(1) Is. 47, 10.
(LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo III: Desde a Décima Segunda Semana depois de Pentecostes até o fim do ano eclesiástico. Friburgo: Herder & Cia, 1922, p. 103-105)
**Décima Sétima Semana depois de Pentecostes
Terça-feira
Devemos recear que o primeiro novo pecado seja talvez o último Fili, peccasti? Ne adicias iterum; sed et de pristinis deprecare, ut tibi dimittantur — “Filho, pecaste? Não tornes a pecar, pelo contrário roga para que os pecados cometidos te sejam perdoados” (Eclo. 21, 1).
Sumário.** Não há ninguém tão louco que tome veneno e diga: “Pode ser que os remédios me curem; e há cristãos que se condenam à morte eterna na esperança de se livrarem dela mais tarde. Meu irmão, tu ao menos sê prudente, e se outrora foste pecador, deves temer mais à proporção do número de teus pecados; porque mais um pecado faria talvez baixar a balança da divina justiça, e então não haveria mais perdão. Oh, quantos foram precipitados no inferno, no mesmo instante em que procuravam qualquer satisfação proibida!
I. Tal é o conselho que nos dá o Senhor, porque nos quer salvar: que não tornemos a ofendê-Lo, e que de hoje em diante procuremos obter o perdão dos pecados cometidos: Ne adicias iterum; sed et de pristinis deprecare, ut tibi dimittantur. Meu irmão, quanto mais ofendeste a Deus, tanto mais deves recear-te de uma nova ofensa, porque um pecado a mais poderia fazer baixar a balança da divina justiça e ficarias condenado. Não digo que depois de mais um pecado não haverá absolutamente perdão para ti; não sei; mas pode acontecer. Dize, pois, quando fores tentado: Quem sabe se Deus ainda me quererá perdoar e se não ficarei condenado?
Dize-me: se fosse provável que alguma iguaria contém veneno, havias de prová-la? Se cresses com certa probabilidade que em algum caminho os teus inimigos estão à tua espreita para te tirar a vida, passarias por ele, havendo outro mais seguro? E que certeza, ou mesmo que probabilidade tens de que, pecando de novo, terás depois verdadeiro arrependimento e não recairás outra vez? Ou que Deus não te deixará morrer no ato mesmo do pecado, ou depois dele te abandone?
Ó Deus! Quando compras uma casa, tomas todas as providências para legalizar o negócio e não perder o dinheiro. Quando tomas um remédio, primeiro procuras certificar-te de que não te fará mal. Se passas um rio, tomas precauções para não cair na água. E depois por uma satisfação miserável, por um prazer imundo, quererás por em risco a salvação eterna, dizendo: Espero que me hei de confessar? — Escuta o que te diz Santo Agostinho: Deus, assim fala o Santo, prometeu o perdão ao que se arrepende, mas não prometeu o dia seguinte ao que O ofende. Se pecares, pode ser que Deus te dê tempo de fazer penitência, pode ser que não. Se não t’o der, que será de ti em toda a eternidade? Entretanto, perdes a alma por um miserável prazer e a pões em perigo de ficar eternamente perdida.
II. Avivemos a nossa fé. Dize-me, meu irmão, a existência do céu e do inferno é uma verdade santa, ou uma pura invenção? Crês que, se a morte te colhesse em estado de pecado estarias perdido para sempre?… Que temeridade, pois, o condenar-te a uma eternidade de penas, dizendo: Espero mais tarde reparar as minhas faltas! Nemo sub spe salutis vult aegrotare — “Não há ninguém tão louco”, diz Santo Agostinho, “que tome veneno e diga: pode ser que depois me cure com remédios”. E queres condenar-te a uma morte eterna, dizendo: talvez me livre mais tarde? Ó loucura que arrastou e continua a arrastar tantas almas ao inferno, segundo a ameaça do Senhor: Pecaste, fiando-te temerariamente na misericórdia divina; mas o castigo cairá de improviso sobre ti, sem que saibas d’onde vem (1).
Eis-aqui, Senhor, um desses insensatos que tantas vezes perdeu a sua alma e a vossa graça, esperando readquiri-las. Ai! Que seria de mim, se me tivésseis deixado morrer em tal tempo, ou durante essas noites, que passei em estado de pecado? Agradeço à vossa misericórdia o ter esperado por mim, e ter-me feito conhecer o meu desvairamento. Vejo que quereis a minha salvação e quero salvar-me. Arrependo-me, bondade infinita, de Vos ter tantas vezes voltado as costas; amo-Vos de todo o coração e espero, pelos merecimentos da vossa Paixão, nunca mais ser tão insensato.
Senhor meu Jesus Cristo, como posso agradecer-Vos dignamente, vendo-me por Vós chamado ao mesmo ministério que Vós exercitastes na terra, ao ministério de, com as minhas fracas forças, ajudar as almas a se salvarem? Como merecia eu esta honra e este prêmio, depois de Vos haver ofendido tão gravemente, e sido causa que outros Vos ofendessem? Sim, meu Salvador, já que me chamais a ajudar-Vos nesta grande obra, quero servir-Vos com todas as minhas forças. Eis-me aqui a oferecer-Vos todos os meus trabalhos, e ainda o sangue e a vida para Vos obedecer. Não pretendo com isto satisfazer ao meu próprio gênio, ou receber a estima e os aplausos dos homens; outra coisa não pretendo senão ver-Vos amado de todos, como mereceis.
Bendigo a minha sorte e me dou por feliz, por me haverdes escolhido para tão sublime ofício, no qual desde já faço o sincero protesto de renunciar a todos os louvores dos homens e a todas as minhas satisfações, e de querer só a vossa glória. Seja vossa toda a honra e satisfação, e para mim sejam somente os incômodos, os desprezos e as amarguras. Aceitai, Senhor, esta oferta que Vos faz um miserável pecador, o qual Vos quer amar e ver-Vos também amado dos outros; dai-me forças para a executar. — Maria Santíssima, minha advogada, vós que tanto amais as almas, ajudai-me. (IV 429.)
Referências:
(1) As pessoas seculares poderão tomar hoje uma das meditações de reserva do Apêndice IV.
(2) Lc. 4, 18.
(3) Jo. 21, 17.
(4) Mt. 25, 40.
(5) Sl. 33, 2.
(6) Is. 58, 10.
(7) 1 Ts. 2, 20.
(LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo III: Desde a Décima Segunda Semana depois de Pentecostes até o fim do ano eclesiástico. Friburgo: Herder & Cia, 1922, p. 100-102)
Tal é a oração que Vos dirijo; estabeleça-se vosso reino em minha alma, de maneira que a possuais toda e ela também Vos possua a Vós, que sois o supremo Bem. Ó meu Jesus, nada poupastes para me salvar e para ganhar o meu amor; salvai-me, pois, e consista a minha salvação em Vos amar incessantemente nesta vida e na outra.
Tantas vezes Vos tenho ofendido, e não obstante isto, me afiançais que não Vos dedignareis de me conservar unido convosco durante toda a eternidade, se eu me quiser arrepender. Sim, arrependo-me, e quisera morrer de dor. De hoje em diante só quero pensar em Vos ser agradável. Aceito e abraço todas as mortificações e penas que me quiserdes enviar. Basta-me que não me priveis da vossa graça; basta que um dia possa eu ir amar-Vos, louvar-Vos e bendizer-vos no paraíso. — Ó Maria, quando é que me verei aos vossos pés, seguro de não mais poder perder o meu Deus? Socorrei-me, minha Mãe, e não consintais que me condene e tenha de viver para sempre apartado de Vós e do vosso divino Filho. (II 135.)
Referências:
(1) Ecle. 9, 1.
(2) Sl. 35, 9.
(3) Lc. 11, 2.
(LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo III: Desde a Décima Segunda Semana depois de Pentecostes até o fim do ano eclesiástico. Friburgo: Herder & Cia, 1922, p. 84-86)
**Décima Sexta Semana depois de Pentecostes
Quarta-feira
Felicidade eterna do céu Beati qui habitant in domo tua, Domine; in saecula saeculorum laudabunt te — “Bem-aventurados, Senhor, os que moram na tua casa; pelos séculos dos séculos te louvarão” (Sl. 83, 5).
Sumário.** No céu a alma verá Deus face a face, conhecerá todas as disposições admiráveis da divina Providência para sua salvação, e verá que o Senhor a abraça e a abraça sempre como filha querida; pelo que a alma se embriagará de tal amor, que não pensará mais senão em amar seu Deus. Será esta a sua eterna ocupação: amar o bem infinito que possui, louvá-Lo e bendizê-Lo. Quando nos sentirmos oprimidos pelas cruzes, levantemos os olhos ao céu, e lembremo-nos de que nos está reservada sorte igual, se ficarmos fiéis a Deus.
I. Na terra, a maior pena das almas que amam a Deus e se acham em desolação, é o receio de não O amarem e de não serem por Ele amados: Nescit homo, utrum amore an odio dignus sit (1) — “O homem não sabe se é digno de amor ou de ódio”. Mas no paraíso a alma está certa de que ama a Deus, e de que é amada por Ele; vê que está felizmente abismada no amor do seu Senhor e que o Senhor a abraça como querida filha; vê, enfim, que os laços de seu amor são para sempre indissolúveis. — Estas venturosas chamas desenvolver-se-ão mais ainda pelo conhecimento mais perfeito, que então adquirirá, do amor que levou Deus a fazer-se homem e a morrer por nós, do amor que o levou a instituir o Santíssimo Sacramento, no qual um Deus se faz alimento de um verme.
Demais; verá distintamente todas as graças que Deus lhe prodigalizou, livrando-a de tantas tentações e perigos de condenação. Compreenderá que essas tribulações, doenças, perseguições, revezes, que chamara desgraças e castigos de Deus, foram, ao contrário, manifestações de amor e lances da divina Providência para a levar ao céu. — Verá especialmente a paciência que Deus teve em aturá-la depois de tantos pecados, e as suas misericórdias em enviar-lhe tantas luzes e tantos convites cheios de amor. Do alto desta feliz montanha, verá tantas almas condenadas ao inferno por menos pecados, e a si mesma se verá salva, na posse de Deus, certa de nunca perder no futuro esse bem supremo durante toda a eternidade.
Sempre, portanto, gozará o bem-aventurado dessa beatitude, que durante toda a eternidade e a cada instante lhe parecerá nova, como se então pela primeira vez entrasse a gozá-la. Sempre desejará a sua felicidade e obtê-la-á sempre: sempre satisfeita e sempre desejosa, sempre ávida e sempre saciada. Numa palavra, assim como os réprobos são vasos cheios de ira, assim os escolhidos são vasos cheios de contentamento, de modo que nunca tem coisa alguma a desejar. Pelo que diz Davi: Inebriabuntur ab ubertate domus tuae (2) — “Embriagar-se-ão da abundância de tua casa”. Como se dissesse: A alma, vendo a descoberto e abraçando com transporte o seu soberano Bem, embriagar-se-á de tal sorte de amor, que se perderá felizmente em Deus, isto é, esquecer-se-á completamente de si, e não pensará desde então senão em amar, louvar e abençoar esse bem infinito, que possui.
II. Quando nos oprimirem as cruzes da vida, animemo-nos a suportá-las com paciência, com a esperança do céu. O abade Zosimo perguntou a Santa Maria Egypciaca, como aguentara viver tantos anos no deserto; ao que a Santa respondeu: Pela esperança do céu. Quando a São Filipe Neri foi oferecida a dignidade cardinalícia, a recusou atirando o barrete ao ar e exclamando: Ó paraíso, ó paraíso!
Assim também nós, quando gemermos ao peso das misérias deste mundo, levantemos os olhos ao céu e consolemo-nos, dizendo: Ó paraíso, ó paraíso! Lembremo-nos de que, se formos fiéis a Deus, acabarão um dia todas as nossas penas, misérias e temores, e seremos admitidos nessa feliz pátria, na qual estaremos plenamente felizes, enquanto Deus for Deus. Já esperam-nos os Santos, espera-nos Maria, e Jesus já tem na mão a coroa, para nos coroar reis no seu reino eterno.
Meu querido Salvador, ensinastes-me a rogar: Adveniat regnum tuum (3) — “Venha a nós o vosso reino”.
— Meu Deus, pelo amor de Jesus Cristo, dai-me, com o vosso amor, a santa perseverança até à morte. Não consintais que eu torne a trair-Vos, e deixe jamais de Vos amar. — Ó Maria, sois a minha esperança; obtende-me a perseverança e nada mais vos peço. (*II 76.)
Referências:
(1) Eclo. 5, 6.
(2) Lc. 1, 50.
(3) Gl. 6, 7.
(LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo III: Desde a Décima Segunda Semana depois de Pentecostes até o fim do ano eclesiástico. Friburgo: Herder & Cia, 1922, p. 81-83)
Amo-Vos e arrependo-me de Vos ter desprezado, não tanto pelo inferno que mereci, como por ter ofendido a Vós, meu Deus, que tanto me tendes amado. Ó meu Jesus, abri-me o seio da vossa bondade, acrescentai misericórdia a misericórdia. Fazei que não torne a ser ingrato para convosco, e mude completamente o meu coração. Fazei que o meu coração, que antigamente nenhum caso fez de vosso amor, e lhe preferiu as miseráveis satisfações da terra, seja doravante todo vosso e continuamente inflamado de amor por Vós. — Esta graça peço-a também a vós, ó grande Mãe de Deus e minha Mãe, Maria. (II 19.)
Referência:
(1) Eclo. 38, 23.
(LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo III: Desde a Décima Segunda Semana depois de Pentecostes até o fim do ano eclesiástico. Friburgo: Herder & Cia, 1922, p. 63-66)
**Décima Quinta Semana depois de Pentecostes
Terça-feira
A cada momento nos aproximamos da morte Omnes morimur, et quase aquae dilabimur in terram, quae non revertuntur — “Nós morremos todos, e corremos pela terra como as águas que não tornam mais” (2 Rs. 14, 14).
Sumário.** É certo que fomos todos condenados à morte. Todos nascemos com a corda ao pescoço, e a cada passo que damos, aproximamo-nos mais do patíbulo. Que loucura, pois, a nossa, sabermos que havemos de morrer, crermos que do momento da morte depende uma eternidade de gozos ou de penas, e não pensarmos no ajuste das contas e nos meios para ter uma boa morte! Compadecemo-nos dos que morrem subitamente. Porque é, pois, que nos expomos ao risco de nos suceder a mesma desgraça? Quem sabe se este ano não é o último da nossa vida?… Quem sabe se ainda amanheceremos?
I. É certo que fomos todos condenados à morte. Todos nascemos, diz São Cypriano, com a corda ao pescoço e, a cada passo que damos, nos aproximamos mais da morte. Meu irmão, assim como foste inscrito um dia no livro dos batismos, assim serás inscrito um dia no livro dos mortos. Assim como dizes hoje dos teus antepassados: meu falecido pai, tio ou irmão, assim dirão de ti os que vierem depois. Assim como ouviste muitas vezes dobrar os sinos pela morte dos outros, assim outros os ouvirão dobrar pela tua morte.
Que dirias, se visses um condenado à morte caminhar para o suplício galhofando, rindo, olhando para toda a parte, e pensando ainda em comédias, festins e divertimentos? E tu, não caminhas neste momento para a morte? E em que pensas? Vê nessa cova teus amigos e parentes, a quem já feriu a sentença. Que horror se apodera dos condenados quando vêem os seus companheiros já mortos e pendentes da forca! Atenta nesses cadáveres, cada um dos quais te diz: Mihi heri et tibi hodie (1) — “Ontem a mim, hoje a ti.” É isto o que te dizem ainda os retratos de teus parentes já mortos, os seus escritos, as casas, os leitos, as roupas que deixaram.
Haverá loucura maior do que saber que se há de morrer, e que depois da morte nos espera uma eternidade de alegrias ou uma eternidade de penas; saber que do momento da morte depende um futuro eternamente feliz ou eternamente infeliz: e não pensar em ajustar as contas e em empregar todos os meios para ter uma boa morte? Compadecemo-nos dos que morrem subitamente e não se acham preparados para a morte; como é então que não cuidamos em estar preparados, podendo-nos acontecer o mesmo? — Mas cedo ou tarde, prevista ou imprevistamente, quer pensemos nisso quer não, devemos morrer; e a todas as horas, a todos os instantes nos vamos aproximando da nossa forca, quer dizer, da última doença que nos deve fazer sair deste mundo.
II. Em cada século, as casas, as praças e as cidades enchem-se de novos habitantes, e os que precederam são levados e enterrados nos túmulos. Assim como para estes passaram os dias da vida, da mesma maneira chegará o tempo em que nem eu, nem vós, nem nenhum dos que vivem atualmente, existirá na terra. Então estaremos todos na eternidade, que será para nós ou um eterno dia de delícias, ou uma eterna noite de tormentos. Não há meio termo; é certo, é de fé que uma das duas sortes nos espera.
Meu amado Redentor, não teria a ousadia de aparecer diante de Vós, se Vos não considerasse suspenso nessa cruz, despedaçado, ultrajado e morto por minha causa. Foi grande a minha ingratidão, maior ainda porém é a vossa misericórdia. Grandes foram os meus pecados, mas muito maiores são os vossos méritos. As vossas chagas, o vosso sangue, a vossa morte são as minhas esperanças. Merecia o inferno desde o instante do meu primeiro pecado; e depois tantas vezes Vos tornei a ofender, e Vós não só me haveis conservado a vida, mas com extrema bondade e amor me convidastes ao perdão e me haveis oferecido a paz. Como poderei recear que me afasteis de Vós, agora que vos amo e só desejo a vossa graça?
Sim, amo-Vos de todo o coração, meu querido Senhor, e só desejo amar-Vos.
— “Ó Deus, protetor dos que em Vós esperam, e sem o qual nada há firme nem santo, multiplicai sobre nós a vossa misericórdia, para que, por Vós dirigidos e guiados, passemos de tal modo pelos bens terrenos, que não percamos os eternos. Fazei-o pelo amor de Jesus Cristo” (3). † Doce Coração de Maria, sede minha salvação. (*II 245.)
Referências:
(1) Is. 53, 6.
(2) 1 Pd. 2, 25.
(3) Or. Dom.
(LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo II: Desde o Domingo da Páscoa até a Undécima Semana depois de Pentecostes inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 178-180)
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