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5:18,19).

Cristo é a nossa reconciliação com Deus e por isso temos paz
Quando falamos que Cristo é a nossa reconciliação com Deus, estamos afirmando que em Cristo a graça de Deus é restaurada aos pecadores que se arrependem e colocam sua confiança n’Ele ao compreender sua morte expiatória.

O Filho de Deus morreu por nós quando ainda éramos pecadores (Romanos 5:8). Então uma vez tendo sido reconciliados, os redimidos agora têm paz com Deus. É isso que a Bíblia diz: “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5:1).

O motivo e a fonte dessa paz é o próprio Cristo. Por isso o apóstolo Paulo escreve: “Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derribando a parede da separação que estava no meio, na sua carne, desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, e, pela cruz, reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades” (Efésios 2:14-16).

Perceba que Paulo não apenas diz que Cristo restabeleceu a paz entre Deus e os homens, mas também uniu em um só corpo dois povos que estavam separados – judeus e gentios. Cristo derrubou a “parede da separação que estava no meio” desses dois povos. Agora pelo Evangelho de Cristo, o Espírito Santo reúne, na presença do Pai tanto judeus quanto gentios. A reconciliação com Deus pela obra de Cristo foi completa. Definitivamente nenhum povo foi excluído.

Assim, todos aqueles que recebem a Cristo como seu redentor mediante a fé, fazem parte de um novo templo espiritual edificado para a habitação de Deus no Espírito (Efésios 2:20-22). Reconciliados com Deus por sua união com Cristo, aqueles que eram inimigos de Deus agora são chamados “amigos” (cf. João 15:15); aqueles que eram filhos da desobediência agora são chamados “filhos de Deus” (cf. 1 João 3:1). Essa reconciliação é tão perfeita que em Cristo, pelo Espírito, o próprio Deus habita naqueles que foram reconciliados (1 Coríntios 3:16).

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2 years, 1 month ago

? Reconciliação com Deus: Como Podemos Nos Reconciliar Com Deus?

A reconciliação com Deus só é possível através de Cristo. Isso significa que a única forma de o homem se reconciliar com Deus é por meio dos méritos do Senhor Jesus Cristo que através de sua obra redentora satisfez as exigências da justiça de Deus e trouxe paz aos redimidos.

A Bíblia diz de uma forma muito clara que Jesus Cristo é único mediador entre Deus e o homem (1 Timóteo 2:15). Cristo nos deu acesso ao Santuário Celestial; por causa de sua justiça hoje podemos nos achegar com confiança com trono da graça de Deus (Hebreus 4:16). Então Cristo é a nossa reconciliação com Deus; à parte d’Ele não há outra forma de nos aproximarmos de Deus.

Além disso, a Bíblia deixa claro que todos os homens, independentemente de sua raça, língua, nacionalidade ou qualquer característica – absolutamente todos – necessitam ser reconciliados com Deus. Por isso que na Carta aos Efésios o apóstolo Paulo explica que tanto os judeus quanto os gentios são reconciliados com Deus por meio de Cristo (Efésios 2:16).

O pecado nos separou de Deus
O pecado trouxe sérias consequências para a humanidade. A mais grave delas – e de onde todas as outras consequências resultam – foi a separação entre o homem e Deus. Isso significa que por causa do pecado o relacionamento entre Deus e o homem foi destruído. É fácil entendermos isso quando sabemos que basicamente o pecado é a transgressão da Lei de Deus.

Deus é totalmente santo e justo e não pode tolerar o pecado. Então isso quer dizer que a culpa pelo relacionamento ter sido quebrado é inteiramente do homem. Foi o homem quem se tornou desobediente e preferiu ser inimigo de Deus ao ter prazer em transgredir sua Lei.

Portanto, depois de ter sido corrompido pelo pecado, o homem se tornou incapaz de, por sua própria vontade, fazer qualquer bem espiritual em relação a Deus. O que realmente dá prazer ao homem morto em suas ofensas e pecados não é fazer a vontade de Deus e andar em seus caminhos, mas é fazer a vontade de sua própria carne e andar segundo o curso deste mundo. Logo, a paz foi perdida e o homem desobediente passou a ser merecedor da justa ira de Deus (Efésios 2:1-3).

Pela cruz de Cristo houve reconciliação com Deus
Reconciliar significa “fazer as pazes”, ou seja, “restabelecer a paz”. Na Bíblia o verbo “reconciliar” e seus cognatos traduz um termo grego que era empregado inclusive para se referir a um ajuste de valor numa transação comercial, ou para falar da troca de moedas de valor equivalentes. Passando ao contexto de relacionamento, esse termo traz o sentido de “voltar a ter o favor de alguém” ou “restabelecer um estado de harmonia anterior” no sentido de restaurar uma condição favorável que foi perdida.

Então fica claro que o homem precisava de reconciliação com Deus. Por causa do pecado ele havia perdido o favor divino e passou a estar debaixo da Sua ira. Mas ainda havia um grande problema: a situação do homem era tão terrível que não havia nada que ele pudesse fazer para restaurar novamente o seu relacionamento com Deus. Havia um valor a ser ajustado que o homem jamais poderia pagar. Então a única forma para que houvesse reconciliação com Deus novamente, era se o próprio Deus providenciasse esse pagamento.

É nesse ponto que entra o sacrifício expiatório de Cristo. Jesus Cristo assumiu o lugar dos pecadores diante do juízo de Deus pagando a dívida que lhes era devida. Ele se fez “pecado por nós” e assumiu a punição que cabia ao homem por ter transgredido a Lei de Deus (2 Coríntios 5:21; Gálatas 3:13). Então Ele cancelou “o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-na cruz” (2 Coríntios 2:14).

Por isso que o apóstolo Paulo escreve que a história da redenção provém de Deus, “que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação” (2 Coríntios

2 years, 1 month ago
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Na verdade Deus escolheu salvar os humildades. O apóstolo diz que Deus, em sua soberania, não chamou para a salvação muitas pessoas consideradas indispensáveis aos olhos humanos (1 Coríntios 1:26). É verdade que as palavras de Paulo tiveram uma aplicação prática dentro da comunidade cristã de Corinto. Mas também é verdade que seu princípio igualmente se aplica de forma geral a todos os crentes em diferentes realidades.

Deus não é como o mundo que valoriza quem é importante. Na verdade Deus anula os conceitos e padrões do mundo, e revela sua sabedoria aos loucos, humildes, fracos e desprezados. Em certa ocasião Jesus agradeceu ao Pai por ter ocultado a sua verdade aos sábios e entendidos e tê-las revelado aos pequeninos (Mateus 11:25).

Alguém pode perguntar: Por que Deus escolheu as coisas loucas, fracas, insignificantes e desprezadas para envergonhar os sábios e os fortes do mundo? O próprio apóstolo Paulo responde dizendo que é para que ninguém se vanglorie na presença de Deus. O crente jamais deve se esquecer de sua completa dependência e necessidade da graça de Deus. O redimido não foi escolhido por seus próprios méritos pessoais; ele foi escolhido pela soberana vontade de Deus sob os méritos de Cristo (1 Coríntios 1:29-31).

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2 years, 1 month ago

? O Que Significa “Deus Escolheu as Coisas Loucas Deste Mundo”?

A declaração “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para envergonhar os sábios” fala sobre a soberania de Deus. O Deus que governa todas as coisas agiu conforme sua livre e soberana vontade na execução de seu plano de salvação. A obra da redenção não ocorre de acordo com a agenda humana, e nem se fundamenta nos conceitos da sabedoria do mundo.

Por esse motivo a Bíblia diz: “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes. E Deus escolheu as coisas insignificantes do mundo; e as desprezadas, e aqueles que não são, para reduzir a nada as que são” (1 Coríntios 1:27,28).

O apóstolo Paulo escreve essas palavras num contexto em que Ele fala sobre a soberania de Deus na salvação através da loucura da mensagem da cruz que não se fundamenta na sabedoria humana. Paulo ensina que a sabedoria humana falha em fazer o homem conhecer verdadeiramente a Deus.

Deus escolheu as coisas loucas deste mundo
A declaração “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo” significa que Deus revelou sua sabedoria da forma mais improvável às pessoas mais improváveis. Deus usa as coisas que o mundo enxerga como loucas a fim de envergonhar os homens considerados sábios aos olhos do mundo.

Deus determinou que a fé salvadora viria pela pregação da mensagem de Cristo. Por isso lemos que “a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo“ (Romano 10:17). Mas essa pregação é loucura para a mente humana, pois seu conteúdo é o Cristo crucificado.

Deus não escolheu um elaborado e complexo sistema filosófico humanista para comunicar a salvação. Pelo contrário! Ele escolheu a simplicidade do Evangelho que revela o Inocente que se fez culpado e que foi morto como um criminoso maldito numa cruz em lugar dos verdadeiros culpados. Então a ideia de que a salvação é pela graça mediante a fé nesse Cristo que foi crucificado, parece loucura.

Além disso, para os sábios desse mundo, qualquer um que aceita essa mensagem como verdadeira, não passa de um louco. Esse tipo de entendimento é verdadeiro em qualquer época. A fé em Cristo sempre foi vista pelos sábios do mundo como um delírio. Mas a rejeição à “loucura de Deus” resulta numa vergonha de implicações eternas.

Deus escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes
Após dizer que “Deus escolhe as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios”, Paulo também diz que Deus “escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes”. Essa é mais uma verdade amplamente ensinada nas Escrituras.

Na Parábola das Bodas do Filho do Rei, por exemplo, Jesus fala de uma festa real que ocorreu num certo reino. Essa festa não foi frequentada pelos nobres e as pessoas importantes do reino; mas por pessoas não mais do que comuns retiradas das ruas da cidade (Mateus 22:1-14). O próprio Jesus também diz que os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos (Mateus 20:16).

Fazendo um paralelo com as palavras do apóstolo Paulo, podemos dizer que no plano de Deus as coisas fracas prevalecem sobre as fortes. Se isso não faz sentido para a sabedoria humana, faz todo sentido para a “loucura” de Deus. Isso “porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens” (1 Coríntios 1:24).

Deus escolheu as coisas desprezadas e insignificantes do mundo
Paulo também escreve que “Deus escolheu as coisas insignificantes do mundo; e as desprezadas, e aquelas que não são, para anular as que são” (1 Coríntios 1:28). S. Kistemaker comenta esse versículo dizendo que para Paulo as coisas insignificantes, desprezadas e que não são, consistem numa massa em que os indivíduos têm tão pouco valor que nem mesmo são considerados como personalidades distintas.

Contudo, são essas pessoas insignificantes, desprezadas e classificadas como “nada” perante o mundo, que Deus escolhe para si. Então não é por ser sábio, forte, nobre ou poderoso segundo os padrões deste mundo, que alguém pode ser salvo.

2 years, 1 month ago
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Então num certo sentido, podemos dizer que o trono ou a habitação de Deus na terra está nos corações e sobre os lábios de seu povo. Derek Kidner diz que a metáfora de que Deus habita no meio dos louvores coloca uma questão importante diante da Igreja: seus louvores é um trono para Deus ou uma plataforma para o homem?

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2 years, 1 month ago

? Deus Habita no Meio Dos Louvores?

Dizer que Deus habita no meio dos louvores significa que Deus é honrado quando seu povo fiel rende louvores a Ele. Deus não depende de qualquer aclamação ou invocação humana para existir ou se manifestar; mas o seu reino é manifestado aos seus adoradores quando eles lhe adoram.

A frase “Deus habita no meio dos louvores” tem origem num verso do Salmo 22. Nele, o salmista declara: “Porém tu és Santo, tu que habitas entre os louvores de Israel” (Salmo 22:3).

Nesse salmo Davi fala sobre sua angustia; ele fala sobre como se sentia abandonado por Deus em meio a um contexto de intenso sofrimento. O Novo Testamento revela que as palavras desse mesmo salmo expressam também os sofrimentos do Messias e se cumprem n’Ele (Mateus 27:35-46; João 19:23-28; Hebreus 2:12).

Esse verso possui alguma dificuldade de tradução. Por isso as versões bíblicas apresentam diferentes possibilidades de tradução para expressar o que realmente o salmista tem em mente.

Enquanto algumas versões traduzem: “Porém tu és Santo, o que habitas entre os louvores de Israel” (ARC); outras traduzem: “Contudo, tu és Santo, entronizado entre os louvores de Israel” (ARA); ou: “Tu, contudo, és o Santo, és o Rei, és o louvor de Israel” (KJA e NVI); e: “E tu és o Santo, habitando os louvores de Israel” (BJP).

A questão é que esse verso traz uma palavra que vem da raiz hebraica para “habitar”, “morar”, “assentar”, “permanecer”, “continuar” e “ser estabelecido”. Então da forma como a sentença é construída no hebraico, a mesma frase também pode ser traduzida como: “Mas tu permaneces Santo; os louvores de Israel”; ou, em outras palavras: “Mas tu continuas a ser Santo; tu és os louvores de Israel”.

Em que sentido Deus habita entre os louvores?
Como vimos, existem diferentes possibilidades de tradução para a frase que diz que Deus habita no meio dos louvores. Considerando o contexto apresentando no Salmo 22, é provável que o salmista esteja falando que, apesar de seu sentimento de abandono por causa do silêncio de Deus diante do seu clamor, o Senhor tem sempre se mostrado gracioso para com seu povo, e assim recebe dele constante louvor e ações de graças.

Como diz John MacArthur, o salmista reflete que embora Deus não tenha lhe respondido; Ele continua sendo o Santo de Israel que tem demonstrado sua graciosa atenção repetidas vezes para seu povo.

Então ao mesmo tempo em que o salmista se mostra ainda mais desolado como se fosse o único a não receber uma resposta de Deus, ele também faz das evidências da graça de Deus ao longo da história de Israel como uma âncora na qual ele prende sua esperança de obter socorro.

É nesse contexto, então, que ele diz que Deus habita no meio dos louvores; ou melhor, Ele é entronizado entre os louvores de Israel. O verdadeiro louvor enaltece os atributos de Deus; engrandece o seu santo nome; exalta suas maravilhosas obras e proclama o seu Reino.

Calvino explica que o salmista diz que Deus habita os louvores de Israel porque, ao mostrar tão pródiga liberalidade para com o povo eleito, derramando continuamente bênçãos sobre ele, assim Ele fornecia a Israel motivos para constantes louvores. Além disso, no contexto veterotestamentário, Israel era quem possuía a revelação especial de Deus; portanto o povo da aliança era o único que podia adorar a Deus de maneira aceitável. Então a ideia é que o salmista ansiava por finalmente se juntar aos que cantam louvores a Deus pela manifestação de sua benevolência.

Deus habita os seus louvores? Ele é entronizado em sua adoração?
Sem dúvida a visão geral das Escrituras acerca do louvor nos faz entender que os louvores dos santos envolvem o trono de Deus no Céu como uma nuvem de incenso. Mas a profecia do profeta Isaías diz que o Céu é o trono de Deus, e a terra o estrado dos seus pés; mas o Deus Criador de todas as coisas se atenta para o humilde e contrito de espírito (Isaías 66:1,2).

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