"Viver de acordo com a nossa tradição é conformar-se ao ideal que ela encarna, cultivar a excelência em relação à própria natureza, redescobrir as próprias raízes, transmitir a herança, ser solidário com os próprios."

~ Dominique Venner

"Soberania e ditadura se fundiram na nova instituição da ditadura soberana: Um ditador soberano é um ditador que não defende uma constituição já existente, mas tenta criar uma nova, e que o faz não por sua própria autoridade, mas em nome do povo."

~ Carl Schmitt

"Não sei, senhores, se a vossa atenção terá sido atraída, como a minha, pela semelhança, quase pela identidade entre as duas pessoas que parecem mais diferentes e mais opostas: a semelhança entre o padre e o soldado; nem um nem outro vive para si, nem um nem outro vive para a família; para um e para outro, no sacrifício, na abnegação está a glória. A tarefa do soldado é garantir a independência da sociedade civil. A tarefa do sacerdote é garantir a independência da sociedade religiosa. O dever do sacerdote é morrer, dar a vida, como o bom pastor, pelas suas ovelhas. O dever do soldado, como bom irmão, é dar a vida pelos irmãos. Se considerardes a dureza da vida sacerdotal, o sacerdócio parecer-vos-á, e é, de facto, uma verdadeira milícia. Se considerarmos a santidade do ministério militar, a milícia quase parecerá um verdadeiro sacerdócio. O que seria do mundo, o que seria da civilização, o que seria da Europa se não houvesse padres ou soldados? E em vista disso, senhores, se há alguém que, depois de ter afirmado o que acabo de dizer, acredita que os exércitos deveriam ser dissolvidos, que se levante e diga isso. Se não houver nenhuma, Senhores Deputados, rio-me de todas as vossas economias, porque todas as vossas economias são utopias. Vocês sabem o que pretendem fazer quando quiserem salvar a sociedade com suas economias sem licenciar o exército? Bom, o que você pretende fazer é apagar o fogo da nação com um copo d'água. Isto é o que você quer. Fica então demonstrado, como pretendi demonstrar, que as questões económicas não são as mais importantes; que não chegou a oportunidade de tratá-los aqui exclusivamente e que as reformas económicas não são fáceis e, em certa medida, não são possíveis."

~ Juan Donoso Cortés

"Mishima equipara socialismo e estado de bem-estar social, e descobre que ao fim do primeiro, lá está a "fadiga do tédio" enquanto ao fim do segundo está a supressão da liberdade. O povo deseja algo pelo que morrer, ao invés da paz infinita que é sustentada como Utopia. A luta é da essência da vida. Para o samurai, a morte é o foco de sua vida, mesmo em tempos de paz. "A premissa da era democrática é que é melhor viver o máximo possível".

~ Kerry Bolton

"Que fizestes da França que vos deixei tão brilhante? Deixei-vos a paz, achei a guerra. Deixei-vos vitória, achei revezes. Deixei-vos os milhões da Itália, e achei por toda parte leis espoliadoras e miséria. Que fizestes dos 100 mil franceses que eu conhecia, todos meus companheiros de glória? Morreram! Isto não pode continuar..."

~ Napoleão Bonaparte

"Em meados de dezembro, tropas alemãs que voltavam do front passaram pela nossa cidade. Foi apenas uma divisão que veio da região de Verdun. (…)

Uma após a outra as companhias passaram, grupos lamentavelmente pequenos, mas que traziam consigo um sopro formidável, uma atmosfera de sangue, aço, materiais explosivos e decisões imediatas. Eles odiaram a revolução, marcharam contra ela? Será que eles, trabalhadores, camponeses, estudantes, se adaptarão ao nosso mundo, tornar-se-ão como nós, adoptarão as nossas preocupações, os nossos desejos, as nossas lutas e os nossos objectivos?

E de repente a luz brilhou sobre mim: vamos lá, estes não eram operários, camponeses, estudantes, não eram artesãos, empregados, comerciantes, funcionários públicos, eram soldados! Não eram homens disfarçados, não eram homens que obedeciam a uma ordem, não eram delegados de outros homens, eram homens que obedeciam a um chamado interior, ao chamado secreto do sangue e do espírito, eram voluntários de uma forma ou de outra, homens que aprenderam uma fraternidade dura e aprenderam a saber o que está por trás das coisas e quem encontrou um lar na guerra. Pátria, povo, nação. São palavras complicadas, mas quando as pronunciamos soaram falsas. E era por isso que não queriam ser um de nós, e isso explicava aquela entrada muda, imponente, fantasmagórica.

Pois a pátria estava neles e neles a nação. Aquilo que as nossas vozes proclamavam, aquilo de que nos vangloriamos perante o mundo, adquiriu para eles um significado secreto; foi para isso que eles viveram, foi para isso que os ordenou a fazer o que gostamos de chamar de dever. De repente a pátria estava dentro deles, tinha mudado de lugar, tinha sido tomada pelo gigantesco turbilhão dos últimos anos e levada para a frente. A frente era o seu país, era a sua nação, a sua pátria. E eles nunca conversaram sobre isso. Eles nunca acreditaram em palavras, apenas acreditaram em si mesmos. A guerra os manteve, a guerra os dominou, a guerra nunca os deixaria escapar e eles nunca poderiam retornar ou pertencer completamente a nós. Sempre terão a guerra no sangue, a morte muito próxima, o horror, a embriaguez e o ferro. O que estava a acontecer agora, este regresso, esta reentrada no mundo pacífico, ordenado e burguês, foi um transplante, uma fraude que não poderia ter sucesso. A guerra acabou; os guerreiros sempre marcham."

~ Ernst von Salomon