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Se existe alguém comemorando e se beneficiando com a queda do regime de Bashar Al-Assad na Síria, este alguém tem nome. Enquanto Damasco é dominada por um grupo terrorista (Hayat Tahrir Al Sham) ligado ao Estado Islâmico, Israel, com financiamento dos EUA e apoio de muitos países europeus, aproveita para dar continuidade ao seu projeto de limpeza étnica, aumentando consideravelmente a presença de suas tropas nas colinas de Golã, território pertencente à Síria, mas ocupado pelas forças israelenses desde 1967. Ao manter o genocídio em curso na Faixa de Gaza e violar constantemente o acordo de cessar-fogo no Líbano, Benjamin Netanyahu avisou em plena Assembleia Geral da ONU que o plano sempre foi expandir a guerra, evidenciando que o alvo da vez será o Irã. É provável que a partir de hoje o cenário seja ainda mais penoso para o povo palestino e o mundo árabe. Países como a Líbia e o Iraque estão aí como exemplos históricos dos ciclos de catástrofes no Oriente Médio.
Enquanto o secretário-geral da ONU, António Guterres, apela pela paz durante o Fórum da Aliança das Civilizações das Nações Unidas, temos no mesmo evento a presença de Tzipi Livni, ex-ministra da Justiça e dos Negócios Estrangeiros de Israel, acusada por crimes de guerra em Gaza. Além de ministra, Livni também foi agente do serviço secreto israelense Mossad e membro do gabinete de guerra durante o bombardeio israelense sobre a Faixa de Gaza entre os anos de 2008 e 2009. Responsabilizada pelo ataque no relatório Goldstone, um inquérito independente da ONU, Livni também foi imputada por várias autoridades judiciais independentes no Reino Unido, na Bélgica e na Suíça. Ao permitir sua participação em um evento intitulado "Unidos pela Paz", Portugal volta a normalizar o genocídio contra o povo palestino.
Em Portugal, a única luta que marca o 25 de novembro é a de combate à violência contra as mulheres. Esta minha reportagem na Jacobin Brasil revela que desumanizar essas pessoas é também um projeto político. O aumento do custo de vida e as "reformas" do governo vêm retirando direitos da classe trabalhadora portuguesa e imigrantes superexplorados - fazendo com que mulheres latino-americanas sejam duramente atingidas pela xenofobia, machismo e inflação, mas elas já estão se organizando para contra-atacar.
“O telhado acaba de desabar. O chão range debaixo dos meus pés. Ouço a madeira a crepitar e o fumo entra-me pelas narinas. As solas dos meus ténis fervem porque tudo à minha volta está em brasa. Isto é o inferno. Eu e o Nikita gritamos à procura de alguém ferido. O silêncio é absoluto”.
Recordo esta passagem do meu livro com tristeza ainda atordoado com a notícia. Nikita Tsitsagi, repórter russo, morreu esta manhã, nos arredores de Ugledar, no Donbass, como consequência de um ataque das forças ucranianas. Nunca mais o verei, nunca mais trabalharemos juntos, nunca mais beberemos cerveja naquela esplanada junto ao rio.
Teria cerca de 26 anos. Era tão novo quando o conheci que para o distinguir do então jornalista, agora soldado, Nikita Tretyakov o baptizei de “Nikita, the kid”. Conheci-o através do jornalista italiano Luca Steinmann no princípio do Verão de 2022. Trabalhámos os dois em, pelo menos, três ocasiões. A cobertura do ataque ucraniano a um bairro em Petrovsky, Donetsk, a inauguração do memorial Saur Mogila e a abertura do ano escolar em Mariupol. Cruzavamo-nos invariavelmente em Donetsk na cobertura de bombardeamentos.
“Nikita, the kid” morreu debaixo de bombas, provavelmente ocidentais, lançadas pela artilharia ucraniana. Recordo que o ataque contra jornalistas, independentemente da nacionalidade, é crime de guerra segundo as leis internacionais. Vários jornalistas e correspondentes foram atacados pelas forças ucranianas esta semana. Nikita é o segundo a morrer em poucos dias.
Dói-me pensar que haverá uma mãe e um pai a chorar, neste momento, a morte de um filho tão jovem. Se estivesse à frente deles, dir-lhes-ia que era um rapaz corajoso, honesto e sério. Falava muito bem inglês e ajudou-me muito e aos poucos jornalistas ocidentais no terreno. A minha memória do Donbass é cada vez mais uma sepultura de rostos conhecidos. Apesar de todas as evidências, os tambores da guerra soam em toda a Europa para gáudio dos nossos líderes. Se acontecer, esta é a tragédia que nos espera.
Não te esqueceremos, Nikita.
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