Deriva Jornalismo e Fotodocumentarismo

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Registros de lutas e resistências.
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2 months, 2 weeks ago

Em Porto Alegre, o bolsonarista Sebastião Melo (MDB), gestor da catástrofe da enchente na capital do RS, levou 49% dos votos. Foi o mais votado nos bairros Humaitá, Sarandi e Floresta, mais atingidos pelas águas.

Em Mato Grosso e Pará, prefeitos com multas milionárias por desmatamento foram reeleitos.

Em Arataca, Bahia, prefeito que transformou roça de orgânicos em lixão foi reeleito.

Família Bolsonaro e outros fascistas com recorde de votos.

Em Porto Alegre, um sobrinho desconhecido do torturador Ustra concorreu e se elegeu vereador. A festa da democracia tolera uma candidatura dessas, assim como a de Marçal em SP.

E aí compramos com graça uma das principais propagandas burguesas, a de que de dois em dois anos exercemos nosso maior ato de cidadão, votando. Nos dias restantes adormecemos dopados, revoltados virtualmente, consumidos pela rotina capitalista ou reprimidos pela força do Estado.

Atente-se.
Em São Paulo, RJ e em diversas cidades do país, a abstenção foi elevadíssima. Em Porto Alegre, novamente a abstenção (31,5% - 345.544 eleitores) ganhou do candidato vencedor (345.420 votos).

As pessoas estão cansadas, descrentes, revoltadas, no entanto correndo atrás da máquina, sem referência de luta.

Pois quem poderia contribuir como um movimento de revolta agora centrará suas forças em segundos turnos.

E assim a extrema direita, o colonialismo e o fascismo levam de lavada.

Quem é sério de luta e consegue se eleger, é para denunciar. Mas acaba legitimando.
Mas a maioria entra e joga o jogo:
é coligação, coalizão.
Ou seja, mesa de negociação.

O Estado e as multinacionais seguirão nos amassando, nos corpos e territórios. Independente de governos. Não vamos mudar fazendo parte, se Estado foi criado para ser isso. Assim como a Polícia Militar, precisa acabar.

Quanta energia, dinheiro, pessoas, captura das lutas são mobilizadas para o eleitoral?

Quando vamos sair radicalmente das ilusões?
Falar sobre territórios autônomos em alianças.
Sobre autogovernos, autodefesa, organizações paralelas ao Estado e em resistência a ele?
Fartura real e radical para nosso povo?
E não só sobre menos pior, sobrevivência e migalhas.

📝 Alass Derivas | @derivajornalismo
Arte @pintelute.floripa
7 de outubro de 2024

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2 months, 2 weeks ago
Deriva Jornalismo e Fotodocumentarismo
2 months, 3 weeks ago
Deriva Jornalismo e Fotodocumentarismo
5 months, 1 week ago

Vale muito a pena ler esta matéria para entender os nós entre a burguesia, o grande empresariado Porto Alegrense conservador, como se articulam e agem em torno de Sebastião Melo e com Institutos tipo o Instituto Cultural Floresta.

Os tal "donos da cidade".

Aliados, também, do Brasil Paralelo.

Inimigos do povo em Porto Alegre.

https://www.matinaljornalismo.com.br/matinal/reportagem-matinal/sociologo-mapeia-conexoes-entre-empresarios-organizacoes-e-politicos-da-direita-porto-alegrense/

5 months, 1 week ago

Você sabe quanto custa para manter o Deriva Jornalismo? ??

Atualmente, são necessários 3196 reais por mês. ??

Isso, considerando uma remuneração de 1500 reais para quem trabalha, o que seria um salário mínimo. ⚖️

Por enquanto, estamos arrecadando 50% disso na campanha de financiamento mensal.
(Mais alguns apoios pontuais no p i x)

Estamos no caminho! ??‍♀️
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Vamos juntes em busca desta meta de autossustento do projeto e seguir fazendo jornalismo autônomo e de luta!

Deriva conta com vocês! ??
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5 months, 2 weeks ago

ARBORICÍDIO NO MORRO SANTANA

Estas imagens são da Avenida Protasio Alves, esquina com Ary Tarrago.

Arboricídio há poucos metros de onde semana passada houve um incêndio histórico no Morro.

Coincidência? Acontecimentos causados pela mesma lógica capitalista.

É um absurdo a destruição da Natureza que acontece nas regiões em que o @zaffari instala seus canteiros de obras. E são muitos nos últimos anos em Porto Alegre e Região Metropolitana.

A contrapartida pelo desmatamento? Mais desmatamento. Duplicação de estrada para carro.

Tudo em nome do “progresso”.
Progresso do subemprego, ar poluído, desmatamento, alimento com agrotóxico, gentrificação.
Progresso que causa enchentes, incêndios, pobreza.

Já é evidente que o Morro Santana é alvo da especulação imobiliária e só com muita resistência os campos nativos e Mata Atlântica, a rica biodiversidade, serão preservados ali.

Não podemos cobrar que estas empresas se conscientizem. Precisamos nos preparar e conversar com o povo sobre enfrentamento. Se não, não há vida que resista.

—-

Esta postagem (texto abaixo e registros) é uma denúncia do @preservemorrosantana.

—-

Depois da grande área desmatada pelo Grupo Zaffari no terreno do futuro Cesto Atacado, vem agora mais uma etapa de destruição decorrente da obra de duplicação da Av. Protásio Alves, obra de contrapartida do empreendimento feita com a construtora Procon.

De acordo com um levantamento preliminar feito por nossos integrantes, foram MAIS DE 40 ÁRVORES e palmeiras abatidas de 10 espécies identificadas e somente 2 delas eram exóticas. Das 4 figueira Beijamim, somente uma estava morta.

ARVORES ABATIDAS

No canteiro central:
Jacarandá mimoso (Jacaranda mimosifolia) 7
Ypê amarelo (Handroanthus albus) 7
Canafístula (Peltophorum dubium) 1
Ypê rosa (Handroanthus heptaphyllus) 5
Sibipiruna (Caesalpinia pluviosa) 3
Palmeira jerivá (Syagrus ramanzoffiana) 4

Em frente ao Villagio:
Ypê amarelo (Handroanthus albus) 5
Palmeira Jerivá (Syagrus ramanzoffiana) 3
Palmeira Butiá (Butiá capitata) 1
Araçá (Psidium cattleianum) 1
Figueira Beijamim (Ficus beijamina) 3 (1 morta)
Palmeira rabo de raposa (Wodyetia bifurcata) 2

Veja no Instagram:
https://www.instagram.com/p/C9NVBewOtM4/

8 months ago

Jornal Boca de Rua (@jornalbocaderua) é censurado por Sebastião Melo em uma ação racista

Na madrugada desta sexta aconteceu uma tragédia anunciada em Porto Alegre. 14 pessoas em vulnerabilidade social morreram queimadas na Pousada Garoa, contratada pela Prefeitura de Porto Alegre, em um dos episódios mais tristes da história da cidade e do país. Um crime. A Pousada, com contrato de mais de dois milhões com a Prefeitura não tinha Plano de Prevenção Contra Incêndio. Outra sede havia queimado em 2022. Uma pessoa morta. Caso denunciado há quase dois anos na capa do Jornal Boca de Rua.

Hoje às 17h, após uma reunião de emergência da Defensoria Pública do Estado do RS para tratar do caso, numa sessão lotada de parlamentares, movimentos sociais e pessoas revoltadas, integrantes do Jornal Boca de Rua se dirigiram para o prédio ao lado, Centro Administrativo da Prefeitura, onde o Prefeito Sebastião Melo daria uma entrevista.

Foram barrados na porta por não serem mídia tradicional. Mesmo com 24 anos de trabalho e reconhecimento internacional.

Racismo e censura!

Integrantes do Jornal Boca de Rua e do Movimento Nacional da População em Situação de Rua farão um Boletim de Ocorrência contra a Prefeitura por cerceamento de imprensa, racismo e aporofobia.

Denuncie!
Nos mobilizemos por justiça neste caso.
A Prefeitura de Porto Alegre é responsável por estas mortes.

https://www.instagram.com/reel/C6PaU72uM4L/?igsh=MWZ0MGgzZWhjd2NhcQ==

8 months ago

Registros da ação “Quem governa nossa memória? - Remoendo 60 anos do Golpe civil-empresarial-militar”, que aconteceu na tarde de domingo (22), no Parque da Redenção, Porto Alegre, em frente ao Colégio Militar.

O ato por memória contou com intervenções artísticas de teatro, poesia e música, com roda de conversa sobre o passado e o presente, palco aberto. No fim, aconteceu um ato simbólico em memórias às pessoas que tiveram suas vidas encerradas nas mãos de militares. E em luta solidária a quem segue sendo alvo hoje das milícias (na favela e no campo), jagunços, polícias, heranças deste sistema militar colonialista de morte.

Leia parte do panfleto:

“Enquanto o governo eleito busca, mais uma vez, realizar conciliações e homenagens às Forças Armadas, instituição responsável por inúmeras atrocidades neste território, do lado de cá estamos convidando você para “remoer” este passado que insistem em vale e distorcer. Por respeito aos milhares de indígenas, camponeses, quilombolas e militantes mortos/as e desaparecidos/as. Pois sem memória coletiva não há história nem identidade.

[…]

Os responsáveis por tais atos seguem com vidas abastadas, confortáveis e impunes, graças à cultura do silêncio e do pagamento da memória, nomeada Anistia (que dura 524 anos se considerarmos as atrocidades feitas pelos colonizadores desde a invasão do território dos povos originários e contra as pessoas indígenas e sequestradas de África que foram escravizadas.

[…]

Devemos lembrar sempre dos horrores da ditadura para que nunca mais aconteça, afinal, seu entulho autoritário persiste nas favelas, territórios indígenas, quilombolas e contra movimentos sociais”.

Parque da Redenção - Porto Alegre
22 de abril de 2024

Veja no Instagram:
https://www.instagram.com/p/C6EqUuBu3F_/

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