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O Sofrimento na Via da Infância Espiritual
Meditação para o Dia 02 de Outubro
“Deus não fez a dor – escreve Mons. Laveille (1) – A dor é fruto do pecado. Entretanto, uma disposição misericordiosa da Bondade Divina a transforma em preservativo e remédio. O sofrimento purifica”
Teresinha compreendeu admiravelmente a missão Divina do sofrimento e sempre o acolheu com o mais doce e belo sorriso. Aos quatorze anos escrevia ela à Irmã Inês (2):
– “É bem verdade que o fel está sempre de mistura nos cálices que sorvemos. Para mim, os espinhos nos facilitam o desapego da terra, e fazem que elevemos os olhos muito para cima deste mundo”
Nosso Senhor nos manda o sofrimento a fim de que nos desiludamos do mundo e das criaturas e contemos só com Ele. No seu pequenino caminho, Teresinha nos ensina a arte de sofrer. Consiste ela em aceitar todas as pequeninas cruzes que nos aparecem cada dia, a cada hora, a cada momento, e fazê-lo sempre pacientemente, humildemente, com sorriso acolhedor. Disse ela:
– “Sofro de instante a instante… É por se pensar no passado e no futuro que costuma vir o desânimo”
Em outra ocasião, torturada por horrorosos e incríveis sofrimentos, murmurou docemente (3):
– “O bom Deus não me fez pressentir a morte próxima, mas me dá ainda mais e muito maiores sofrimentos… Entretanto, não me atormento por isso. Só quero pensar no momento presente”
E é nisto que está o segredo do sofrimento na via da infância: sofrer com um sorriso tudo o que vem das mãos de Deus, as grandes e as pequenas cruzes, e isso cada dia, a cada hora, a cada instante, sem olhar o passado nem o futuro.
Referências:
(1) Mgr. Laveille – Sainte Therèse de l’Enfant Jesus – c. XI
(2) Lettre à Soeur Agnès de Jesus / 3 – Novissima Verba – 19 de agosto, 1987
(3) Novíssima Verba – 23 agosto, 1987
(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 297)
O Abandono na Via da Infância Espiritual
Meditação para o Dia 01 de Outubro
O abandono está muito longe desse quietismo perigoso e estúpido, que consiste em cruzar os braços indolentemente, deixando a Nosso Senhor todo o encargo de nossa santificação, sem a cooperação da nossa vontade, do nosso sacrifício, e daquilo, diz o Pe. Mateo, a que chamamos abandono e que é, afinal, a expressão do amor perfeito. No dizer de Mons. Charles Gay, o abandono é o cume da montanha do amor, é a perfeição do amor. Na via da infância, é o gesto da criatura que, sentindo-se fraca e incapaz de dar, por si só, um passo no caminho da virtude, atira-se, como uma débil criança, aos braços paternos e adormece, tranquilamente reclinada sobre o Coração Divino, certa, bem certa de que assim não correrá perigo e percorrerá com segurança o seu caminho, sem temor da trevas que o obscurecem em noites tenebrosas de cruéis provações! Sabe alguém, porventura, se a saúde ou a doença, a fortuna ou a pobreza lhe são hoje um bem ou um mal? Não… Mas não o ignora Deus. As crianças nada sabem…, entregam-se à vontade paterna e ficam confiantes. Faça também assim a minha pobre alma, que tanto se agita e se perturba. Outro posto não deve ambicionar senão o do repouso no Coração de Jesus, na luta como na paz… Na vida como na morte. O resto… rir ou chorar, viver ou morrer, a doçura ou a amargura das coisas da vida – que me seja tudo isso indiferente, ainda que a minha natureza humana grite e se revolte! Tal é o abandono na doce via de Teresinha!
(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 295)
Meu Deus… Eu Vos Amo!
Meditação para o Dia 30 de Setembro
Depois de ter passado a vida no Amor, ia morrer, num ato de amor, o serafim do Carmelo! Era 30 de setembro de 1897. Estava a raiar para ela a aurora do dia eterno. Pela manhã, a vitimazinha lançou um olhar de amor para a estátua da Virgem, exclamando:
“Oh! Como Lhe rezei com fervor!…”
Mas era a agonia pura, sem a menor mistura de consolação… E depois, sufocada:
“Oh! Falta-me o ar da terra! Quando me será dado respirar o do Céu?…”
Às duas horas e meia, dando mostra de que o sofrimento havia chegado ao extremo, disse:
“Minha Madre, o cálice está a transbordar! Jamais poderia imaginar que me fosse possível sofrer tanto! Não posso explicar isso senão pelo meu ardente desejo de salvar almas”
E depois:
“É bem verdade, tudo quanto escrevi sobre o meu desejo de sofrer! Não me arrependo de me haver entregue ao amor”
E repetiu essas palavras diversas vezes. Tamanha a sede de amar e de sofrer consumia o Serafim da montanha santa do Carmelo! Quando, ao cair da tarde, soaram as tristes badaladas das Ave-Marias, contemplou ela meigamente à Maria e, voltando-se para a Madre Priora:
“É a agonia, minha Madre?” – “Sim, minha filha, é a agonia, mas Jesus a quer prolongar ainda algumas horas”
E ela, resignada:
“Pois bem… Vamos… Eu não quisera sofrer menos…”
E, fixando o crucifixo:
“Meu Deus… eu… Vos amo!”
E sua bela alma voou para o Céu. Morreu de amor! Realizaram-se todos os seus sonhos.
Como é bom viver sofrendo e amando até morrer de amor!
(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 293)
Agricultura de Deus
Meditação para o Dia 06 de Julho
Diz o Apóstolo que somos a agricultura de Deus – “Vos agricultura Dei estis”. Nossa alma é o campo. Deus, o Agricultor Celeste. Na parábola do semeador, Jesus compara também o nosso coração à terra, onde cai a boa semente da palavra de Deus. Que faz o bom agricultor? Prepara a terra, cortando-a, revolvendo-a a golpes de enxada e arado. Depois semeia. E, quando nasce a planta, cuida que não a sufoquem os espinhos ou a má erva. Vem a poda e são cortados os ramos. Certas árvores, como as mangueiras, exigem até golpes incisivos no tronco. Outras ficam reduzidas a uns poucos e bem podados galhos. Aos menos entendidos, o trabalho do agricultor parece mais obra de destruição que de cultura. Entretanto, vem o outono, vem a colheita, e que riqueza, que belos frutos, que delícia!
Somos a agricultura de Deus, no expressivo dizer do Apóstolo, e não queremos o trabalho do Agricultor celeste no campo de nossas almas? Sob a forma de um agricultor apresentou-se Jesus a Madalena, na madrugada da ressurreição. Que simbolismo tocante! O Divino e bom Agricultor quer trabalhar. Dai-lhe o campo de vosso coração. Para a sementeira da graça deixai que a dor, bom arado, rasgue nele sulcos profundos. A sementeira da graça e do amor será tanto maior quanto maior o terreno preparado. E vereis depois, no outono da vida, que rica e bela colheita para a Eternidade!
(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 205)
⚠️ LEMBRETE
Hoje é sexta-feira, dia de abstinência de carne!
“Quo Vadis?”
Meditação para o Dia 05 de Julho
Contam as tradições de Roma que São Pedro fugia, medroso, da perseguição de Nero quando encontrou Jesus no caminho, com a cruz às costas.
“Para onde vais, meu Senhor?”, pergunta o apóstolo. “Para Roma, diz Jesus, e para ser de novo crucificado”
Pedro compreendeu a lição. Voltou e sujeitou-se corajosamente ao martírio. Jesus continua ainda a sofrer. E até o fim dos séculos há de carregar, em seus ombros feridos, o peso enorme de nossos pecados. A paixão de Jesus continua no Sacrário, no Altar, no seio da Igreja. No Sacrário, abandonado; o Altar, profanado; nos filhos ingratos da Santa Igreja; nessa legião de almas tíbias, pusilânimes em face da cruz e da perseguição dos maus. E quando fugis do sofrimento, e não quereis lutar por amor de Deus nesse dever penoso, nessa obra de apostolado difícil e na vocação a que fostes chamados, Jesus se vos apresenta no caminho da vida com a sua cruz. E para onde vai? Para o calvário do vosso coração ingrato, onde será de novo crucificado. Perguntai-Lhe como São Pedro:
“Para onde vais, Senhor?” – “Quo vadis?”
E que a resposta do Senhor, como ao Apóstolo, faça-vos retroceder, corajosamente, lutar pela vossa salvação eterna e sofrer em união com os méritos do Sangue Divino derramado na cruz!
(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 204)
A Hora das Grandes Almas
Meditação para o Dia 04 de Julho
A hora da desgraça e dos grandes sofrimentos, de golpes e reveses, é a hora das grandes almas. Quantas, na prosperidade, mostravam-se insignificantes, mesquinhas, acanhadas. Veio o golpe das adversidades, soou a hora da desgraça, e que prodígios e transformações! Vede Inácio de Loyola. Simples soldado iludido, como tantos, pelas vaidades da terra, egoísta, orgulhoso. A ferida o prostrou num leito. E, ferido o corpo, uma leitura, verdadeiro golpe da graça, transforma-o e santifica-o. Não foi um golpe assim motivo de conversão para Margarida de Cortônia e Francisco de Borgia? Quando já tudo parece perdido, quando Nosso Senhor nos reduz ao pó, ao nada que somos, pela humilhação, o abatimento; quando reveses e, principalmente, grandes calamidades nos ferem, é então chegada a nossa hora, ou melhor a hora de Deus. Esperemos confiantes! A Providência vai, talvez, realizar os grandes e eternos desígnios que tem sobre nós:
“Quando tudo está perdido – dizia Lacordaire – então é a hora das grandes almas”
Na desgraça, não nos mostremos mesquinhos, espíritos acanhados e eternos queixosos da Divina Providência. As desgraças são golpes do Artista Divino e dão, no mármore de nossas almas, uma expressão de beleza encantadora. Não quereis que, para esse bloco informe de vossa alma egoísta, chegue a hora de ser obra-prima da graça e enlevo de estetas espirituais, os Anjos do Senhor?
(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 203)
Sofrer Amando e Sofrer sem Amar
Meditação para o Dia 03 de Julho
“Há duas maneiras de sofrer – dizia o santo Cura d’Ars: sofrer amando e sofrer sem amar. Uns sofrem como o Bom Ladrão; outros, como o mau. Ambos sofreram pena igual, mas só um tornou meritório o seu sofrimento”
Sem Deus não é possível a um pobre e fraco mortal o peso de tantos sofrimentos! Do berço ao túmulo, é nossa vida um gemido entrecortado de uns poucos sorrisos. Sofrer, sempre sofrer, é o destino de todo mortal. Mas é mister aproveitar o sofrimento. Soframos bem, já que não é possível evitar as cruzes. E o amor, só o amor nos pode consolar e aliviar o coração. Não sejamos quais mercenários que trabalham com má vontade e a se queixarem. Trabalhemos e soframos alegremente.
“No serviço de Deus – dizia São Francisco de Sales – devem-se considerar mais os advérbios do que os verbos. Não está o nosso mérito em servir a Deus ou sofrer, mas em servi-lo BEM e sofrer BEM”
E, para bem servir a Deus e bem sofrer, é preciso amar. O amor ajuda a sofrer e o sofrimento ajuda o amor. Um não vive sem o outro. Sofrer bem ajuda a bem amar. E quanto mais se ama ainda mais se sofre. Há, porém, uma diferença entre sofrer amando e sofrer sem amar: quem sofre amando, sofre em paz e, quem sofre sem amar, sofre em desespero. Pode-se dizer com Santo Agostinho:
Si amatur non laboratur, aut si laboratur, labor amatur – “Quem ama não sofre e, se sofre, ama o sofrimento”
(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 202)
Mulher, por que Choras?
Meditação para o Dia 28 de Junho
“Ditas estas palavras, olhou para trás e viu a Jesus em pé, sem saber que era Jesus. Disse-lhe Jesus: Mulher, por que choras?” (1)
Maria viu Jesus e não O reconheceu. Continua a chorar. E a voz consoladora pergunta:
“Mulher, por que choras?”
Depois, que alegria! Maria!
– “Rabboni!”
Uma só palavra e se dissipam as trevas, abre-se o coração da pecadora arrependida.
Em certas provações da vida espiritual, Jesus se oculta ou fica desconhecido a certas almas que Lhe choram a ausência aparente. Tão perto de Jesus, falando e tratando com Ele no Sacrário, na Comunhão, e não O reconhecem, não O sentem! É um martírio! Só quem ama O pode compreender! Tratar com Jesus e não O reconhecer, adorá-Lo na Eucaristia, no Sacrário, no Altar, na Mesa Santa, e tudo no suplício de uma aridez, de uma frieza, de uma indiferença aterradora! Como não há de chorar a pobre alma? Como Madalena, ela interroga a quem encontra nos caminhos:
“Onde O puseram?”
Como a Esposa dos Cantares suspira, desolada, pelo seu Amado. Esperai com paciência, almas escolhidas. Logo virá o Amado, e O vereis, e em transportes do Amor O reconhecereis.
–Maria! – “Rabboni!” Esperai! Por que chorais?
Referências:
(1) São Mateus 28,5-7; São Marcos 16,5-7; São Lucas, 24,5-6
(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 195)
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