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O Pão sem Açúcar e o Açúcar sem Pão
Meditação para o Dia 24 de Fevereiro
Muita gente procura mais, na devoção, as consolações de Deus do que o Deus das consolações – diz o autor da “Imitação”. Como as crianças que não procuram um alimento substancial, contentando-se com as guloseimas, confeitos e doces, querem certas almas um fervor sensível, as doçuras da oração. Se Deus lhes retira as consolações, queixam-se, abatem-se e murmuram. E não é raro que cheguem até a deixar os exercícios de piedade. O amor Divino traz uma doçura infinita, enche e transborda o coração, mas nem sempre é todo de alegrias e consolações. Jesus Cristo é um Esposo Crucificado. E ninguém O pode amar verdadeiramente sem a cruz. O pão da dor – “panem doloris” – de que fala o Salmista, deve ser o alimento preferido das almas que aspiram a uma piedade sólida e seguem o Divino Mestre até o Calvário. Santa Catarina de Sena experimentou tantas securas na devoção que se julgou abandonada por Deus. Santa Teresinha, durante longos anos, provou a mais cruciante aridez espiritual. E estas Santas foram duas almas seráficas! Muitas almas preferem, como diz São Francisco de Sales, o pão sem açúcar de uma devoção bem sólida e, mesmo sem consolações, provam, até o sacrifício, o seu verdadeiro amor a Jesus Cristo. Outras querem apenas açúcar das consolações e rejeitam o pão do sacrifício, pão substancial dador. Ó meu Jesus, prefiro o Vosso pão sem açúcar ao Vosso açúcar sem pão!
(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 65)
Grande Pena Viver sem Pena!
Meditação para o Dia 23 de Fevereiro
Esta era a máxima de Santo Agostinho. Os santos mais unidos a Nosso Senhor, do alto da Montanha do Amor, divisam mais largos horizontes do que nós. Eles sabem o que é Eternidade e o quanto vale sofrer por amor de Deus e para salvação de nossa alma, destinada à felicidade eterna. Todos os santos foram, não só pacientes e conformados no sofrimento, como apaixonados pela cruz:
“Ou sofrer ou morrer!” – exclama Santa Teresa
“Sofrer e ser desprezado por Vós!” – dizia São João da Cruz
Compreende o mundo essa linguagem? A nossa delicadeza e sensualidade não acham exagero nessas expressões? Ah! Somos ainda grosseiros demais! A cruz de Jesus Cristo nos escandaliza como escandalizava aos pagãos no tempo de São Pedro. Santo Agostinho, depois de tantos e tão funestos erros em busca da felicidade, achou-a, finalmente, na cruz de Jesus Cristo. E ele podia dizer:
“Grande pena é viver sem pena!”
Sim, porque, sem sofrimento, sem cruz, não há méritos, não há virtude sólida, não há salvação garantida. Desde que Nosso Divino Mestre nos remiu pela cruz, não pode haver salvação fora da cruz!
“In cruce salus!“
E, se é tão necessário sofrer, é também, na verdade, grande pena viver sem pena!
(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 64)
A Filha de São Pedro
Meditação para o Dia 22 de Fevereiro
São Pedro era casado antes do chamamento Divino e da sua vida apostólica. Tinha uma filha, Santa Petronilha, que vivia sempre enferma e, na flor da idade, gemia num leito, paralítica de todos os membros e a sofrer dores agudas e cruciantes. O Príncipe dos Apóstolos fazia, em toda parte, estupendos milagres e inúmeras curas maravilhosas. Perguntaram-lhe um dia:
“Ó Apóstolo Pedro, operais tantas curas e até a vossa sombra realiza prodígios entre os enfermos; porque, pois, a vossa presença em casa e o vosso amor paterno não curam Petronilha, que tanto padece?”
Propositadamente, respondeu o Apóstolo, deixo minha filha enferma. Ela tem necessidade de ser doente para se salvar. Entretanto, para vos provar que a posso curar, vou ordenar-lhe que se levante.
– “Levanta-te, Petronilha, e serve a mesa”
A menina se levantou curada, serviu a mesa e voltou depois para o leito, com as mesmas enfermidades. Petronilha era bela, cheia de encantos, e poderia perder-se nas seduções do mundo. Deus a fez enferma para livrá-la dos perigos, dar-lhe méritos para o Céu e santificá-la, até que, do martírio do leito, fosse ao martírio glorioso dos primeiros Cristãos. Santa Petronilha é uma das Santas Virgens Mártires dos primeiros dias do Cristianismo. Quando Nosso Senhor, apesar de nossas orações, não nos ouve na enfermidade, é porque nos trata com misericórdia, como São Pedro à sua filha. Resignemo-nos!
(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 63)
Deus o Permitiu! Silêncio!
Meditação para o Dia 18 de Novembro
Era uma vida tão preciosa, tão necessária para o bem das almas, para a família, para a pátria e para a Igreja! E a morte impiedosa e cruel vem arrebatá-la, quem sabe, no momento mesmo em que mais útil parecia! Que fazer? Queixar-se de Deus, maldizer a Providência? Seria loucura. É-nos incompreensível a razão porque aprouve a Deus o sacrifício de uma vida tão cara. Silêncio! Deus o permitiu! Louvado seja o Senhor! Ignoramos os planos e desígnios da Providência com relação às criaturas. Não temos senão que curvar a cabeça e adorar o Senhor em silêncio. “Deus sabe o que faz”, exclama o povo em sua sabedoria.
Uma excelente mãe de família, modelo exemplar de vida cristã, cheia de filhos ainda pequeninos e tão necessitados do carinho materno, é arrebatada pela morte. Chamou-a Deus a Si! Quem pode compreender semelhante decisão da Providência? Deus o permitiu! Silêncio! Mais tarde, aqui ou no Céu, saberemos tudo e louvaremos a Misericórdia Divina que assim operou.
Diante de certos golpes da vida, de certas calamidades e fracassos,incompreensíveis à nossa razão, só nos resta fazer como Jó: louvar ao Senhor que assim o permitiu.
Deus o permitiu! Silêncio! Silêncio! Nenhuma blasfêmia!…
(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 345)
Lágrimas de uma Viúva Cristã
Meditação para o Dia 15 de Novembro
A uma viúva cristã, São Francisco de Sales escreveu esta carta consoladora:
“Meu Deus, como esta vida é enganadora! E como são breves as suas consolações! Num momento aparecem e noutro se dissipam. Se não fora a eternidade para onde se dirigem nossos dias, com razão lamentaríamos a nossa condição humana. Escrevo-vos com o coração cheio de desgostos pela perda que tivestes e, ainda mais, pela ideia do golpe que o vosso deve receber quando lhe forre velada a infausta notícia de vossa viuvez, tão repentina e lamentável. Deus, que vos deu esse marido, foi também quem o chamou agora para Si. A nossa natureza, a cuja condição não podemos escapar, é feita de tal modo que morreremos em hora imprevista. Eis porque precisamos ter paciência e procurar adoçar o mal que não nos é possível evitar. Além disso, vamos pensar na Eternidade, onde nos serão reparadas todas as perdas e se restaurará a nossa sociedade depois de desunida pela morte. Suportemos pacientemente a separação cruel, a saudade martirizante. Que as lágrimas de uma viúva cristã sejam lágrimas de saudade e de esperança; saudade do companheiro tão querido, que a morte arrebatou, e esperança, a doce esperança de que, um dia, há de encontrá-lo na vida eterna e feliz do Céu!”
(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 342)
Verdadeiras Dores e Verdadeiros Consoladores
Meditação para o Dia 14 de Novembro
“Se há verdadeiras dores – escreve Joseph de Maistre – muito mais raros são os verdadeiros consoladores”
O egoísmo, a leviandade do homem moderno afastam-no do leito dos enfermos e das câmaras mortuárias, e, se acontece algum aparecer em qualquer desses lugares, orgulhoso, cheio de sensualidade, saturado de prazer, é para aconselhar distrações. Não pensa em consolar, mas em distrair. Como pode o materialista grosseiro consolar o que sofre, se lhe falta a doce esperança cristã? Numa de suas mais belas cartas de consolação cristã, escreve Joseph de Maistre a uma senhora que perdera um filho querido:
“Quem mais do que vós, senhora, tem necessidade de se elevar aos altos e consoladores pensamentos! O sacrifício de vosso filho morto desaparece diante do vosso. O dele foi só o da morte, ao passo que o vosso é o de lhe ter sobrevivido. Todas as consolações humanas são vãs. Tirai os olhos da terra deste deserto ensanguentado, e devassai o véu da morte: vereis que o vosso filho está na eternidade”
Sócrates, pouco antes de tomar a cicuta que lhe deu a morte, disse aos seus amigos:
“Quando dispuserem de meu corpo, não digam que é a Sócrates que se vai incinerar ou sepultar. Não me confundam com o meu cadáver”
Sócrates falava como pagão e apenas para consolar os seus discípulos. Quanto a nós, temos a esperança cristã. Vosso filho morto não se confunde como seu cadáver. A crisálida grosseira e feia desfez-se em pó e a borboleta imortal, abrindo suas asas de ouro e azul, voou para a Pátria. Tudo o que amamos e admiramos em nossos mortos queridos vive, e jamais morrerá. Doce pensamento e suave esperança! Verdadeira consolação!
(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 341)
O Sofrimento na Via da Infância Espiritual
Meditação para o Dia 02 de Outubro
“Deus não fez a dor – escreve Mons. Laveille (1) – A dor é fruto do pecado. Entretanto, uma disposição misericordiosa da Bondade Divina a transforma em preservativo e remédio. O sofrimento purifica”
Teresinha compreendeu admiravelmente a missão Divina do sofrimento e sempre o acolheu com o mais doce e belo sorriso. Aos quatorze anos escrevia ela à Irmã Inês (2):
– “É bem verdade que o fel está sempre de mistura nos cálices que sorvemos. Para mim, os espinhos nos facilitam o desapego da terra, e fazem que elevemos os olhos muito para cima deste mundo”
Nosso Senhor nos manda o sofrimento a fim de que nos desiludamos do mundo e das criaturas e contemos só com Ele. No seu pequenino caminho, Teresinha nos ensina a arte de sofrer. Consiste ela em aceitar todas as pequeninas cruzes que nos aparecem cada dia, a cada hora, a cada momento, e fazê-lo sempre pacientemente, humildemente, com sorriso acolhedor. Disse ela:
– “Sofro de instante a instante… É por se pensar no passado e no futuro que costuma vir o desânimo”
Em outra ocasião, torturada por horrorosos e incríveis sofrimentos, murmurou docemente (3):
– “O bom Deus não me fez pressentir a morte próxima, mas me dá ainda mais e muito maiores sofrimentos… Entretanto, não me atormento por isso. Só quero pensar no momento presente”
E é nisto que está o segredo do sofrimento na via da infância: sofrer com um sorriso tudo o que vem das mãos de Deus, as grandes e as pequenas cruzes, e isso cada dia, a cada hora, a cada instante, sem olhar o passado nem o futuro.
Referências:
(1) Mgr. Laveille – Sainte Therèse de l’Enfant Jesus – c. XI
(2) Lettre à Soeur Agnès de Jesus / 3 – Novissima Verba – 19 de agosto, 1987
(3) Novíssima Verba – 23 agosto, 1987
(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 297)
O Abandono na Via da Infância Espiritual
Meditação para o Dia 01 de Outubro
O abandono está muito longe desse quietismo perigoso e estúpido, que consiste em cruzar os braços indolentemente, deixando a Nosso Senhor todo o encargo de nossa santificação, sem a cooperação da nossa vontade, do nosso sacrifício, e daquilo, diz o Pe. Mateo, a que chamamos abandono e que é, afinal, a expressão do amor perfeito. No dizer de Mons. Charles Gay, o abandono é o cume da montanha do amor, é a perfeição do amor. Na via da infância, é o gesto da criatura que, sentindo-se fraca e incapaz de dar, por si só, um passo no caminho da virtude, atira-se, como uma débil criança, aos braços paternos e adormece, tranquilamente reclinada sobre o Coração Divino, certa, bem certa de que assim não correrá perigo e percorrerá com segurança o seu caminho, sem temor da trevas que o obscurecem em noites tenebrosas de cruéis provações! Sabe alguém, porventura, se a saúde ou a doença, a fortuna ou a pobreza lhe são hoje um bem ou um mal? Não… Mas não o ignora Deus. As crianças nada sabem…, entregam-se à vontade paterna e ficam confiantes. Faça também assim a minha pobre alma, que tanto se agita e se perturba. Outro posto não deve ambicionar senão o do repouso no Coração de Jesus, na luta como na paz… Na vida como na morte. O resto… rir ou chorar, viver ou morrer, a doçura ou a amargura das coisas da vida – que me seja tudo isso indiferente, ainda que a minha natureza humana grite e se revolte! Tal é o abandono na doce via de Teresinha!
(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 295)
Meu Deus… Eu Vos Amo!
Meditação para o Dia 30 de Setembro
Depois de ter passado a vida no Amor, ia morrer, num ato de amor, o serafim do Carmelo! Era 30 de setembro de 1897. Estava a raiar para ela a aurora do dia eterno. Pela manhã, a vitimazinha lançou um olhar de amor para a estátua da Virgem, exclamando:
“Oh! Como Lhe rezei com fervor!…”
Mas era a agonia pura, sem a menor mistura de consolação… E depois, sufocada:
“Oh! Falta-me o ar da terra! Quando me será dado respirar o do Céu?…”
Às duas horas e meia, dando mostra de que o sofrimento havia chegado ao extremo, disse:
“Minha Madre, o cálice está a transbordar! Jamais poderia imaginar que me fosse possível sofrer tanto! Não posso explicar isso senão pelo meu ardente desejo de salvar almas”
E depois:
“É bem verdade, tudo quanto escrevi sobre o meu desejo de sofrer! Não me arrependo de me haver entregue ao amor”
E repetiu essas palavras diversas vezes. Tamanha a sede de amar e de sofrer consumia o Serafim da montanha santa do Carmelo! Quando, ao cair da tarde, soaram as tristes badaladas das Ave-Marias, contemplou ela meigamente à Maria e, voltando-se para a Madre Priora:
“É a agonia, minha Madre?” – “Sim, minha filha, é a agonia, mas Jesus a quer prolongar ainda algumas horas”
E ela, resignada:
“Pois bem… Vamos… Eu não quisera sofrer menos…”
E, fixando o crucifixo:
“Meu Deus… eu… Vos amo!”
E sua bela alma voou para o Céu. Morreu de amor! Realizaram-se todos os seus sonhos.
Como é bom viver sofrendo e amando até morrer de amor!
(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 293)
Agricultura de Deus
Meditação para o Dia 06 de Julho
Diz o Apóstolo que somos a agricultura de Deus – “Vos agricultura Dei estis”. Nossa alma é o campo. Deus, o Agricultor Celeste. Na parábola do semeador, Jesus compara também o nosso coração à terra, onde cai a boa semente da palavra de Deus. Que faz o bom agricultor? Prepara a terra, cortando-a, revolvendo-a a golpes de enxada e arado. Depois semeia. E, quando nasce a planta, cuida que não a sufoquem os espinhos ou a má erva. Vem a poda e são cortados os ramos. Certas árvores, como as mangueiras, exigem até golpes incisivos no tronco. Outras ficam reduzidas a uns poucos e bem podados galhos. Aos menos entendidos, o trabalho do agricultor parece mais obra de destruição que de cultura. Entretanto, vem o outono, vem a colheita, e que riqueza, que belos frutos, que delícia!
Somos a agricultura de Deus, no expressivo dizer do Apóstolo, e não queremos o trabalho do Agricultor celeste no campo de nossas almas? Sob a forma de um agricultor apresentou-se Jesus a Madalena, na madrugada da ressurreição. Que simbolismo tocante! O Divino e bom Agricultor quer trabalhar. Dai-lhe o campo de vosso coração. Para a sementeira da graça deixai que a dor, bom arado, rasgue nele sulcos profundos. A sementeira da graça e do amor será tanto maior quanto maior o terreno preparado. E vereis depois, no outono da vida, que rica e bela colheita para a Eternidade!
(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 205)
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