Em seu livro “O idiota”, um dos personagens de Fiódor Dostoiévski conta a história de um homem de grande coração: “Em Moscou, havia um velho conselheiro de Estado que durante toda sua vida teve o hábito de visitar prisões e conversar com criminosos...”

Soa bastante dostoevskiano: “Ele passava pelas filas de prisioneiros infelizes, parava diante de cada indivíduo e perguntava suas necessidades... Ele lhes dava dinheiro, trazia todo tipo de coisa de que precisavam... Ele continuou com esses atos de misericórdia até sua morte. Naquele tempo, todos os criminosos, em toda a Rússia e na Sibéria, o conheciam!”

Não foi uma alma desprovida de pecado que Dostoiévski inventou: o homem era real, seu nome era Fiódor (ou, em alemão, Friedrich) Haass, e ele se mudou para a Áustria em 1806. Começou como médico e terminou santo. Continue lendo ⬇️

*💥 *Siga Russia Beyond

Hoje é o 105º aniversário de nascimento do criador do lendário fuzil de assalto Kalashnikov.
O engenheiro e criador de armas leves Mikhail Kalashnikov nasceu na província de Altai. Ele demonstrava interesse pelas ciências técnicas desde a infância, mas o talento como inventor veio à tona durante o seu serviço no Exército Vermelho.

Aos 19 anos, adaptou a pistola TT para disparar de fendas na torre do tanque e projetou um contador de vida útil do motor do tanque. A invenção foi elogiada pelo komdiv (comandante da divisão) Gueórgui Júkov, que o premiou pessoalmente com um relógio de pulso.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Kalashnikov inventou uma submetralhadora e uma carabina autocarregável. Embora nenhuma delas tenha entrado em produção em série, elas se tornaram um passo importante para a criação do famoso fuzil AK-47.

Em 1945, ele participou de um concurso para desenvolver um fuzil de assalto — e foi assim que o AK-47 entrou em serviço no Exército Soviético e, logo depois, ganhou imensa popularidade mundo afora.

Mais tarde, dezenas de modelos de armas pequenas seriam desenvolvidos sob sua liderança. Kalashnikov recebeu 42 medalhas e ordens da URSS, Rússia e países estrangeiros. Na época soviética, recebeu duas vezes o título de ‘Herói do Trabalho Socialista’ e, em 2009, ‘Herói da Federação Russa’.

Mikhail Kalashnikov morreu em 2013.

*💥 *Siga Russia Beyond

📹 Ilya Pitalev/Sputnik

O autor de “O Mestre e Margarida”, Mikhaíl Bulgákov, sabia bem do que falava quando proferiu a retumbante frase: “Manuscritos não queimam!” Isso porque ele escolheu destruir algumas de suas obras para colocar à prova sua crença de que as criações literárias estão profundamente enraizadas na alma do escritor, e não só no papel.

Ele não estava sozinho em sua busca pela verdade. Compilamos uma lista dos gênios da literatura russa que, embora tenham vivido em épocas diferentes, não tiveram piedade das próprias obras. ⬅️

*💥 *Siga Russia Beyond