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Há um erro até grosseiro em se afirmar que "todas as religiões são tentativas de se chegar a Deus" (nem o Perenialismo entende exatamente assim). Religiões (em sentido lato e vulgar) buscam coisas diferentes. Nem toda religião "busca Deus", nem todas possuem uma noção como a de um Deus transcendente, por exemplo, esta demorou milênios para se desenvolver - através de dois processos, dois "rios" que correm paralelamente na história (ou que fazem a história correr), o da razão natural dos filósofos pagãos (incluindo seus experimentos nas seitas mistéricas) e o da Revelação dos profetas de Israel, os dois convergindo no Cristianismo, não por acaso. Algumas religiões não passam de um sistema de permuta com as "divindades" cósmicas visando um controle das potências da matéria, por exemplo, outras são um sistema de obrigações com os espíritos tutelares da tribo, do sangue, da terra, outras buscam uma mera extinção da dor e do sofrimento mediante a erradicação do desejo... Especialmente as de caráter cósmico-mágico e telúrico não conduzem sequer "para cima", e sim "para baixo". São demoníacas, e esteve sempre claro para os primeiros cristãos que "os deuses dos pagãos são demônios", sem dúvida quanto a isto.
Somente em um sentido bem determinado poderíamos dizer que "em todas as religiões, o que o homem busca (sem saber) é Deus", e tendo como subjacente que o homem, buscando-O fora da Igreja, estaria "buscando-O errado". Este sentido é aquele em que se diz que o coração do homem pertence a Deus desde a Eternidade, e é sempre o Infinito que o homem está buscando nas coisas finitas, e sua ânsia pelo controle das potências materiais radica na vontade mal-entendida de possuir a Deus, e todas as suas dores e sofrimentos, que tenta neutralizar com o bálsamo dos nirvanas, têm raiz no seu distanciamento Dele que é o Bem Supremo, a única água de verdade, capaz de saciar todas as sedes. Somente neste sentido algo assim poderia ser dito, isto é, como buscas erradas e extravios demoníacos de uma ainda não iluminada vontade humana de Deus.
As palavras pelas quais muitas tribos primitivas se autonomeavam, distinguindo-se das demais, tinham por significado simplesmente "homem". Todo aquele não pertencente a ela (ao "nós") era, por extensão lógica, "não-homem" ou "menos homem", estava situado ontologicamente mais próximo das bestas e seres fantásticos do que da humanidade. Para aquele homem, era simplesmente inconcebível (não lhe cabia na cabeça) uma "religião" ou sistema de culto que não fosse centrado na auto-exaltação da tribo. Neste aspecto sim, seus deuses não deixam de ser a própria personificação das forças estruturais e orgânicas da coletividade, e seus próprios demiurgos, isto é, elas que agiam na transformação dos meninos (seres indefinidos) em homens (seres definidos) e das meninas em mulheres nos ritos de iniciação, eram eles os demiurgos da identidade coletiva.
Isto se encontra extremamente bem ilustrado em rituais de iniciação masculina nos quais (para citar um exemplo dentre os indígenas brasileiros) o mito antropogônico encontra-se re-encenado através do isolamento do menino numa cabana escura (útero cósmico), simultâneo à feitura de bonecos que atualiza a transformação da criança no homem que ela deve se tornar (isto é, em um homem desta tribo e de nenhuma outra), tudo isso mediante o indispensável concurso dos "deuses" específicos da tribo. Neste contexto, enfim, a própria "religião" quase não passa de um sistema de reprodução simbólica da coletividade executado através da cooperação entre os seres humanos e seus "deuses" (então não transcendentes, claro, mas puramente cósmicos ou intracósmicos).
Por isto, toda religião naturalista é necessariamente também coletivista. O que está operando no coração destes homens é justamente aquilo que a sociologia durkheimiana chama de "solidariedade mecânica", e o que gera aquilo que chamei, na falta de palavra melhor, de "impessoal coletivo". É como se o corpo coletivo tivesse uma "alma" própria que esmagasse qualquer liberdade de pensamento ou movimentação espiritual individual. Daí o aspecto demoníaco da coletividade que continua atuante até nossos dias como remanescente do espírito tribal, cujo espetáculos mais eloquentes são aqueles da explosão epidêmica da violência (como linchamentos), nos quais todos ficam "fora de si" e só "acordam" para si mesmos depois de já estendidos os corpos mortos no chão.
Ora, é justamente o demoníaco Impessoal Coletivo que se volta contra os primeiros cristãos em suas missões evangélicas mundo bárbaro adentro. Quando vemos um santo derrubando a árvore cósmica de uma tribo germânica, é todo o sistema descrito que está sendo destruído - e para sempre, pois não tem reparação, daí em diante a escolha é entre viver sem-cosmo ou sem-norte ou migrar para o sistema de orientação existencial da Igreja. É a fúria do Impessoal Coletivo (de que os líderes em especial são literalmente possuídos em situações críticas) que trucidou os mártires cristãos. Isto porque é justamente a descrita estreiteza mental e intelectual do homem tribal que o Cristianismo vem demolir com toda a força de sua universalidade (a Igreja é uma realidade supra-étnica, ou não é Igreja). O Impessoal Coletivo é mais ou menos aquilo a que a tradição chama de Mundo, que com o Demônio e a Carne forma a tríade de inimigos de todo cristão até o fim dos tempos.
Daí extraímos algumas coisas que venho afirmando: 1) o totalitarismo não passa do retorno do tribalismo, porém armado de tecnologia moderna, é o Impessoal Coletivo industrial, atômico, e que abraça toda a coletividade com seus olhos artificiais espalhados por todo lado, e esmaga qualquer cabeça que queira se erguer além do nível do confinamento coletivo. 2) Muitos dos problemas estruturais de países jovens (como o Brasil) vêm de uma evangelização incompleta que não conseguiu barrar o refluxo das potências mentais e espirituais tribais.
As pessoas são hipnotizadas pela ilusão de um progresso linear e implacável de direitos, e não percebem que eles podem ser perdidos com muito mais rapidez do que foram conquistados. Não é o X, não é Elon Musk, não é a "Democracia". É um processo que se opera através das intenções conscientes dos agentes sociais (disputas pelo poder), mas que os excede, e que conduz as gerações inteiras a um condicionamento sem precedentes na história multimilenar da domesticação humana, com uma coerência tal que faz o processo parecer governado por uma inteligência oculta. As pessoas estão sendo levadas a aceitarem tudo. Que lhes determine o que comer, que invadam suas células, que vandalizem as almas de seus filhos. Pouco a pouco, os príncipes do mundo vão invadindo e conquistando centímetro a centímetro de nossa existência. No Brasil, isto caminha a passos largos: por exemplo, através da luta visível de agentes decisórios que desejam devolver o monopólio perdido às gigantes midiáticas tradicionais. Mas o processo se vale desta disputa superficial para este fim diabólico coletivista, a aceitação das amputações das nossas possibilidades, ou mesmo o desejo e a celebração frenética da amputação dos direitos fundamentais, o sequestro da vontade própria das almas, a internalização do "grande irmão", que compensa a dor das chicotadas com a ilusão de ter-lhe o cabo na mão.
Ouço frequentemente pessoas dizendo estar "estudando" Teologia e/ou as filosofias das diversas religiões para somente então escolherem a sua. Por experiência (árdua), afirmo que este não é o caminho mais aberto à Verdade. Religião, seja qual for, não é uma "Filosofia", nem uma "Ciência": é uma Prática; a Razão deve sim iluminar este caminho, mas sua luz sozinha não alcança às verdades mais elevadas, as que realmente aqui importam. A luz para tal vem de fora, e é preciso, para recebê-la, que o intelecto passe por um processo de limpeza, isto é, que haja mortificação e súplica. A própria Filosofia era isto em suas origens órficas: consistia ela em purificação e renascimento. Do ponto de vista cristão, os pecados trazem à alma uma pena "ontológica": uma "mancha" na alma que só pode ser removida mediante arrependimento, contrição e penitência, e desta remoção depende o puro entendimento. A grande preocupação dos filósofos e teólogos era permanecerem em estado de Graça, quase como uma condição sine qua non de seu ofício. É experimental o provérbio segundo o qual o princípio da sabedoria é o temor a Deus. Sem purificação e oração, todo estudo caminha, caminha, caminha... mas não chega a lugar nenhum. A inteligência vai saltando de objeto para objeto como uma mosca frenética, entulhando novos "conhecimentos" e deixando cair outros pelos ares. É a Fé, como dizem os filósofos cristãos (e para entender o Cristianismo é preciso pensar como eles), que protege a Razão de seus excessos, de seus extravios, de suas paranoias, de suas hipernoias, dos seus passeios desventurados; é a Fé que protege a Razão de suas loucuras. E ela vem de fora. Vem de Deus. A nós cabe uma colaboração passiva. Querer "ser ativo", ou ainda, querer "entender tudo" lançando-se sobre o conhecimento como um leão louco de fome sobre a presa, só vai atrapalhar. A ação é sobre nós mesmos primeiro, devemos nos esvaziar da "vontade de saber" tanto quanto da "vontade de poder" (que andam de mãos dadas, sobretudo na Modernidade) e nos desmanchar. A Verdade só entra em odres vazios. A única vontade que deve ficar é a vontade pura, isto é, a vontade de unir-se ao Bem Supremo, e é Ele que vem a nós, é Ele que nos purifica e nos prepara para o encontro. A nós cabe "apenas" não atrapalhar. Se tem dúvidas de que a religião cristã é a verdadeira, compre sim alguns livros - mas compre junto um rosário. E pratique.
Revelações privadas são importantes, como diz o Catecismo, "para ajudar a viver a Revelação mais plenamente em uma certa época da história", e mesmo que não seja obrigatório aceitá-las, é sumamente católico julgá-las com seriedade e submetê-las ao escrutínio da razão, e de uma razão, de preferência, umedecida pela experiência mística. Se as aparições públicas de Nossa Senhora foram um dos principais motores da intensificação progressiva da devoção mariana na história da Igreja, são as revelações privadas que jogam ainda mais luz sobre seus mistérios, de modo que sem elas tal devoção não poderia chegar ao ponto de maturação a que chegou, isto é, ao ponto em que podemos compreender, como São Luís Montfort, que é a Virgem que reunirá sob seu manto o exército dos santos dos últimos dias.
É sob esta ótica que devemos tentar compreender o papel das almas-vítimas que irão compor este exército, e como elas se encontram essencial e inextricavelmente ligadas à devoção mariana. Este mistério se encontra sublimemente ilustrado em algumas visões da beata Anna Catarina Emmerich que se tornaram duas cenas intrigantes da "Paixão de Cristo" de Mel Gibson, aquela em que Maria recebe um tecido da esposa de Pilatos (então perturbada por sonhos quase premonitórios) e enxuga o sangue de Cristo espalhado no pátio após a flagelação. Maria é aquela que recolhe as oferendas de sangue das almas-vítimas espalhadas no chão da história, isto é, daquelas almas que se oferecem para serem crucificadas com Cristo e assumirem uma missão co-redentora. Este sangue é um sangue cristificado que, ao ser derramado, "atualiza" no tempo e no espaço os efeitos miraculosos da Paixão (não a "completa" no sentido exato do termo, porque a imolação do Cordeiro de Deus já foi perfeita). Cada gota de sangue vertida é uma alma convertida, é um pagão, um ateu, um pecador, um inimigo convertido, o que torna as "armas de Cristo" (as "arma christi", isto é, o flagrum, a cruz, os pregos, e tudo o que se lhes corresponde simbolicamente na vida concreta) as verdadeiras armas para derrotar o império de Satanás.
Como teria revelado Nosso Senhor a uma alma-vítima em 2010: "O mundo depende de espadas, mísseis e armas para ganhar suas batalhas, mas a Batalha Decisiva será vencida por meio da Cruz. As almas-vítimas, unindo-se ao meu Amor crucificado, irão libertar o mundo da escravidão e da obscuridade de Satanás". Ou ainda, a uma outra, mais célebre: "Ai do mundo sem as vítimas!"
Isto é o "core" da série que está em produção para o canal, e acho que serão os vídeos mais importantes que já fiz, daí meu preciosismo com a edição.
A Santidade cristã permanecerá sempre incompreensível pelo "protestante" (chamando assim mais ao neopentecostal e aos adeptos da teologia da prosperidade), principalmente porque incompreensível sempre permanecerá para ele o Sofrimento. Não que ele não pratique austeridades (já vi casos de famílias que morreram, pai, mãe e filho, tentando completar o jejum de quarenta dias), mas estas são para ele um meio de obter recompensas na terra: se lhe dissessem que ele nada obteria, que nenhum de seus desejos seria obtido através disto, nem um centavo na conta, nem um carro novo, ou ainda, nem um "êxtase profético arrebatador", ele simplesmente não as praticaria. É estranho à sua mentalidade que Deus, quando se agrada dos sacrifícios de um santo, envia-lhe não menos, mas mais sofrimento; que o santo não peça a Deus a cessação das suas dores, e sim mais força para suportar as que ainda estão por vir. Algo como o ensinamento de um São João da Cruz, "melhor sofrer por Deus do que fazer milagres", é para ele um outro universo, totalmente estranho, não lhe cabe na cabeça.
Já nas Escrituras está claro que o Sofrimento é um modo de cristificação, de participação efetiva na Paixão, de integrar o Cristo Total, de sangrarmos com Cristo ou de Cristo sangrar através de nós (perplexa pela quantidade de sangue que jorrava de seus estigmas, que era mais sangue do que seu corpo poderia conter, Marie Rose Ferron teria caído subitamente em êxtase e respondido a si mesma: "Ó! É o Teu Sangue que jorra de mim! Quanto a mim, não sou nada, nada, meu Jesus!”, o que ilustra dramaticamente bem o que faz um santo, qual o princípio supra-temporal de que ele é a atualização no tempo e no espaço). Este Sofrimento, como disse, é totalmente estranho ao neopentecostal, cujo "Jesus" está menos para o Cordeiro imolado do que para o Messias dos judeus: o realizador de um reino na terra, distribuidor de riquezas e de super-poderes taumatúrgicos, do qual podemos utilizar o sangue "milagreiro" sem sangrarmos nós mesmos. Vem a calhar que a cruz que ostentam é uma cruz sem Cristo, sem carne, sem chagas, sem sangue - e sem santo.
Um casamento não se baseia e nem deve se basear no amor "romântico", ele tem fases amargas e insípidas, ele é um contrato de duas criaturas que se associam na terra para buscarem juntas ao céu, o "amor de suas vidas" é Deus, que só se entrega a quem esteja disposto a não amar senão a Ele. Deus deu Eva a Adão como uma companheira e ajudante. Ama-se à esposa e ao marido não em si mesmos, mas somente através deste amor divino. Nossos avós e bisavós foram mais felizes com casamentos quase "arranjados" do que nós, que achamos que casamento só pode ser entre "almas gêmeas", duas metades pré-destinadas uma à outra, quando na verdade é uma decisão e um compromisso, um "contrato" - numa acepção não pejorativa, mas "sacramental" do termo. Na realidade, o amor conjugal verdadeiro e sólido desabrocha justamente com o tempo e a experiência, isto é, na prática, após a troca de alianças e o início de uma vida em comum, conforme as vivências e desafios enfrentados juntos. Este amor é lealdade, e lealdade se cultiva e se revela no tempo. Se homem e mulher formam uma "unidade" espiritual, não é porque seriam "duas metades" de uma unidade separada nalgum ponto entre a eternidade e o tempo, e sim porque no tempo tomaram em uníssono a decisão de atenderem juntos à vontade de Deus, o Um que amam em comum, e o amor, como dizem os místicos católicos, "une o que está separado e iguala o que é diferente", nos transformamos naquilo que amamos.
"Deus não permite que ninguém habite com Ele no coração de ninguém". Os "ídolos" que Ele encontrar lá dentro, Ele vai arrancar, expulsar de lá, e a custa de muitas dores; Ele só vem habitar onde for o único. Mas Ele permite que tenhamos um(a) companheira(o) entre as criaturas humanas, a quem podemos nos unir em amor conjugal, e que se amada(o) através Dele, pode ser amada(o) "infinitamente". Mas deve ser só um - como Ele. Tal lei é da "natureza humana", no jargão. Daí o sofrimento nas relações conjugais em uma época na qual se troca de parceiro tão logo se esvai a paixão dos começos e onde havia doçura começa a ficar amargo e insípido; uma época que perdeu o significado do amor conjugal, que, tal como o amor divino, também tem suas "securas" e suas "cruzes", suas etapas de trevas, e que, também como aquele amor, é justamente nestes momentos que se prova. Trocar incessantemente de ídolos em busca de uma permanência irreal do fogo da paixão é multiplicar vãos sofrimentos.
Se esperarmos o "amor de nossas vidas" para nos casar, morreremos sozinhos (o que não é exatamente um problema, já que morre-se sempre sozinho, isto é, um de cada vez, um por vez, cada um em sua vez, ninguém pode morrer em nosso lugar ou substancialmente "conosco"). Este amor romântico pode existir, claro, mas não é o fundamento ou a razão de ser do matrimônio. Se assim fosse, logo na primeira secura o contrato se tornaria obsoleto, e a alma carente se daria ao direito de quebrá-lo.
O amor romântico se nutre da poética do "amor eterno", mas seu "eterno" é apenas um modo de expressar sua intensidade, não sua "duração": alicerçado na paixão, no prazer e no aconchego, ele é no máximo "eterno enquanto dura". Logo busca uma nova lenha para se reacender, e, trocando freneticamente de senhores, um tal coração será sempre novamente partido.
Eu noto que um dos critérios para a mente revolucionária julgar a qualidade de um livro ou autor é a utilidade que tal obra lhes ofereceria para um tipo de "programação neuro-linguística". O que buscam em um livro (e julgam que esta é a causa final de todo livro) é que ele confirme e reforce suas convicções prévias, como uma musculação mental. Não vêem em um livro algo a ser lido ou estudado, mas algo a ser "consumido": as palavras devem "entrar" e "nutrir" as certezas já assentadas, "regar" o jardim interior das convicções. Não querem ler, mas "absorver". O livro, se não lhes serve como lenha das suas paixões (ideológicas), não serve para nada. Se não lhes serve como meio de integrar-se a uma "egrégora" revolucionária, não serve para nada. Se não serve para gerar-lhes a sensação de estarem "mais fortes", não serve para nada (eis a fórmula do sucesso de Nietzsche, diga-se de passagem).
Esta masturbação "intelectual" é feita quase literalmente em um auto-induzido estado hipnótico, ou seja, a pessoa se coloca em um estado de extrema sugestionabilidade, com todos os portões da inconsciência escancarados para que nela penetrem enfileiradas as palavras que devem funcionar lá no fundo estrutural como códigos de programação. Qualquer parágrafo ou palavra que perturbe suas certezas ou, no caso dos mais ativistas, que bloqueie o canal da praxis em vez de limpá-lo das chatas adversidades, das chatas exigências da lógica, da verdade e da realidade, enfim, já basta para desqualificar tal livro ou o seu autor. O que não cai na fogueira da mente ativista como gasolina, cai como água; em vez de incendiá-la como ela deseja, a "desmotiva": logo, é coisa "do inimigo", isto é, do "conservador", do "neocon", do "olavete"...
É assim que rejeitam um Mário Ferreira dos Santos, um Chesterton, um Burke, por exemplo, por não acelerarem mas, em vez disso, fazerem tropeçar sua "Marcha sobre Roma" ou desnudarem seu aspecto circense e patético, mesmo estando cientes de que são leituras obrigatórias para discutir seriamente o assunto em que tão apaixonadamente se lançam diariamente.
Só por uma feliz coincidência, este fenômeno e a história deste fenômeno são bem traçados em "O Jardim das Aflições" - e, para não me acusarem de estar sendo "olavete", tenho posts dizendo a mesma coisa anos antes de abrir um livro de Olavo de Carvalho pela primeira vez, quando eu próprio estava mergulhado nesses ambientes revolucionários e notava a mesma coisa.
êxtases semelhantes, em alguns aspectos, aos dos místicos propriamente ditos; além disso, aos dados a preocupações de ordem mais "prática", tratava-se justamente de alcançar a apatheia, um estado de cessação das paixões que acabava sacrificando junto o próprio amor pela Verdade.
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