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Uma reação natural e naturalmente engraçada da entrevista do Tucker Carlson com o Dugin é que agora que o primeiro é um habitué da esfera russa, não faltará gente para acusá-lo de ser um agente da KGB. No mundo da direita, quem tem interlocução com o mundo russo é agente da KGB, que não existe mais; mas ninguém que propague os ideais americanos é agente da CIA, que existe e passa muito bem. Não é necessário pensar muito sobre o absurdo disso. Não se atentaram nem ao absurdo de defender os ideais americanos, que são a antítese do que dizem defender. (Pergunto-me se caso esse pessoal estivesse nos anos 90, apoiariam o Presidente Clinton e suas ações no Leste Europeu. O que pesaria mais aí? Ele ser democrata —um Clinton!— ou ele espalhar os ideais do Ocidente?)
Voltando ao ponto: Tucker Carlson entrevistou Dugin. Crime. Está conspirando contra o Ocidente e a América. E contra nós, porque o sonho do brasileiro é ser Porto Rico, outra colônia tropical americana. Mas eu me pergunto: E se Carlson estiver entrevistando tanto os russos simplesmente porque o que eles dizem é melhor e mais interessante. Carlson nunca ouviu uma resposta como a de Dugin sobre as origens do individualismo vinda da boca dum americano, nem quando ele entrevista intelectuais. O melhor que um intelectual de direita americano pode fazer é adotar um termo tacanho (e anti-católico) como Christian nationalism, feito aquele gordo sulista que entrevistou semanas atrás. Nada mais sairá de lá. A visão americana, como um todo, é deprimida e simplória. Burra, em suma. Sempre foram assim. Richard Hofstadter tem um livro sobre isso (Anti-Intellectualism in American Life). Como nada sabem (e know-nothing foi o nome dum popular movimento anticatólico americano do século XIX), sempre estão regalados de felicidade e otimismo: tudo conspirará a seu favor, porque nada pensam e tudo podem fazer.
# O FIM DO ESTADO MODERNO
O fim do Estado moderno, democrático e liberal, não acontecerá nem hoje e nem amanhã. Mas isso não significa que já não podemos desenhar suas feições no horizonte.
Digo-o não por conta duma análise política sobre as situações do momento, mas por uma conseqüência natural do projeto moderno. Argumentei num livro (A IMAGEM ESTILHAÇADA, 2020) e em alguns artigos que uma das principais dificuldades da modernidade é a manutenção do indivíduo e sua personalidade. Não por conta dos «poderes estatais» (é importante fazer essa ressalva, pois sempre que a palavra indivíduo é utilizada há um liberal que se assanha), mas sim por conta da compartimentalização da realidade, um dos fundamentos do projeto moderno.
Na modernidade, o homem é um ser passivo que reage ante a estímulos. O consumismo funciona exatamente assim. Há uma pessoa entediada (o tédio é outro fundamento moderno). Ela recebe um estímulo, um fragmento de impressão pela indústria do consumo; durante um instante, há um sentido para a sua vida: «Serei feliz se concretizar esta compra», diz. O sentido da vida acaba quando a bandeira aprova a compra a crédito. O mesmo acontece, de maneira mais brutal, em «raves» e outras festas cujo propósito é assaltar os sentidos. Talvez essas festas sejam tão brutais porque é preciso muito grave e muita luz estroboscópica para derrubar a parede de cinismo e indiferença da alma moderna.
Isso tudo dura apenas um instante. O homem moderno é um apanhado de fragmentos e impressões conflitantes. O Estado moderno reflete essa estrutura em virtude da sua composição de homens com interesses conflitantes. Assim como a psique do homem moderno, o Estado moderno é desassociativo. É fragmentário. E é temporário. Paradoxalmente, sua cabeça —o presidente, o chefe-de-Estado— é um único indivíduo para quem se olha em busca de ordem. Homens temporários que são obrigados a serem históricos em quatro anos.
É exatamente essa natureza desassociativa que o fará perecer em pouco tempo. O projeto americano tem mais de duzentos anos, mas a popularização da democracia liberal tem só cem, mais ou menos. E veio à força do projeto impositivo, reformador e, de certo modo, satânico (mais sobre isso num texto futuro) do Império Americano —império esse que já dá seus passos para a cova.
O que ficará no lugar? Impossível dizer agora, mas talvez tenha contornos orientais; feições de Rússia, China e Irã.
A história do amontoado contraditório do projeto liberal cosmopolita acabou em 2024. Já estamos no epílogo, que é o fim do projeto moderno como um todo.
Essencial
(2019, vejam só)
https://open.spotify.com/episode/0WqZ1cfaT1CINVsBYeMvcl?si=iuxtKdwqSzK3luK4Fv2kqw
Horroroso. Perspectiva é a morte da arte sacra.
Ouvindo parte da entrevista de John Mearsheimer sobre o conflito entre Israel e a Palestina, pensei em algo singular. Mearsheimer fala que a dificuldade da solução de dois Estados para o caso de Israel deve-se ao poder no país judaico (Judaísmo) se mover mais e mais para a direita. Num primeiro momento pode pensar que é verdade mesmo.
Se fosse anos atrás, eu estaria desconfiado. A Direita não pode representar dificuldades!
Mas, por que não? Eu estava lembrando que quando houve as eleições em Israel que elegeram Netanyahu mais uma vez, todo mundo estava em tensão. Vai que ele não era eleito de novo. E outra: Netanyahu era amigo do trump. Durante o mandato Trump (2016–2020) houve o período em que o anti-Islamismo atingiu seu ápice (ISIS, crise migratória, Charlie Hebdo, etc.); houve, assim, o aumento do discurso ocidentalista e triunfalista.
Para o conservador brasileiro dos anos 2010, especialmente da segunda metade, esse procedimento mental deve fazer sentido. Churrascar países muçulmanos era algo correto. E trump teve grandes vitórias (morte de Soleimani), acordo Gaza–Israel, etc. Mas essa é uma visão américo-centrista para um problema que merece mais destaque.
É preciso sair do direitismo. Ele não resolve os nossos problemas porque esse discurso, mesmo que não tenha sido concebido, gestado e parido no contexto anglo-saxão, foi engolido pela unipolaridade americana, americanista e americanófila. Ela não resolve nosso problema porque nem Estados Unidos, nem os inimigos (em forma de Estados), dos Estados Unidos fazem parte do espectro de tópicos que, unidos, resolvem os problemas brasileiros, que são essencialmente problemas de unidade, formalização e pensamento político católico, hispano-lusitano e tropical.
Assim, não é que precisamos sair da «dicotomia» esquerda–direita, coisa geralmente ouvida por aí. É preciso esquecer que existe algo chamado direita. A direita está a favor do secularismo, do materialismo, da economia de mercado; enfim, da prisão da matéria e da subordinação tanto ao norte global como dos vícios que, disfarçados de vantagens econômicas e conforto material, inclinam-se à derrubada dos valores que formam e direcionam o que pode ser um projeto de sociedade católico e brasileiro.
Imagino que aquele Padre Capo seja um exemplo que muitos conservadores usam.
Conheço um caso, há muitos anos atrás, de um fiel de um grupo tradicionalista que ocasionalmente postava fotos bebendo cerveja com a legenda, em caixa alta: "ABAIXO O PURITANISMO!". É muito caricato, mas também é triste. Não bebe pra socializar com os amigos, ou sequer pelo prazer de um leve relaxamento que o álcool traz, mas bebe para demonstrar-se "esclarecido sobre a questão da licitude do álcool", ou mostrar-se "devoto de Santo Arnulfo de Metz".
Hoje, essa pessoa se afastou dos grupos e é publicamente progressista e aparentemente homossexual. Não que haja necessariamente uma relação. É apenas mais um dos diversos casos de pessoas que perderam-se nas constantes necessidades de externalizar a religião - o que por sinal, aparenta ser vaidade, mas não sou eu quem vou definir isso.
É um identitarismo às avessas. Ações como atos de resistência. Já falei algumas vezes: esses grupos da nova direita estão mais próximos do pós-modernismo do que desconfiam.
GOSTOSAS RISADAS.
O que vai ter de nego pulando do barco quando percebeu que a «subida infinita» do #Bitcoin não começou hoje vai ser impressionante.
Eu acho que há boas chances do Bitcoin desempenhar um papel importante após o colapso da ordem conhecida, mas o seu momento não será agora. Começará a ser nos próximos 5, 10, 15 anos, quando as políticas monetárias instituídas no séc. XX começarem a colapsar de vez e a atual padronização político-social se esgarçar até o tecido rasgar de vez.
Dependerá muito de como um futuro pós-catastrófico lidará com tecnologias dependentes do complexo industrial e do uso de energia. Em Arqueofuturismo o Guillaume Faye diz que uma das causas da desgraça vindoura é a obsessão ocidental em se sustentar em tecnologias que gastam cada vez mais energia. Quem fará os computadores, os Raspberry PIs que mineram e rodam nodes da Lightning na rede em 150 anos?
«This said, in a scenario of the economic fracturing of the planet, wide areas and sections of the population within the industrial countries of the North could perfectly well revert to traditional forms of economy with low levels of energy consumption and subsistence farming.»
Mas se houver mesmo energia elétrica no futuro, haverá Bitcoin —e moedas fiduciárias lastreadas nele.
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