AGRO É FOGO!
ACABAR COM O AGRONEGÓCIO PARA PROTEGER A VIDA

Após a enchente, a fumaça. Neste cenário de urgência climática, a Teia dos Povos em luta no Rio Grande do Sul firma a necessidade da luta por terra e território. 

Vivemos na pele o racismo ambiental que o modelo de produção capitalista vem impondo ao planeta e a impossibilidade de uma vida digna para a maioria da população mundial. Precisamos reafirmar nosso compromisso com a vida, traçando caminhos de combate ao avanço colonial-capitalista, levantando floresta, produzindo alimentos e defendendo nossos modos de vida e nossos territórios. Mais do que nunca é hora de expandir, fortalecer e direcionar a luta. 

Mais de 60% do território brasileiro está coberto por fumaça tóxica causada pelo agronegócio. O fogo criminoso nos biomas brasileiros, especialmente na Amazônia, no Cerrado e na Mata Atlântica, é prática genocidas dos latifundiários e das multinacionais que os financiam. Só em São Paulo morreram mais de 70 pessoas por crise respiratória no período das queimadas. Quantas estão morrendo de depressão?

Os índices de queimadas e desmatamento estão relacionados à expansão da agricultura e da pecuária, que visam aumentar a produção de commodities como soja e carne. Essa expansão desconsidera os impactos ambientais e sociais. Como: a destruição de habitats, a perda de espécies ameaçadas e o deslocamento de comunidades locais, incluindo povos indígenas, camponeses e quilombolas. Sem falar na impossibilidade de uma vida com qualidade nos grandes centros. É um modelo de produção que ignora a biodiversidade, os direitos e a cultura dos povos, intensificando os conflitos por terra e ataques a esses territórios. A ineficácia do Estado em fiscalizar atividades ilegais de desmatamento, queimadas, grilagem e de responsabilizar os criminosos expõe o poder do agronegócio nos governos e as limitações da conciliação de classes na luta contra o colonialismo e o fascismo.

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https://teiadospovos.org/agro-e-fogo-acabar-com-o-agronegocio-para-proteger-a-vida/

Elton Brum presente!
Ontem, hoje e sempre!

Há 15 anos atrás, em 21 de agosto de 2009, Elton Brum da Silva era assassinado pelas costas pela Brigada Militar na cidade de São Gabriel. Seu crime? Ser um acampado do Movimento Sem Terra.

Ele era um trabalhador rural que sonhava ter um pedaço de terra para plantar e poder criar sua família com dignidade. Ele era um lutador.

Em uma ação de despejo ilegal, repleta de violência e tortura conta crianças, idosos e mulheres, Elton Brum foi morto. Recordam seus companheiros de acampamento que ele estava desarmado e não apresentava resistência.

É ou não é uma covardia?

Nós da Teia dos Povos em Luta no Rio Grande do Sul não esqueceremos Elton Brum, assim como não esqueceremos de todas e todos aqueles que foram assassinados pela covardia do sistema e sua sanha de matar pobre e preto, no campo e na cidade. Que em nossos passos possamos honrar a luta do companheiro por terra, dignidade e liberdade!

ELTON BRUM PRESENTE! SUA MEMÓRIA SEGUE VIVA EM NOSSA LUTA DE CADA DIA!

https://teiadospovos.org/luta-pela-terra-territorio-e-agroecologia-contra-o-latifundio/

Entre os dias 12 e 14 de julho de 2024, a Teia dos Povos participou da trigésima Feira internacional do Cooperativismo e da Economia Solidária que aconteceu em Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul.

Reunindo povos indígenas Mbyá Guarani e Kaingang, quilombolas, assentados da reforma agrária, agricultoras familiares e moradores de ocupação urbana, o espaço de comercialização da Teia trouxe diversidade e resistência para dos 30 anos da Feicoop.

Foram três dias de muitas confluências, conversas e encontros. Três dias de fortalecimento de uma rede que propõe retomar o potencial radical e disruptivo da economia solidária e do cooperativismo, que nas últimas décadas vêm tendo seu conteúdo político e social esvaziado.

A Teia dos Povos se coloca ao lado de quem busca abrir caminho na dura realidade que enfrentamos, uma realidade que se impõe com o aprofundamento do neoliberalismo na economia e na política, e com a intensificação da catástrofe climática na esfera socioambiental. Que se impõe em uma nova ofensiva de exploração predatória da terra, da espoliação e roubo dos territórios e seus recursos.

Se o capitalismo nos coloca diante de um aparente beco sem saída, a Teia procura abrir encruzilhada, no cabo da enxada e no golpe do facão, reivindicando as soberanias necessárias para a autonomia e autogestão dos territórios, e para o florescimento revolucionário de um mundo outro, sem cercas ou patrões, composto por territórios coletivizados e livremente associados entre si.

No domingo, perto do encerramento da feira, realizamos o seminário "Solidariedade Real e Radical para enfrentar as Injustiças Climáticas ". Este seminário, que serviu tanto para a discussão e o encontro de núcleos de base e elos do estado quanto para a aproximação de territórios e pessoas interessadas no projeto da Teia, contribuiu no debate e na construção de caminhos para fortalecer a economia solidária e a articulação da solidariedade e do apoio mútuo entre os povos para reconstruir os territórios no RS.

Seguimos avançando a passos firmes na luta por Terra e Território!
Só o povo ajuda o povo!

#teia #economiasolidaria #soberania
#agroecologia #autonomia #bemviver
https://www.instagram.com/reel/C9nqCcxOz2w/?igsh=Zm5pbzhpZjdwdWh5

A Teia dos Povos estará presente na 30 FEICOOP, em Santa Maria nos dias 12, 13 e 14 de julho.

Diante desse contexto de calamidade, crise capitalista e colapso climático, vamos fazer presença nesse momento histórico de 30 anos da Feira Internacional da Economia Solidária e do Cooperativismo, para fortalecer os povos e a construção do bem viver.

Vamos ter um estande com diversos produtos para comercialização como artesanatos indigenas e quilombolas, artes periféricas, alimentos agroecológicos da agricultura familiar e de assentamentos, sementes crioulas, livros e alimentos saudáveis. Todos diretamente de territórios que compõem a Teia dos Povos.

Além do estande e das bancas, realizaremos uma atividade na programação da feira, contribuindo com o debate sobre os caminhos de luta e soluções frente as questões climáticas.

- SEMINÁRIO: "Solidariedade Real e Radical para enfrentar as Injustiças Climáticas"

É preciso nos prepararmos, o povo com o povo, para a sustentação dos territórios e a luta contra o capitalismo colonial predatório. Nossa única alternativa é a ação real e radical, anticapitalista, entre os povos, de amor à vida.

Venham conhecer nosso Estande da Teia e participar dessa roda de conversa sobre alianças para fortalecer a economia solidária e a luta por terra e território.

https://www.instagram.com/p/C85WuYluM83/?igsh=MTh2bDJkcTV4amNzdg==

[ URGENTE ]
Moradores do Morro Chechela exigem justiça frente ao deslizamento de terra e ligação imediata da luz da comunidade

Devido as fortes chuvas da semana passada no RS, diversas regiões do estado sofreram com enchentes e deslizamentos de terra. Em Santa Maria bairros foram inundados pelas chuvas, famílias perderam suas casas, pertences e tiveram suas vidas ceifadas.

A comunidade do morro Chechela, localizada na zona norte da cidade, foram umas das região mais atingidas. O que parecia ser uma tragédia climática pode ter sido algo provocado.

Moradores relatam ter encontrado diversas valetas abertas com indício de ação humana a cima do morro, próximo onde teve o deslizamento que acabou provocando a dor imensa da perda de Liane e Emily.

O região do Morro Chechela é uma área que historicamente sofre pela especulação imobiliária e que já existe um projeto aprovado de construção de uma Orla que irá passar onde hoje existe uma comunidade com muita história e memórias de centenas de famílias e mais de 4 gerações.

Metade da comunidade está sem acesso a um direito básico que é a luz, mesmo sem existir explicação alguma para terem cortado e permanecerem a mais de 8 dias sem eletricidade. A comunidade assim como todo uma rede de solidariedade que está se formando para enfrentar esse triste momento exige a ligação imediata da luz da comunidade e que uma investigação seja feita para descobrir a origem das valetas que provocou o deslizamento.
https://www.instagram.com/reel/C6w7ndMuLF4/?igsh=eHpqNDY1d2MyeWZr

CINE DOS POVOS - II VIVÊNCIA AGROECOLÓGICA DA ESCOLA DAS SEMENTES

No dia 27 de abril, sábado às 19h vamos exibir dois grandes documentários que irão compor nossa atividade formativa pela Universidade dos Povos - Da Semente ao Prato, aproveitando o mês de luta dos povos originários e o abril vermelho.

- UÝRA, A Retomada da Floresta;
Documentário longa-metragem premiado. História de @uyrasodoma e dirigido por @julianacuri
Uýra,, uma artista trans indígena, viaja pela floresta amazônica em uma jornada de autodescoberta usando arte performática e mensagens ancestrais para ensinar jovens indígenas e enfrentar o racismo estrutural e a transfobia no Brasil.

Elenco: Zahy Guajajara, Uýra Sodoma, Zahy Tentehar
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- LEGADO INDÍGENA, Erva-mate e Chimarrao;
Planta sagrada para o Guarani, a erva-mate é uma dádiva de Tupã.
Bebida essencial para atingir a espiritualidade, o chimarrão é um legado indígena que gaúchos e gauchos se apropriaram e assumiram como sua.
A relação ancestral dos povos indígenas com a da erva-mate é o foco central deste curta-metragem, que também mostra o uso tradicional e espiritual do chimarrão em rituais...

Direção e Edição: Tiago Rodrigues
Produção: Karaí Gérson Gomes
Produção/Narração: Natália Pianegonda
Produção/Legendas: Maurício Macedo
Distribuição: Leonardo Gadea

Para participar da II Vivência Agroecológica, faça sua inscrição pelo link da Bio.
As exibições dos documentários serão gratuitas
Nosso CINE DOS POVOS É DE GRAÇA.

https://www.instagram.com/p/C6KONPavRrd/?igsh=MWl4N2U2bzFlejd2Nw==

Uma das presenças especiais na Formação de Construtores e Defensores de Territórios no Assentamento Terra Vista foi Raimundo Quilombo. Raimundo é comunicador popular quilombola e defensor da natureza e dos direitos humanos, formado em geografia pela Universidade Estadual do Maranhão e está a frente de um dos projetos de comunicação popular mais bem sucedidos que existem hoje em nosso território: a Rádio e Tv Quilombo, que atua como alto-falante, que amplifica as vozes da comunidade Quilombo Rampa por meio da comunicação popular.

A TV Quilombo tem como objetivo dar visibilidade à cultura quilombola através de conteúdo audiovisual. Para contar essa rica história, são utilizados materiais ancestrais e improvisados, como a câmera de papelão e o bambu drone. O projeto foi criado no Quilombo Rampa, localizado a 27 km da cidade Vargem Grande, no Maranhão. Composto por 4 comunidades quilombolas, onde vivem atualmente cerca de 500 pessoas, foi fundado em 1818.

A ideia nasceu em 2017, a partir da inquietação de dois jovens por conta da ausência de documentação das histórias e tradições, pela falta de representatividade quilombola na mídia e pela dificuldade de conexão intergeracional. Em 2018, o projeto foi premiado no 1° Festival de Cinema Móvel de Brasília na categoria "Mídia Alternativa" como melhor reportagem.

O que começou como um sonho de Raimundo e de William de preservar a identidade e autoestima dos povos quilombolas, hoje já conta com uma equipe de mais de 30 pessoas e diversos canais de comunicação.

Raimundo em entrevista exclusiva para a comunicação da Teia dos Povos conta um pouco dos desafios e das potências que a comunicação popular enfrenta e vai enfrentar nos próximos anos em nossas lutas.

Compartilhe: https://www.instagram.com/reel/C3WEH6rMGtk/?igsh=bng2dXV2bGNneDYz