A RESISTÊNCIA DIGITAL QUE EMERGE DAS PERIFERIAS

Dicionário Marielle Franco mostra a importância do letramento digital nas favelas, para além da habilidade técnica. E aponta: plataformas abertas e “federadas” são essenciais nas lutas periféricas. “Fediverso” mostra que é possível construir outra internet

Por Isabel Cristina Xavier, Lívia Gouveia, Wesley Conceição e Clara Polycarpo
https://outraspalavras.net/tecnologiaemdisputa/a-resistencia-digital-que-emerge-das-periferias/

Será que alguns "clássicos" dos estudos teóricos sobre a internet ainda fazem sentido, 25-30 anos depois que foram escritos? É um exercício curioso ler clássicos dos anos 1990 como "Cibercultura" (1999), de Pierre Levy, ou "A Sociedade em Rede" (1996), de Manuel Castells, acompanhando as notícias mais novas sobre IA generativa, por exemplo; se algumas discussões já estavam lá, o tom hoje mudou completamente. Tem sido difícil encontrar o famoso otimismo de Pierre Levy em algum lugar que não seja o mundo corporativo das big techs e das empresas de IA generativa.

Dá uma olhada num trechinho do livro de Levy abaixo. Esse e outros temas vão sair na nossa próxima newsletter, enviada aos sábados pela manhã. Dá pra assinar e ver outras aqui:

"Aqueles que denunciam a cibercultura têm uma estranha semelhança com aqueles que desprezavam o rock nos anos 50 ou 60. O rock era anglo-americano, e tornou-se uma indústria. Isso não o impediu, contudo, de ser o porta-voz das aspirações de uma enorme parcela da juventude mundial. Também não impediu que muitos de nós nos divertíssemos ouvindo ou tocando juntos essa música. A música pop dops anos 70 deu uma consciência a uma ou duas gerações e contribuiu para o fim da Guerra do Vietnã. É bem verdade que nem o rock nem a música pop resolveram o problema da miséria ou da fome no mundo. Mas isso seria razão para “ser contra”?"

https://baixacultura.org/newsletter/

Em contraste com o Bluesky, o crescimento do fediverso sofre com as dores inerentes à descentralização. Ainda assim, serviços como o Mastodon também se beneficiaram da radicalização do dono do X que levaram a um pequeno êxodo de usuários.

🔗 https://manualdousuario.net/exodo-x-bluesky-mastodon/

Sud0America, 22 y 23 de noviembre en Buenos Aires
https://sud0.org/
Vamos?

Un encuentro de dos días abierto y gratuito en Noviembre de 2024 enfocado en pensar la tecnología desde una perspectiva crítica, latinoamericana e interseccional. Un espacio interdisciplinario e inclusivo de encuentro, donde converja la subversión tecno-política del hacking, el arte performático y la autogestión.

sudoAmérica propone la potencia entre activistas, hacktivistas, artivistas, desde comunidades diversas (comunidad LGBTIQ+, comunidades originarias, juventudes) para:

Pensar, debatir y compartir conocimiento
Promover acciones y posibilidades concretas y sostenibles cuestionando las políticas públicas y prácticas actuales atravesadas por la tecnología.
Definir una postura regional sobre nuevas problemáticas vinculadas a la vigilancia, catalizando alianzas, colaboraciones y proyectos entre organizaciones y comunidades autogestivas.

Manifiesto
https://sud0.org/manifiesto/

Somos hackers latinoamericanxs, pensamos diferente al norte hegemónico que ha diseñado la tecnología que usamos para trabajar. No queremos cajas negras. Queremos romper y entender la tecnología, apropiarnos de ella y usarla a favor de nuestros territorios. Ya no competimos entre nosotrxs, sino que tejemos redes con herramientas que una vez nos dominaron pero que ahora desdoblamos en un contraataque que empuja una revolución.

Decimos basta al proceso colonialista y extractivista de nuestra tierra y nuestro pensamiento. Decidimos despertar a una nueva era donde nuestras selvas, desiertos, montañas y llanuras se vean reflejadas en las maneras en las que producimos, usamos y trabajamos con la tecnología.

Echamos mano de la astucia latinoamericana, a la desobediencia tecnológica, a la gambiarra y a atarlo todo con alambre, para cambiar la realidad y la percepción, alterando paradigmas corporativos hacia iniciativas horizontales, incluyentes y autónomas. De creación de pares y para generar lazos. No hackeamos por hackear, hackeamos para resistir, para generar redes de afecto. Porque la tecnología es una herramienta transformativa que no pide perdón ni permiso, pero que altera el orden natural que nos ha sumido en la miseria.

Cambiamos de forma, somos lo mismo y al mismo tiempo somos diferentes, sin estructuras definidas pero con objetivos de lucha por nuestros derechos y principios dispuestos a la co-creación y al compartir. Somos un río que fluye caudaloso hacia el mar, absorbiendo nuestras culturas y saberes que se encuentran interconectados en la red profunda que llevamos dentro. Sabemos de lo que somos capaces y lo haremos para mejorar la vida de nosotrxs mismxs y la de nuestrxs compañerxs.

Somos electricidad de la tierra que no conoce fronteras ni banderas y declaramos que nuestra lucha es por la igualdad y la justicia, por la defensa de lo nuestro y por la expulsión del opresor. Nos valdremos de lo que sabemos, del intelecto general, del poder de nuestro conocimiento y todo el que nos precede, porque la lucha es contra el pensamiento que nos oprime, somos otro retoño de la revolución

O Centro Internacional de Estudios Superiores de la Comunicación (CIESPAL), Espacio latinoamericano y caribeño Internet Ciudadana, Asociación Latinoamericana de Comunicación y Educación Popular (ALER) e o Foro Argentino de Radios Comunitarias (FARCO) vão realizar em setembro jornadas de reflexão e debate chamada “Comunicar más allá de la muralla”. Os temas das jornadas, que ocorrem em 4, 11, 18 e 25, tratam de temas como “¿Son las plataformas libres una alternativa para comunicarnos?, “La Comunicación plural ante las murallas censoras de las plataformas corporativas”, entre outros. |

Mais informações e inscrições : https://al.internetsocialforum.net/2024/08/16/jornadas-de-reflexion-y-debate-comunicar-mas-alla-de-la-muralla/

Busca por IA do Google é ruim, mesmo que seja boa

Por @TheInterceptBr

Intercept Brasil

Busca por IA do Google é ruim, mesmo que seja boa | Intercept Brasil

Mesmo funcionando perfeitamente, ferramenta de busca por IA abre espaço para problemas conhecidos do Google e outros gigantes da tecnologia.

A Amazon fez barulho na década passada quando abriu lojas físicas nos EUA com o Just Walk Out, que dispensava caixas humanos: o cliente apenas pegava as coisas nas prateleiras e o sistema (supostamente) inteligente detectava e cobrava direto no cartão, sem intervenção humana.

Acontece que, segundo o The Information, o tal “sistema automatizado” consistia em mais de 1 mil indianos monitorando e rotulando as compras remotamente. (Isso explica, por exemplo, por que algumas cobranças levavam horas para serem creditadas.)

? https://www.theinformation.com/articles/how-amazons-big-bet-on-just-walk-out-stumbled?rc=5xvgzc

A Amazon anunciou nesta terça (2) que vai acabar com o Just Walk Out. Em seu lugar, implementará outro sistema em que o próprio consumidor passará as compras por um leitor embutido no carrinho de compras.

? https://gizmodo.com/amazon-reportedly-ditches-just-walk-out-grocery-stores-1851381116

“Inteligência artificial” segue sendo um eufemismo para terceirização de trabalho repetitivo para países pobres.