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Tenho a impressão de ter havido algum tremendo descompasso histórico-social que tenha impregnado o mundo de um sensaborismo detestável.
Vejamos a imagem que adorna [ou se pretendeu adorno de] a música do jubileu: feia, como se, antes de essa gravura vir à tona, não tivesse havido alguém capaz de a bem-fazer, ou melhor, como se não tivesse alguma boa alma que a impregnasse de algo bastante humano, tal qual o desenho anatômico do corpo, algo que seria bem mais aprazível e muito menos custoso de se ver -- e sobretudo de se gostar.
Na realidade, a superficialidade e a frivolidade com que são feitas as coisas atuais na religião esmaga um pouco a nossa dignidade.
Uma mera espada céltica de séculos passados costumava ser mais ornamentada que os atuais logos de eventos importantes, cujo trabalho de confecção simplificou-se pelo uso de tecnologias visuais. Quer dizer, ninguém mais precisa recozer e resfriar cobre e estanho para que materiais destinados ao ornato fiquem rijo o suficiente.
A efemeridade com que se constroem as coisas hoje requer um preço humano e reflete a filosofia defendida [ou aceite] pelo aglomerado contemporâneo. Uma vez disse Anísio Teixeira que a escola seria o retrato da sociedade a que serve. Imagino que possamos estender a afirmação a outras coisas, analogamente.
Proponho que pensemos no museu de Boulacq, onde se encontram artefatos egípicios de tempos imemoriais. O padre Leon Dehon fala diz que é possível encontrar um machado e um punhal revestidos inteiramente de folhas de ouro. Os antigos egípcios [que viveram antes de Cristo] costumavam retratar a Criação em seus artigos, ornando acessórios de uso diário, feitos de cabeça de animais, com ouro, bronze negro, lápis-lázuli; os gregos e os troianos usavam armas com uma série de entalhes interessantes. Antes da guerra de Troia, a necrópole de Micenas já oferecera exemplares de espadas magníficas cravejadas de ouro e esculpidas de modo airoso [pelo menos é o que se pode entrever por entre os desenhos bem-avindos à índole daquele povo]. Em Roma, Cipião Africano copia a técnica grega, mas mesmo a cópia recebe o espírito e o ar da graça ítala: o parazonium, a adaga, feita de marfim, leva o talhe e o trabalho cuidadoso do fabrico romano.
Para que esse texto não fique demasiadamente longo, quero citar a já conhecida arte mediévica, que paramenta os seus trajes, armas, os seus mínimos alfinetes, fivelas, fíbulas.
Até mesmo o mefistofélico Napoleão parece ser menos tirânico no que respeita o espírito humano, o que aspira ao que seja belo, ou ao menos ao que seja harmonioso. Biennais, um lojista talentoso, fora o escolhido para confeccionar insígnias imperiais, demostrando com isso se associar ao trabalho artesão.
À qual época, das que citei, podemos nos assemelhar?
Pelo visto a nenhuma delas. Talvez, para que possamos perceber a justeza e o estreitamento da nossa dignidade, tenhamos que voltar a tempos de degradação; pelo visto nem os beócios, nem os coríntios, tampouco os lacedemônios e persas tenham sido mais bárbaros do que nós nesse sentido. Xenofonte reconhece a grandeza de Ciro, o Persa, que dera liberdade aos persas. Posso falar disso mais tarde, agora minha mente procura um tempo a que possamos dizer parecido com o nosso, um tempo de deformidade e de pouca ou nenhuma antropomofia.
Haverá?
Terá havido um tempo mais desnaturado, mais cruel, mais clean, mais minimalista, mais utilitarista e mais dado à nulificação total da alma tal qual o nosso?
Sinais para diferenciar quietação genuína provinda da oração de outras quietações falsas
“Porque há uma quietação que podemos chamar morbosa; outra meramente vácua; outra simulada pelo Demónio; e outra espiritual e boa, porém de ordem inferior à que tratamos.
A quietação que chamo morbosa procede de humor melancólico, que inclina, a quem a padece, a não querer cuidar em coisa alguma, senão estar-se assim embebido e atônito, fazendo gosto e pasto do seu mesmo humor. Porventura que daqui vem achar-se, a seu parecer, mais devoto sobre o crepúsculo da tarde, ou em tempos chuvosos [ainda que também, tudo o que ajuda a natureza de cada um a se recolher, pode servir de algum modo para entrar à presença de Deus]. Desta quietação diz o beato frei Joao da Cruz: Aunque se vea que no puede discurrir, ni pensar em las cosas de Dios, y que tampoco le da gana de pensar em las cosas que son diferentes, podr’ia proceder de melancolia, o de otro algúm jugo de humor puesto em el cérebro o corazón, que suelen causar em el sentido certo empapamiento y suspensión, que le hacen no pensar em nada [...].
A quietação que chamo de vácua é a que pode ter [ou lhe parece ter] qualquer pessoa livre de cuidados e moléstias, que se senta junto a um rio, a ver suas correntes, sem querer aplicar a imaginação, discurso, ou afeto a coisa alguma. E esta é a que afetavam os alumbrados, e antes deles os begardos. E querer fazer dela culto religioso a Deus é erro crasso e que traz consigo inumeráveis misérias – tanto mais prejudiciais ao espirito, quanto mais ocultas – que são as mordeduras da serpente em silencio [si mordeat serpens in silencio].
A quietação que chamo simulada pelo Demónio [se bem as outras já ditas também podem ser causadas ou agravadas por ele] é uma certa deleitaçãozinha sensível, que ele põe em nosso apetite, ou nos membros do corpo, arremedando a consolação espiritual. E como a alma, se é avarenta destes gostos, e pouco fundada em humildade e intenção simples e reta, não se quer divertir por não impedi-la, fica assim aboubada, chupando aquela destilação, que lhe parece maná do Céu; e quanto mais se vai arvoando, mais pura e subida lhe parece.
Exercitante -- Pois onde distinguiremos destas quietações estroutras de que vamos falamos?, que não importa pouco este ponto.
Director. -- Primeiramente, para se contradistinguir a quiete de que tratamos, da outra comum dos que meditam, basta saber um, como ainda não tem passado do seu modo de orar por pontos e discursos, àquele que logo vos explicarei como se exercita.
[...]
Os padres José de Náxara, missionário apostólico no reino de Arda, e D. Bernardino Planes, monge cartuxo, dizem que o ócio mau não inclina a alma à vista singela e universal de Deus, antes a tira do que é universal e simples e intelectual, para o que é particular, multiplicado e material, ou imaginário, onde o Demónio pode estender suas redes."
[Padre Manuel Bernardes, Leituras Piedosas e Prodigiosas, Primeira parte: Da contemplação adquirida, capítulo X]
Brancos e pretos
O segundo e a segunda causa da grande distinção que fazem entre si e os escravos, os que chamam senhores, é, como dizíamos, a cor preta. Mas se a cor preta pusera pleito à branca é certo que não haveria de ser tão fáceil de averiguar a preferência entre as cores, como a que se vê entre os homens. Entre os homens dominarem os brancos aos pretos é força e não razão ou natureza. Bem se vê onde não tem lugar esta força, nem a cor é vencida dela. Quando os portugueses apareceram a primeira vez na Etiópia, admirando neles a polícia europeia, diziam: Tudo o melhor Deus deu aos europeus e a nós só a cor preta. Tanto estimam mais que a branca a sua cor. [...]. Deixando porém os que podem parecer apaixonados, ninguém haverá que não reconheça e venere na cor preta duas prerrogativas muito notáveis. A primeira, que ela encobre melhor os defeitos, os quais a branca manifesta e faz mais feios; a segunda, que só ela não se deixa tingir de outra cor, admitindo a branca a variedade de todas: e ainda envergonhar a branca. Mas das cores só os olhos podem ser juízes. Vejamos o que eles julgam ou experimentam. Os filósofos buscando as propriedades radicais com que se distinguem estas duas cores expressas dizem que da cor preta é próprio unir a vista e da branca desagregá-la e desuni-la. Por isso a brancura da neve ofende e cega os olhos. E não é isto mesmo o que com grande louvor dos pretos e não menor afronta dos brancos se acha uns e outros? Dos pretos é tão própria e natural a união, que a todos os que têm a mesma cor chamam parentes; a todos os que servem na mesma casa chamam parceiros; e a todos os que se embarcam no mesmo navio. E os brancos? Não basta andarem nove meses juntos no mesmo ventre, como Jacó e Esaú, para não se aborrecerem; nem basta serem filhos do mesmo pai e da mesma mãe, como Caim e Abel, para se não matarem. Que muito logo, que sendo tão desgregativa a cor branca, não caibam na mesma congregação os brancos com os pretos?
[Padre António Vieira, Sermão XII (do Rosário). Bahia. 1639]
Martim Afonso Tibiriçá faleceu em S. Paulo, cercado de seus inúmeros descendentes e do respeito geral, a 25 de dezembro do ano da Graça de 1562. Escrevendo para o Reino a 10 de abril do ano seguinte, 1563, dizia Anchieta com saudade: "Morreu o nosso principal, grande amigo e protetor."
[Gustavo Barroso, Segredos e Revelações da História do Brasil, O Tacape de Tibiriçá. 1958]
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