Acordei muito cedo hoje e olhei para o céu, na esperança de ver novamente o azul.

Se eu mesma lesse essa frase há alguns anos, não entenderia seu significado, e mesmo hoje, penso que muitos ainda não se deram conta do que acontece bem em frente a seus olhos.

Tempos difíceis exigem mais de nós.
O tempo atual exige de nós a capacidade de atravessarmos as limitações humanas, exige que sejamos capazes de abraçar o sobre-humano.

Vivemos, todos, imersos em ilusões.
Olhamos para fora, e as acreditamos reais.
E sofremos.

Feche os olhos.

Apenas por um instante.
Olhe para dentro e "sinta".
Sinta a beleza do seu coração, que flui como um rio transparente, de força inesgotável.
Sinta esse rio serpenteando, levando VIDA por onde passa, fazendo com que flores desabrochem, pássaros voem, árvores vicejem.
Sinta o aroma dos girassóis em flor, a suavidade da pelagem dos pequenos animais, o som do vento atravessando as verdes folhas de árvores anciãs.

Olhe para cima e sinta...
Veja o céu.
Azul.
Límpido.
Puro como o Amor do Todo.

Essa é a realidade, e você só a encontra DENTRO de si mesmo.

Esse é seu refúgio, sua fortaleza, seu verdadeiro lar.

VOLTE PARA CASA.

Entregue-se aos braços da única coisa real nesta nossa vida: o Amor que lhe habita.

Lá, e apenas lá, você encontrará a cura e a paz que almeja.

Lá, tudo já é.

Com imenso amor
?
Patricia Gebrim

A espiral dá mais uma volta.
Antigas paragens são revisitadas.
Escrevo aos que estão tendo a coragem de tirar as vendas dos olhos.

Por mais que alguns de nós olhem ao redor e vejam, com surpreendente clareza, as peças de um imenso quebra-cabeças se encaixando, é preciso compreender que cada um tem seu tempo.

Há os que estão tão imersos em suas bolhas individuais que sequer suspeitam da aproximação de uma tempestade. Esses são os alienados, reféns de uma espécie de ingenuidade cega que os coloca em riscos que não conseguem sequer perceber.

Há os que já percebem a nuvem se aproximar, mas preferem fingir que não a veem. Muitos são boas almas, tomadas pelo medo.

Há os que sabem da tormenta, mas tentam distrair os outros para que não a percebam, pois têm um estoque de guarda-chuvas a vender aos desavisados. Esses são os gananciosos, sedentos por poder.

Há os que percebem a aproximação de algo, mas ficam tão seduzidos em explicar em detalhes o fenômeno, que acabam sendo confundidos e se perdendo de si mesmos.

E há os que percebem a nuvem chegando, procuram um abrigo, ajudam os que assim permitem e se mantêm conectados a seus Eus Superiores, cientes de que essa conexão é A ÚNICA SEGURANÇA REAL a que temos acesso.

É preciso compreender que cada um está onde pode estar.

Foque em si mesmo.
Ouça sua própria voz.
Tenha coragem para olhar ao redor.
Esconder-se sob o cobertor é para crianças, e este tempo que vivemos só se dobra a adultos.

Você tem um papel neste teatro chamado vida.

Cumpra-o com coragem.

Com amor
?
Patricia Gebrim

Quanto mais as forças da escuridão se manifestam, mais FORTES precisamos ser. Mais precisamos acreditar na LUZ que pulsa em cada fibra do nosso Ser.

Vivemos um momento distópico, marcado por atitudes anômalas, difíceis de compreender, ao menos para aqueles de nós que mantêm os corações abertos, conectados à Fonte Criadora de tudo o que existe.

A armadilha é que estes, os puros, se deixem ser carregados para as escuras zonas da vitimização, do medo, da depressão.
Não podemos permitir isso.

É compreensível certa tristeza ao ver tanta falta de consciência neste mundo. Mas é preciso que sejamos fortes. Que olhemos ATRAVÉS desse filme sombrio que se desenrola ao nosso redor e, SEM LHE EMPRESTAR PODER, que sejamos pilares de luz neste momento.

Isso começa por nos mantermos inteiros, confiantes de que há um sentido maior para tudo.
É preciso que nos coloquemos à disposição da luz, emprestando nossos corações para que o sopro do AMOR divino flua através de nós e apague as chamas da ignorância, da ganância, dos abusos e da absoluta falta de empatia que aflorou em tantos de nós, perdidos que estão em um mar de ilusões.

Finquemos com firmeza nossos pés no chão, guiados por essa força maior que tudo pode, e emprestemos a ela, e a ninguém mais, nossa energia!

Que os lamentos se dissolvam no cântico de vida que brota de dentro de nós, que se torna mais e mais forte, não importa o que passe em frente a nossos olhos.

Que vejamos beleza, unidade, força, coragem e amor, e que nossa DETERMINAÇÃO se transforme em uma chuva de bênçãos que restaure a harmonia ao nosso redor.

FORÇA!

Com infinito amor
?
Patricia Gebrim

Por muito tempo, eu me senti guiada a compartilhar, de maneira muito intensa, uma série de ideias que me visitavam, às vezes nos momentos menos esperados. Alguns de meus textos foram escritos enquanto eu estava em uma fila de supermercado, ou em momentos de insônia. O fato é que eu sempre me entreguei a isso, a escrita fluía leve, eu mal conseguia acompanhar a velocidade com que as ideias surgiam em minha mente.

Nos últimos tempos, no entanto, algo diferente tem ocorrido.
Eu tenho recebido um forte impulso em focar em mim mesma.
Confesso que estranhei isso, e nos últimos tempos tenho meditado e refletido sobre essa mudança.

Compreendi que todos nós, os que servem à luz, precisamos aprender a cuidar de nós mesmos.
É comum que muitos de nós, movidos por corações generosos, partamos na direção do mundo com a melhor das intenções, tentando tornar tudo melhor.

No entanto, compreendam isso: às vezes é preciso dar um passo atrás.

Amar a nós mesmos, honrar nossos limites, recuperar o equilíbrio, a alegria, a saúde.
Todos nós somos como taças mágicas, das quais verte um elixir sagrado, capaz de curar tudo: Esse elixir é O AMOR.
Apenas precisamos deixar que ele encha nossas taças ao ponto de transbordar. Aqui estamos, para esse transbordar, entendem?

Assim, confie e aprenda a ouvir e honrar os pedidos de sua alma. Aprenda a entregar-se à ação quando necessário, mas também a recolher-se e amar a si mesmo nos momentos em que precisar recuperar suas forças.

Tudo passa.
Novos desafios virão, e estaremos JUNTOS.
Inteiros.
Fortalecidos.
Unidos ao nosso Eu Superior.

Com amor
?
Patricia Gebrim

Muitos de vocês devem, como eu, estar olhando ao redor e sentindo uma espécie de estranhamento neste mundo, uma absoluta falta de identificação com aquilo que move a maioria das pessoas.
Hoje, compreendo que é natural nos sentirmos assim quando fazemos a escolha de priorizar o mundo interno ao invés do externo.

Já faz algum tempo que não me reconheço nos caminhos que a maioria das pessoas trilha, inclusive já escrevi sobre isso.
É comum que, num primeiro momento, ainda com nossa visão distorcida por uma falta de maturidade, permitamo-nos crer que o nosso caminho, por ser interno e mais sutil, talvez seja mais nobre, mais elevado. Apoiados por essa visão equivocada, tendemos a julgar de forma negativa aqueles que permanecem entregues à matéria, aos prazeres, aos apegos, às ideologias e aos inúmeros graus de separatividade deste mundo.

Mas, se conseguirmos não ser absorvidos por essa camada ilusória, se formos ALÉM, na direção da sabedoria de que o outro é parte de nós, esse julgamento se dissolverá na compreensão de que "cada um está exatamente onde deveria estar."

Chega um momento na vida em que finalmente paramos de olhar para "o outro", suas escolhas, suas crenças, seus caminhos, e nos concentramos em NÓS MESMOS, na única jornada que nos foi destinada: nossa jornada em direção ao sagrado.

Já não faz sentido ficar olhando para fora, acusando, apontando falhas, sempre tentando consertar, curar ou salvar o mundo ao nosso redor.

Podemos sim, e devemos, ajudar quem nos pede ajuda, compartilhar o que vemos com quem se interessa em saber. Mas JAMAIS invadir ou querer determinar ou impor o que é certo e errado, mesmo se acreditarmos que o caminho escolhido por alguém possa levá-lo ao sofrimento, à dor.

O amor jamais desrespeita o livre-arbítrio.

O verdadeiro amor permite, respeita, não força, não invade. Não apressa nem julga.

Amor é o que liberta.

?
Patricia Gebrim

Desde que comecei a escrever nas redes sociais, nunca passei um tempo tão longo em silêncio.

Hoje refleti a respeito disso, perguntando a mim mesma "ao que estaria relacionada essa estranha falta de palavras que me acometeu?"

Como já tinha lhes dito, estou num momento exaustivo, mas hoje percebi que há, em meu silêncio, mais do que cansaço.
Sinto que estamos sobrecarregados de tanto "falar". São teorias e mais teorias sobre absolutamente tudo.
A Internet e suas ramificações sociais se transformou numa espécie de torre de babel, criando mais e mais divisões entre os homens, não por ter sido assim planejada, mas pela forma como a estamos utilizando.

Até quando será assim?
Aonde chegaremos, se persistirmos nesse caminho?

Não creio que as redes sociais em si sejam o problema. Mas, para que seu melhor uso se desse, deveríamos acessar essa imensa fonte de informações munidos de algumas ferramentas indispensáveis, que andam escassas nos dias atuais:

Discernimento, equilíbrio, humildade, respeito.

Não sei como isso afeta vocês, mas entre tantas vozes, ando sentindo falta de silêncio, para que eu possa ouvir minha própria voz.
Ando sentindo falta de tempo, para estar em minha real companhia.
Sentindo falta de conexões reais, aquelas em que somos capazes de ouvir uns aos outros.

Eis-me então aqui, neste momento, mais quieta.

Isso não me preocupa.
Não houve um dia sequer que eu tenha escrito um texto apenas para agradar um algoritmo.

Esse é o meu compromisso com vocês, e com minha própria alma.

Ser o mais verdadeira que for capaz .

Acredito que todos estamos a serviço de algo maior.
É à essa força, e somente a ela, que entrego minhas escolhas, meu tempo e minha voz.
É por sua inspiração que me rendo às palavras.
É em seu nome que entrego meu poder, e me coloco à serviço.

Que as palavras, as minhas ou as suas, sejam uma entrega, um ato de amor.

Jamais um "meio".

Com amor,
?
Patricia Gebrim

Muitos de nós falamos tanto sobre espiritualidade, sobre coisas bonitas, sobre luz e amor, mas não as praticamos.
Nem sempre isso ocorre por uma escolha consciente.
Simplesmente não nos damos conta do poder que possuímos, nos esquecemos de usá-los.

Quer alguns exemplos?

Às vezes você pode estar em um conflito com uma pessoa, e a comunicação fica dificultada, pois a pessoa não consegue abrir-se para sequer ouvir o que você teria a dizer. Ou você não se sente com equilíbrio para se comunicar de forma adequada.
Nesse caso, você já se deu conta de que poderia fechar os olhos, ir a seu mundo interno e ter essa conversa com a essência dessa pessoa, na vibração mais elevada e amorosa possível? Dizer a ela como se sente, como percebe a coisas. Enviar amor. Sugerir paz...

Outro exemplo...
Você precisa tomar uma decisão e não sabe por onde seguir.
Você tem mergulhado em si mesmo e conversado com o sábio que habita seu ser? Pedindo direcionamento, clareza, ou até um sinal?
Sem perguntar você não receberá respostas.

Ainda outro exemplo.
Você adoece. Então procura médicos, toma remédios... Mas se esquece de também conversar com seu próprio corpo, perguntar "a si mesmo" do que precisa para melhorar. Perguntar o motivo de ter adoecido.

Espiritualidade não pode ser um conceito. Precisa ser prática.

Com amor,
?
Patricia Gebrim