«Alguns dos nossos já sabem – mas não sabiam – que o sinal fundamental, o signum magnum desta mudança abissal na história deste mundo, anunciada por Joseph de Maistre, nada mais é do que o início da construção, tanto histórica quanto supra-histórica, deste Imperium Ultimum, condição preliminar para o advento do Regnum Sanctum, para o qual forças consideráveis estão atualmente trabalhando, preparando-lhe os caminhos, revolucionários e imperiais, tanto no visível quanto no invisível, no espaço interno e secreto da história onde se tomam as grandes decisões do destino.

O Imperium Ultimum poderá, então, ser identificado com o projeto revolucionário imperial de caráter grão-continental e planetário de um certo gaullismo transcendental, oculto, ainda mantido estrategicamente na sombra; o projeto daquilo que chamamos de Império Eurasiano do Fim. Um projeto cujo "conceito absoluto" parece ter sido, e permanecerá até o fim, a figura já supra-histórica de Charles de Gaulle, tanto em sua trajetória político-histórica própria quanto nas dimensões ainda desconhecidas, noturnas, de sua personalidade oculta e de seu "grande desígnio" secreto, um "grande desígnio" imperial planetário que apela à sua visão mística do Regnum Sanctum, no qual aquele encontrará sua realização final, sua afirmação suprema.»

— Jean Parvulesco

«A beleza feminina é uma força social poderosa – mais poderosa que o dinheiro, mais poderosa que a força física ou a perspicácia intelectual. Os troianos foram destruídos pela beleza de Helena, Dante redimido pela beleza de Beatriz, a Grã-Bretanha do pós-guerra restaurada pela beleza da jovem rainha Elizabeth. Por isso, temos admiração pela beleza feminina e relutamos em vê-la como um bem físico, ou em permitir que seja comercializada por seu valor financeiro.

A beleza é um símbolo do ideal. Ela não pode ser possuída ou consumida, assim como uma melodia na música não pode ser possuída ou consumida pelo ouvinte. Ela é para sempre inassimilável, uma marca do significado inerente e da finalidade da vida humana. Na presença da beleza, portanto, somos inclinados a adorar, a venerar, a sacrificar. Por essa razão, a beleza é um estímulo poderoso para o casamento, e mulheres bonitas que se casam prestam um serviço duradouro ao seu sexo. Elas deixam de ser concorrentes e, ao mesmo tempo, dão o exemplo. Todas as mulheres podem ter esperança nelas, sabendo que, na luz que brilha de um rosto que é belo e devotado, elas também podem exibir algum brilho refletido.»

— Roger Scruton

«Deus não nos pedirá contas pelas batalhas vencidas, mas pelas cicatrizes da luta.»

— Leonardo Castellani

«Ousadia governada por um intelecto superior é a marca de um herói.»

— Carl von Clausewitz

«A vida não passa de um sonho do inanimado, e o objetivo de toda a vida é a morte.»

— Sigmund Freud

Aleksandr Dugin — Os orientalistas na Rússia

«Pensemos porque existem orientalistas na Rússia, mas não ocidentalistas, e esta mesma palavra nos parece desajeitada e inadequada. Porque estamos habituados a considerar o Oriente como um objeto, mas o Ocidente como um sujeito.

O Ocidente não é o que se estuda, mas sim quem estuda. O Ocidente age através de nós, penetra na nossa consciência científica. Esforçamo-nos por ver tudo através dos seus olhos, aceitamos os seus métodos, critérios e ensinamentos como universais e geralmente vinculativos. Obviamente, tal atitude é falha, pois priva a ciência russa da sua subjetividade e, por defeito, transforma o nosso país num Centro-Oeste, Suboeste, uma identidade que está sempre a alcançar o Ocidente.

Portanto, os estudos ocidentais são necessários hoje. Talvez o termo “Ocidentologia” seja mais eufônico. Mas o significado é o mesmo. Devemos estudar o Ocidente como um objeto. Simétrico para o Oriente. E nós mesmos devemos ser o sujeito. Sujeito russo. E o conhecimento da Rússia e de tudo o que é russo é o conhecimento de si mesmo. Enquanto o conhecimento do Ocidente e do Oriente é o conhecimento do Outro, significativo, mas sempre do Outro. E nada que alcance. Podemos adotar algumas coisas tanto do Ocidente como do Oriente, mas primeiro pensemos, avaliemos e correlacionemos cuidadosamente com os nossos próprios valores tradicionais.»

— Aleksandr Dugin

«Viver perto de um verdadeiro poeta é sentir o sangue fluir, sonhar com um paraíso de anemia e ouvir o sussurro das lágrimas nas veias.»

— Emil Cioran

«O Ocidente promoveu uma visão globalista do mundo com uma única dimensão. Segundo o multipolarismo e a Quarta Teoria Política, porém, não existe apenas uma civilização, mas muitas civilizações diferentes e independentes cujo desenvolvimento não é comparável. Não podemos, portanto julgar uma como melhor ou pior que a outra. É por isso que a Quarta Teoria Política e o multipolarismo não reconhecem uma história universal válida para todos os povos e culturas, na medida em que não reconhecem a validade de um único Estado globalista que governe todos os povos e culturas como as elites ocidentais gostariam.»

— Aleksandr Dugin