https://youtu.be/pUb3HfhGU3E?si=ZQbWG138rUvaVJlS

Romanos 12: Santidade, amor e culto racional | Reflexão: Pr. Michelson Borges

“Não vivam conforme os padrões deste mundo, mas deixem que Deus os transforme pela renovação da mente, para que possam experimentar qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Romanos 12:2

Romanos 12 apresenta um chamado profundo à transformação espiritual e prática da vida cristã. O apóstolo Paulo começa enfatizando que nosso corpo não nos pertence, mas deve ser oferecido a Deus como sacrifício vivo, santo e agradável. Isso implica viver em santidade, com nossas ações e escolhas refletindo o compromisso com o Criador. Essa entrega é uma forma de adoração racional, pautada pela razão e pelo entendimento, em vez de sentimentalismo vazio ou formalismos religiosos.

A transformação pela renovação da mente é central nesse capítulo. Paulo nos desafia a não nos conformarmos com os padrões deste mundo, que frequentemente promovem egoísmo, vaidade e superficialidade. Em vez disso, devemos moldar a mente pela Palavra de Deus, permitindo que ela renove nossos pensamentos, valores e atitudes. Isso requer atenção ao que consumimos, seja no que lemos, ouvimos ou assistimos, pois esses conteúdos influenciam diretamente nossa forma de pensar. A leitura diária da Bíblia é apresentada como a melhor forma de preservar a mente contra os enganos do mundo e discernir a perfeita vontade de Deus.

Outro ponto crucial é a humildade. Paulo nos adverte a não pensar de nós mesmos além do que convém. Em outras palavras: “Não fique se achando!” A verdadeira sabedoria está em reconhecer nossas limitações e em viver em harmonia com os outros. No corpo de Cristo, todos os dons são importantes, e cada pessoa tem um papel valioso na obra de Deus. Independentemente do dom que possuímos, devemos usá-lo com dedicação e excelência.

Paulo também apresenta uma série de conselhos práticos para uma vida cristã autêntica. Amar sinceramente, detestar o mal, valorizar os outros, ser paciente na tribulação, perseverar na oração e demonstrar hospitalidade são marcas de um seguidor de Cristo. Além disso, ele nos chama à empatia, à bondade e à busca pela paz com todos, mesmo com os nossos inimigos. Quando tratamos aqueles que nos prejudicam com bondade, não apenas desarmamos o ódio, mas permitimos que Deus atue em Sua justiça, enquanto mantemos o coração em paz.

Por fim, o apóstolo conclui com uma verdade poderosa: “Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem.” Essa instrução nos desafia a romper o ciclo da maldade com atitudes de amor e justiça, refletindo o caráter de Cristo em nossas ações.

Promessa: Romanos 12 nos convida a uma vida de total entrega a Deus, em que cada aspecto de nossa existência – corpo, mente, dons e atitudes – é transformado e alinhado com a vontade divina. Assim, podemos ser agentes de luz em um mundo obscurecido pela maldade, vencendo o mal com o bem.

https://michelsonborges.wordpress.com/2024/11/29/eu-nao-tinha-ideia-de-que-beber-socialmente-prejudicaria-meu-figado-aos-31-anos/

https://youtu.be/o8HsnYjKzk4?si=AyIHLWLHJLNUbgX_

Romanos 5: Justificados e em paz com Deus | Reflexão: Pr. Michelson Borges

“ Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio do nosso Senhor Jesus Cristo.” Romanos 5:1

Romanos 5 apresenta uma rica compreensão da graça e do amor de Deus. O perdão que recebemos por meio de Cristo não apenas restaura nossa comunhão com Deus, mas traz paz ao coração (v. 1). Essa paz nasce da certeza da salvação, da consciência limpa e do acesso ao trono da graça, o qual nos foi concedido por Jesus, nosso mediador (v. 2). Ele é a ponte que nos reconcilia com Deus, superando o abismo que o pecado criou (v. 11).

Ao viver neste mundo marcado pelo pecado, somos constantemente desafiados por tribulações. Porém, Paulo nos lembra de que nenhum sofrimento é em vão. Tribulações produzem perseverança, a perseverança gera experiência, e a experiência alimenta nossa esperança (v. 3, 4). Assim, Deus utiliza até os momentos difíceis para purificar nosso caráter e nos tornar mais fortes, preparando-nos para a vida eterna.

O amor de Deus se manifesta de forma inigualável em Jesus Cristo. Ele morreu por nós quando ainda éramos pecadores (v. 8). Isso revela um amor incondicional, que não depende de nosso merecimento. Mais do que isso, o Espírito Santo derrama esse amor em nosso coração, guiando-nos e transformando-nos continuamente (v. 5).

Paulo enfatiza a realidade do pecado ao falar de Adão (que ele considerava um personagem real). Por meio dele, a humanidade tornou-se mortal, herdando a corrupção e a inclinação ao pecado (v. 12). No entanto, se por um homem entrou o pecado, por outro homem, Cristo, entraram a graça e a justiça. Ele, que nunca pecou, tomou o nosso lugar na cruz e venceu a morte que merecíamos (v. 12, 21). Onde o pecado abundou, a graça de Deus superabundou (v. 20).

Em suma, o capítulo reforça que nossa salvação e reconciliação com Deus são obra exclusiva de Sua graça. Cristo não só nos justificou, mas também nos garantiu vida eterna pela graça e pela justiça que nos foram dadas gratuitamente (v. 21). Que essa esperança nos inspire a viver com gratidão, obediência e confiança no amor inabalável de Deus.

Promessa: Adão, o pai da humanidade, pelo pecado nos legou corrupção, mortalidade e alienação de Deus. Em Jesus, o segundo Adão sem pecado nem mácula, encontramos perdão, justificação e paz com o Criador.

Atos 27: As tempestades da vida | Reflexão: Pr. Michelson Borges

“Senhores, tenham coragem! Pois eu confio em Deus que tudo vai acontecer conforme me foi dito.” Atos 27:25

Em Atos 27, Paulo, preso e a caminho de Roma, enfrenta uma tempestade seguida de naufrágio, o que simboliza bem os desafios que enfrentamos na vida. Lucas, com seu cuidado nos detalhes e precisão geográfica, não apenas registra um relato histórico, mas nos conduz a uma reflexão espiritual profunda.

Paulo, ainda que prisioneiro, revela-se como líder espiritual, alguém que confia plenamente em Deus e cuja fé inabalável o torna um farol de esperança para os outros. Mesmo nas mãos de soldados e sob condições adversas, ele demonstra que aqueles que pertencem ao Criador nunca estão sozinhos, pois Sua presença nos acompanha em todos os momentos. A figura de Júlio, o soldado que cuida de Paulo, nos lembra de que o Senhor frequentemente usa pessoas ao nosso redor – mesmo as inesperadas – para cumprir Seu propósito em nossa vida.

Um dos grandes ensinamentos desse capítulo é o contraste entre a sabedoria humana e a orientação divina. Paulo, ao aconselhar que não navegassem devido ao perigo iminente, foi inicialmente ignorado, e suas palavras foram desprezadas em favor das opiniões de “especialistas”. Esse desprezo, no entanto, levou à tempestade e ao sofrimento, mostrando que, quando ignoramos conselhos de uma pessoa de Deus, muitas vezes enfrentamos dificuldades que poderiam ser evitadas.

Esta é uma lição atemporal: embora a opinião da maioria possa parecer convincente e as evidências pareçam favorecer a lógica humana, a palavra de Deus permanece inabalável e verdadeira. A confiança de Paulo na promessa divina – “Creio em Deus que acontecerá do modo como me foi dito” – destaca a importância de uma fé firme em meio às incertezas. A confiança Dele não era fundamentada em circunstâncias visíveis, mas na certeza de que o Senhor é fiel às Suas promessas.

Conforme a situação no navio se agrava, vemos uma mudança de atitude: os soldados e tripulantes passaram a seguir as palavras de Paulo. Eles aliviaram o peso do navio, focando no essencial para garantir a sobrevivência – uma metáfora para a necessidade de deixar para trás o supérfluo em nossa vida espiritual e priorizar o que realmente importa.

Paulo, ao orar e dar graças a Deus diante de todos, nos ensina a importância de testemunhar publicamente nossa fé, especialmente em momentos de dificuldade. Ele demonstrou que, mesmo em meio à crise, é possível encontrar motivos para louvar ao Senhor e inspirar os outros.

No fim, todos chegam a salvo, reforçando que obedecer à orientação divina e confiar nos planos de Deus nos conduz ao porto seguro.

Promessa: Atos 27 nos desafia a colocar a confiança em Deus, a valorizar os conselhos proféticos e a viver com fé e obediência, certos de que, mesmo nas tempestades, a mão do Criador nos guiará até o Porto Seguro.