Se entrar sujeira em sua casa, jogue-a fora imediatamente sem perguntar de onde veio. Se pensamentos de condenação penetrarem em sua mente, não pergunte se estão certos ou errados. Eles não são nada além de sujeira.

• São Silouan, o Athonita.

O desânimo não permite que aquele que cai se levante, e a preguiça derruba aquele que é reto. Esta última nos priva constantemente dos bens que ganhamos, não nos permite escapar dos males que estão por vir. A preguiça nos derruba até mesmo do céu, enquanto o desânimo nos derruba até mesmo no abismo da maldade. De fato, podemos voltar rapidamente de lá se não ficarmos desanimados.

• São João Crisóstomo
  ("Homilia 1: Quando ele voltou do campo")

As dificuldades enfrentadas todos os dias pelas pessoas no século servem como sua "regra monástica", e é por meio das dificuldades que elas são purificadas. Essas dificuldades fazem muito mais bem às pessoas do que qualquer vida fácil e mundana, que não as ajuda nem a se aproximar de Deus nem a acumular uma recompensa celestial. É por isso que as pessoas devem aceitar essas dificuldades como presentes de Deus.

• São Paísios o Atonita

CULPANDO OS OUTROS
Colocando a culpa no lugar certo.

"Um homem humilde e espiritualmente ativo, ao ler as Sagradas Escrituras, atribuirá tudo a si mesmo e não ao outro." São Marcos, o Asceta.

Todos nós temos uma tendência natural de colocar a culpa nos outros, quando, na verdade, devemos culpar apenas a nós mesmos. Ao enfrentarmos nossos próprios pecados e falhas, é sempre fácil colocar a culpa nos outros, mas nossa fé nos diz que o progresso espiritual só pode vir com a aquisição de um coração humilde e contrito. Enquanto estivermos ansiosos para culpar os outros por nossas falhas, permaneceremos estagnados no caminho espiritual. Os santos dão um testemunho claro de que o progresso em direção à santidade só pode ocorrer quando olhamos apenas para nossas próprias falhas e não vemos as falhas dos outros.

É muito mais cômodo ver a maldade dos outros, pois, ao nos concentrarmos neles, podemos renunciar ao trabalho importantíssimo de mudar nosso próprio comportamento e permitir que o Espírito Santo transforme nossa própria natureza decaída. Concentrar-se nas deficiências dos outros permite que nosso orgulho egoísta se fortaleça, e permanecemos ensoberbecidos e atolados em um orgulho infundado.

Quando mantemos nossa atenção concentrada em nossas próprias falhas, permanecemos vigilantes até o Último Dia, guardando nossa alma até o Julgamento Final. Quando tiramos os olhos de nossas próprias falhas e nos concentramos no pecado do próximo, nos privamos de um tempo precioso para o arrependimento. Como não sabemos o dia ou a hora de nosso último suspiro, devemos tratar cada momento como se fosse o último.

Com amor em Cristo,

• Abade Tryphon