PARADOXO DA CONFIANÇA TECNOLÓGICA

A Inteligência artificial está gestando sua própria negação. Sua evolução é o desenvolvimento de um paradoxo, que a levará à sua inutilidade como reprodutora da realidade.

Uma das funções mais importantes da tecnologia gráfica é reproduzir, com fidelidade, a realidade. Espera-se que um vídeo mostre aquilo que a câmera captou no mundo; que uma foto seja a cópia fiel dos elementos que existem na vida.

Até hoje, temos conseguido, razoavelmente, identificar as manipulações, distinguindo a reprodução fiel da realidade da sua distorção, a replicação exata dos fatos da mera construção artificial.

No entanto, essa tecnologia de imitação está se aproximando da perfeição. Ela está emulando a realidade com tanta fidelidade que a diferença entre o real e o artificial está se tornando indiscernível.

Quando, então, essa indistinção se tornar definitiva, chegaremos naquilo que eu chamo de paradoxo da confiança tecnológica. Quando o real for indiscernível da sua imitação, os meios de reprodução já não mais se prestarão a reproduzir nada, pelo simples fato de não se poder saber se eles estão reproduzindo ou imitando.

Quando chegar nesse estágio, os vídeos e as fotos ─ além dos áudios ─ já não nos transmitirão nenhuma evidência, pois não haverá segurança alguma de que eles estão nos mostrando algo verdadeiro. Os meios de reprodução já não se prestarão a reproduzir, não por não serem capazes, mas por não serem mais confiáveis.

A tecnologia, então, será vista como um mundo à parte, um mundo de imitação, de fantasia, de ficção, de sonho e não mais como reflexo da realidade.

Chegará ao ponto de, se nós quisermos ter certeza de que algo é real, de que algo aconteceu de fato, só poderemos confiar no velho mundo analógico, ou seja, nos nossos próprios olhos – e nisto residirá o seu paradoxo: a tecnologia trazendo-nos de volta para o mundo real.

Saiu mais uma aula do meu curso PERSONALIDADE FILOSÓFICA, disponível para os alunos aprendizes da minha Oficina de Filosofia. Nessa aula, comento a primeira sentença de Aristóteles no seu livro Metafísica. Para ter acesso a esse curso e outros, torne-se membro acessando o meu site https://tinyurl.com/26no487x

Pessoal, daqui a pouco, às 20h, eu vou fazer uma live com o professor Marcelo Gonzaga, falando sobre o desenvolvimento da inteligência nos dias atuais. Espero vocês por lá e aproveitem para fazer perguntas.

O meu perfil no instagram é https://www.instagram.com/professorfabioblanco/

Olá! No dia 1º de Maio, os professores Fabio Blanco e Marcelo Gonzaga irão oferecer um seminário presencial em Santos.

O tema é: COMO SER INTELIGENTE NOS DIAS ATUAIS.

Todo mundo quer ser inteligente e sabe que, para isso, é preciso ler e estudar. Porém, os modelos de vida intelectual apresentados por aí costumam ser artificiais e intimidadores.

A impressão que se tem é que ter uma vida dedicada às questões intelectuais é incompatível com um cotidiano comum e reservada apenas para alguns tipos específicos de pessoas.

Porém, os professores Fabio e Marcelo defendem que não apenas é possível ter uma vida inteligente em meio ao cotidiano ordinário como desenvolvê-la é uma obrigação de todos.

Por isso, neste seminário, eles promoverão uma reflexão sobre as possibilidades de vivências intelectuais e como adaptar uma rotina de estudos ao nosso dia-a-dia comum, ou seja, como ser inteligente sem precisar negar a própria vida.

O seminário será no dia 1º DE MAIO, das 9h às 17h, no NEC, em Santos.

O valor da inscrição é de R$ 250,00

Para efetuar sua matrícula ou ter mais informações, acesse https://tinyurl.com/2ca3mt2q

O sistema econômico capitalista não é determinado nem pelo empresário que investe, nem pelo trabalhador que produz; o sistema econômico capitalista é orientado pelo cliente que consome.

O que eu quero dizer é que é o cliente, em última instância, que estabelece a relação entre o preço e a qualidade de um produto ou serviço; é ele quem informa ao empresário, através do seu comportamento, o quanto ele está disposto a pagar pelo que está sendo oferecido.

Por isso, planificar o sistema capitalista é impossível, porque é impossível prever, antes de colocar o produto no mercado, o quanto as pessoas estão dispostas a pagar por ele, ou seja, é impossível prever exatamente o comportemeto do consumidor.

Não é por acaso que sempre que se tenta dirigir o mercado, através da burocracia estatal, o resultado são as crises e as carências. Aliás, não tem como ser diferente, afinal, o fundamento do próprio sistema, que é o comportameto do consumidor dirigindo a economia, foi quebrado.

A missão da filosofia é simplificar o complicado, tornar conhecido o misterioso, fazer familiar o estranho. O mundo, nas mãos da filosofia, deveria se tornar um lugar mais inteligível. Por esse motivo, ela é o exato oposto de qualquer tipo de esoterismo, que é caracterizado por complicar para selecionar seus integrantes, enquanto a filosofia descomplica para abranger.

Um pensamento filosófico precisa sempre considerar que a existência é complexa, às vezes contraditória e, em diversos aspectos, obscura. Ao ignorar essas características, o pensamento acaba entrando em conflito com o real, forçando-o a se encaixar dentro da teoria, quando o certo seria que a teoria se adaptasse a ele. É isso, por exemplo, que costumam fazer as ideologias: distorcem a realidade em favor de uma ideia, criando um conceito sobre tudo, ignorando a realidade do mundo. E não podemos esquecer que muitas ideologias surgiram, exatamente, como filosofias. Por isso, um bom filósofo, que não queira cair no erro ideológico, precisa ser escravo da realidade, ou seja, ele precisa ser completamente fiel não às suas próprias ideias, mas ao que as coisas são de fato.

Há um tempo atrás eu escrevi um livro chamado "Por que somos preguiçosos". Veja que eu não fiz uma pergunta. Eu afirmei: "somos preguiçosos".

Isso porque eu entendi que a "preguiça" faz parte da nossa natureza.

No entanto, se quisermos realizar algo de relevante, não podemos aceitar a natureza como ela é. Por isso, precisamos estabelecer a nossa "força de vontade".

Com base nisso, montei uma aula chamada "Reflexões sobre a Preguiça e a Força de Vontade", no qual eu conduzo os alunos à pensarem sobre esse aspecto do nosso comportamento e como trabalhá-lo a nosso favor.

A aula será, AO VIVO, pelo Zoom, no sábado, dia 24/02, às 15h.

A inscrição é R$ 65,00.

Não haverá gravação, pois quero que seja uma reunião livre, na qual todos se sintam à vontade para falar e perguntar.

Tem interesse? Inscreva-se por aqui: https://mpago.la/2kMeJiK

Diferenças entre Filosofia e Teologia