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A intelectualidade contemporânea tende a imaginar que suas preocupações são únicas na história. Para ela, os pensadores antigos, em especial os pré-socráticos, tendem a ser vistos como intelectuais primitivos, discutindo assuntos primitivos. Estudam-nos, é verdade, mas como personagens interessantes da história da filosofia, não como intelectuais relevantes para o esclarecimento das questões atuais.
Tal desprezo, porém, ignora a profunda contribuição que os pré-socráticos deram ao desenvolvimento do pensamento ocidental.
A verdade é que nos pensadores pré-socráticos já estavam delineadas praticamente todas as vertentes que iriam dividir o debate filosófico até hoje.Tanto que encontramos neles características que nos acostumamos a identificar como sendo típicas dos pensadores modernos, tais como a investigação da natureza em si mesma, a busca pelas leis subjacentes aos processos naturais, uma explicação natural para as origens do cosmos, o uso do cálculo e do raciocínio na previsão dos fenômenos naturais, o esforço por oferecer uma explicação racional da realidade, o surgimento de um materialismo e de um cientificismo.
Além disso, algumas formas de atuação, que nos parecem típicas dos intelectuais atuais, já se manifestaram naquele período, como o pensador racionalista abstrato, o cético sem proposição, a mentalidade cientificista, o filósofo terapeuta, o intelectual charlatão, o líder esotérico, o mentor para o desenvolvimento da excelência, o orador motivacional, o persuasor sem conteúdo e o instrutor remunerado.
A verdade é que nos pré-socráticos encontram-se o germe daquilo que iria delinear todo o a intelectualidade ocidental posterior, até hoje.
Por isso, se nós quisermos entender a mentalidade forjada no mundo ocidental, com suas características típicas e preocupações mais comuns, é essencial estudá-los, não apenas como uma curiosidade histórica, mas como uma forma de ampliarmos o entendimento sobre o pensamento que permeia o nosso próprio tempo. Para que, assim, olhando para os antigos, sejamos capazes de entender melhor a nós mesmos.
John Adams, um dos 'founding fathers' americanos, afirmou que a Constituição Americana "foi feita somente para um povo moral e religioso. Ela é completamente inadequada para o governo de qualquer outro".
O que ele queria dizer é que se os americanos fossem um povo amoral, aquelas leis seriam inócuas. Isso porque eram leis que, ao preocuparem-se primariamente com a preservação dos direitos e da liberdade das pessoas, pressupunham nelas uma virtude intrínseca.
A reflexão, porém, que eu faço é se o mesmo raciocínio não cabe em relação às nossas próprias leis, de nossos estados democráticos de direito.
Afinal, um ordenamento jurídico de um país democrático também pressupõe alguma boa-fé e moralidade de seu povo. Espera-se que, em geral, as pessoas se disponham a cumprir as leis. Se as leis pressupussessem que todas estão tentando violá-las, teriam de confessar que se tratam de regramentos para criminosos, não leis de uma democracia.
Assim, não apenas a Constituição de John Adams, mas as nossas constituições também são feitas, se não para um povo essencialmente moral e religioso, pelo menos para um povo que tenha alguma virtude. Até porque, se o próprio povo abrir mão de qualquer moralidade não haverá leis que dêem jeito.
Por exemplo, a nossa Constituição determina que um ministro do STF precisa ter "notável saber jurídico e reputação ilibada". Ao exigir tais qualidades, pressupõe que tais valores são identificáveis. No entanto, os senadores, que são os responsáveis por verificar a existência de tais requisitos, acabam fazendo um julgamento meramente político, baseado nos seus interesses políticos mais imediatos. Ou seja, quando não há virtude e nem o interesse por ela, a lei é inútil.
De qualquer forma, este é apenas um exemplo de como as regras, em um Estado de Direito, quando não são precedidas por um povo minimamente virtuoso, podem ser facilmente corrompidas.
Assim, só podemos chegar à conclusão de que uma sociedade minimamente saudável não pode depender apenas das leis para ordenar a si mesma, mas precisa possuir e defender valores que estejam acima e além delas.
Quase todo pensador moderno se vê, de alguma maneira, como um herdeiro do Iluminismo. Inclusive, esse sempre foi um motivo de orgulho. Querendo ou não, é certo que as ideias iluministas formataram o pensamento da intelectualidade ocidental. No entanto, quando se pensa em Iluminismo, logo a referência que nos vem à cabeça é o movimento dos philosophes franceses. Só que o iluminismo nem nasceu na França nem se restringe às ideias dos pensadores franceses.
Na verdade, o Iluminismo possui outras vertentes que não apenas se diferenciam das ideias francesas como oferecem outras perspectivas para as mesmas questões, como o problema da liberdade e da igualdade. Há um iluminismo britânico, um alemão e mesmo um americano 一 cada qual com suas características próprias, princípios próprios e oferecendo soluções próprias para os problemas tidos como vitais naquela época.
Por isso, no dia 19 de outubro, eu vou dar uma aula sobre OS ILUMINISMOS DO SÉCULO XVIII E SUA INFLUÊNCIA NA FORMAÇÃO DO MUNDO OCIDENTAL. O objetivo dessa aula será ajudá-los a entender quais são as fontes do pensamento contemporâneo e compreender que elas se encontram além da visão anti-eclesiástica e anti-monarquista do Iluminismo francês.
A aula será presencial e, ao mesmo tempo, pelo zoom. Quem quiser receber mais informações, basta cadastrar-se gratuitamente na minha Oficina de Filosofia Integral, CLICANDO AQUI.
Hoje em dia, diante da proliferação das chamadas "doenças da alma", como a depressão, a ansiedade e o esgotamento, muitos se apressam para encontrar suas causas nos elementos biológicos, como em desequilíbrios hormonais, celulares ou vitamínicos.
Sem negar, porém, a ocorrência desses desequilíbrios, lançar sobre eles a única razão para os transtornos psíquicos me parece apenas uma maneira bem sorrateira de não se observar os motivos comportamentais que podem estar contribuindo para que eles ocorram.
Enquanto tudo for culpa do desequilíbrio biológico, não sobra espaço para uma revisão séria do nosso estilo de vida e de nossas prioridades; tudo passa a ser resolvido apenas por remédios.
Só há um jeito de sobreviver a um mundo completamente alucinado e imerso em ilusões: não devendo nada para ele e não esperando nada dele.
Quando você despreza as ideologias mundanas e suas exigências, "ainda que mil caiam ao seu lado e dez mil morram ao seu redor, você não será atingido".
Será que somos capazes de mudar o nosso comportamento, superando as restrições impostas pelos nossos caracteres e temperamento?
Na aula que eu acabei de disponibilizar em minha Oficina de Filosofia, chamada Dominação da Natureza, falo sobre isso.
Esta é uma aula exclusiva para assinantes, mas estou deixando ela disponibilizada, por 24 horas, para alunos cadastrados.
Aproveite, CADASTRE-SE e assista esta e outras aulas para o mesmo nível de associação.
Gradatividade do Conhecimento
http://www.fabioblanco.com.br/gradatividade-do-conhecimento/
Fabio Blanco
Gradatividade do Conhecimento - Fabio Blanco
Desde os filósofos da Antiguidade, passando especialmente pelos escolásticos, o conhecimento foi entendido como uma adequação do pensamento à realidade. A realidade era a referência, o ponto de apoio em relação ao qual o pensamento deveria adequar-se. Nessa…
O objetivo de uma Filosofia Integral tem de ser capacitar o pensador a alcançar a existência em sua multiplicidade e considerar o ser humano em sua integralidade, não deixando, por preconceito, parcialidade ou medo, nada de fora.
Sou muito a favor de uma filosofia plena, que esteja aberta a se rever e a se questionar constantemente. Isso, porém, não significa que é preciso partir do zero, como uma tábula rasa, sem quaisquer convicções iniciais. Filosofar exige princípios, pois, sem eles, ficamos à deriva nesse oceano de possibilidades.
PARADOXO DA CONFIANÇA TECNOLÓGICA
A Inteligência artificial está gestando sua própria negação. Sua evolução é o desenvolvimento de um paradoxo, que a levará à sua inutilidade como reprodutora da realidade.
Uma das funções mais importantes da tecnologia gráfica é reproduzir, com fidelidade, a realidade. Espera-se que um vídeo mostre aquilo que a câmera captou no mundo; que uma foto seja a cópia fiel dos elementos que existem na vida.
Até hoje, temos conseguido, razoavelmente, identificar as manipulações, distinguindo a reprodução fiel da realidade da sua distorção, a replicação exata dos fatos da mera construção artificial.
No entanto, essa tecnologia de imitação está se aproximando da perfeição. Ela está emulando a realidade com tanta fidelidade que a diferença entre o real e o artificial está se tornando indiscernível.
Quando, então, essa indistinção se tornar definitiva, chegaremos naquilo que eu chamo de paradoxo da confiança tecnológica. Quando o real for indiscernível da sua imitação, os meios de reprodução já não mais se prestarão a reproduzir nada, pelo simples fato de não se poder saber se eles estão reproduzindo ou imitando.
Quando chegar nesse estágio, os vídeos e as fotos ─ além dos áudios ─ já não nos transmitirão nenhuma evidência, pois não haverá segurança alguma de que eles estão nos mostrando algo verdadeiro. Os meios de reprodução já não se prestarão a reproduzir, não por não serem capazes, mas por não serem mais confiáveis.
A tecnologia, então, será vista como um mundo à parte, um mundo de imitação, de fantasia, de ficção, de sonho e não mais como reflexo da realidade.
Chegará ao ponto de, se nós quisermos ter certeza de que algo é real, de que algo aconteceu de fato, só poderemos confiar no velho mundo analógico, ou seja, nos nossos próprios olhos – e nisto residirá o seu paradoxo: a tecnologia trazendo-nos de volta para o mundo real.
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