Nessa newsletter saiu hoje um interessante artigo bibliográfico e histórico sobre a figura de Amador Bueno da Ribeira. Recomendamos a sua leitura.

A classe política de São Paulo não pensa em São Paulo. Essa é uma triste evidência. Enquanto políticos de outros estados ignoram suas preferências partidárias e ideológicas em defesa dos interesses comuns, em São Paulo vale mais a briga partidária e ideológica, pois, pelo tamanho paulista e a evidência que proporciona, todo político Paulista pretende se catapultar para cargos do executivo, prefeito, governador e mesmo presidente. É uma estupidez homérica. Enquanto isso, perdem todos os paulistas. Se não querem falar em secessão, ou se não têm coragem, devem cobrar mais investimento federal em São Paulo, afinal, somos nós que pagamos a fatura. Vejamos senão alguns breves exemplos.

A obra do túnel entre Santos e Guarujá seria financiada apenas por recursos do governo federal. O governador Tarcísio, para obter louros eleitorais, exigiu que o governo estadual participasse da obra. Obra bilionária esta, orçada em mais de R$ 5 bilhões. São Paulo deixa de investir em outras áreas apenas porque o Tarcísio quer obter vantagens políticas. Dane-se o interesse paulista. Vale apenas o interesse político - eleitoral.

Outro exemplo que deveria ser dado por nossa classe política é buscar que o governo federal investisse em novos campus universitários dentro do território do estado paulista. Junto com a expansão universitária, expandir a rede de hospitais universitários federais aqui. Quem conhece, por exemplo, o Hospital São Paulo, mantido pela UNIFESP, sabe que este hospital de referência faz verdadeiros milagres administrativos, considerando os baixos aportes financeiros que o governo federal faz nele. É uma vergonha. E vergonha maior ainda é que os nossos parlamentares não briguem para que mais recursos federais sejam investidos nisso.

Tudo o que falamos aqui é uma contenção dos problemas. O certo é buscarmos a independência, mas, enquanto esse moroso processo ainda está em gestação, devemos buscar que o Governo Federal nos restitua uma parte maior do que nos rouba. Estamos falando de restituição, já que previamente nos foi tirado.

É preciso cobrar nossa classe política para que pressionem o governo federal a investir em São Paulo. Afinal, nós carregamos as finanças desse país nas costas.

7 de março de 1932 - Pedro de Toledo assume o Governo do Estado de São Paulo.

Cogitado desde fevereiro, nomeado oralmente no início de março, assume o Dr Pedro de Toledo a Interventoria de São Paulo, oficialmente, no dia 7 de março.
Na sede do Governo de São Paulo, Palácio dos Campos Elísios, à sua espera, toda a pompa das honras militares, com a presença numerosa de oficiais, de uma banda do 4º B.C, e um pelotão da Força Pública, que com suas fardas azuis debruadas de vermelho, formavam fila defronte do palácio para receber as autoridades que chegavam. Coronel Manuel Rabelo, Miguel Costa, Góes Monteiro, secretários, o chefe de polícia, altos funcionário;

O Dr. Pedro de Toledo, que chegaria a qualquer momento.
Pedro de Toledo, que era civil e paulista, vinha de sua casa do Rio de Janeiro, onde vivia tranquilamente há muitos anos, aposentado e longe da vida política, embora fosse um perrepista convicto, para assumir a interventoria de São Paulo, seria o delegado militar de Getúlio Vargas em São Paulo.
Por volta das 16 horas e 20 minutos, ouviu-se no jardim do palácio a banda do 4º B.C. tocar o hino nacional e todos voltam sua atenção para o lado de fora, era a chegada de Pedro de Toledo, que desembarca de um automóvel, acompanhado do seu secretariado. Pedro de Toledo vestia com simplicidade um jaquetão e calça simples.
Dirigiu-se par ao salão onde era esperado pelo Coronel Manuel Rabelo e secretariado. Ali chegando, o coronel Rabelo, dirigindo-se ao Dr Pedro de Toledo assim se expressou:

“De acordo com as ordens que recebi do chefe do Governo Provisório faço-vos entrega, Dr Pedro de Toledo, do governo do Estado de São Paulo. Deixo-vos o cargo completamente livre de empecilhos e na maior ordem.”

Após o discurso do Coronel Manuel Rabelo, Pedro de Toledo faz o uso da palavra:

“- Senhor Interventor! Minhas senhoras! Meus senhores! Ao receber de vossas mãos o exercício do cargo de Interventor, com que me honrou o ilustre chefe do governo provisório, julgo meu dever, antes de tudo, declarar-vos que faço com legítimo orgulho e íntima satisfação, porque nos traços gerais de vossa administração deixastes ao vosso sucessor um deposito sagrado de honradez, de energia e de prudência (...)”

Assim, assume a interventoria aquele que viria a ser o Governador dos paulistas de 32, dando integral apoio para a autonomia do Estado e o aval para fazerem a Revolução Constitucionalista de 1932.

**** Rodrigo Gutenberg (Sociedade de Veteranos de 1932).

https://veja.abril.com.br/coluna/radar/sp-bateu-recorde-de-investimento-em-centros-de-pesquisa-em-2023-diz-seade/

Dado muito importante. A FAPESP, paulista, é mais importante para a pesquisa científica do que a CAPES/CNPq, federal.

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SP bateu recorde de investimento em centros de pesquisa em 2023, diz Seade | Radar

Volume de aportes do ano passado é mais do que o dobro do investimento obtido entre 2019 e 2022

Isso causa alguma surpresa?

Bandeira que é o nosso espelho!
Bandeira que é a nossa pista!
Que traz no topo o vermelho
O Coração do Paulista!

- Guilherme de Almeida

Viva o dia dos Bandeirantes